terça-feira, 18 de março de 2008

APRESENTAÇÃO

Chamo-me Márcio Matos Viana Pereira, filho de José Ribamar Viana Pereira, já falecido, e de Carmelita Matos Pereira, ambos maranhenses, sendo pai de duas filhas e um filho adultos e avô de cinco netos que vivenciam carinhosamente a minha existência. Sou maranhense, nascido em São Luís, em 28/11/1935, onde resolvi fixar residência ao encerrar a minha carreira profissional.
Tenho imenso orgulho em ser militar e integrante do glorioso Exercito de Caxias, ao qual tudo devo e onde vivi com intensidades diferentes difíceis momentos, sempre cumprindo as missões recebidas e os deveres profissionais com determinação, obstinação, entusiasmo, devoção e patriotismo, orientado pelos princípio de que à pátria nada se pede, mas tudo se deve e pela máxima, aprendida quando cadete, que assegura ser fácil a lição de comandar homens livres, bastando apenas apontar-lhes o caminho do dever.
Ingressei no Exercito Brasileiro (EB), em 1953, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria da turma Montese da Academia Militar de Agulhas Negras, em 1958. Em 1985, solicitei transferência para a Reserva Remunerada no posto de Coronel, com os proventos de General de Brigada, de acordo com os preceitos das leis e instruções da época.
Considero riquíssima a aprendizagem adquirida no (EB), já que, ali, no exercício das atividades diárias o aprendizado é uma constante, pois, se tem contato com o homem brasileiro na sua mais legítima miscigenação.
Anualmente, incorporavam brasileiros oriundos de diferentes plagas, filhos de diferentes raças, com diferentes credos e crendices, por serem oriundos de famílias integrantes de todas as classes da pirâmide de estratificação social, tendo, portanto, cultura, hábitos e informações diferentes sobre a pátria e os seus problemas. Padronizar um efetivo tão heterogêneo não era difícil, porque a instrução militar dedica ênfase especial à educação moral e cívica.
Através das comemorações das datas cívicas, onde eram exaltados os feitos e os exemplos dos antepassados; através dos diários ensinamentos dos valores nobres, pilares de sustentação da nacionalidade; através do ensino e da exigência da observância ao culto da disciplina consciente, ao dever, à lealdade, à honestidade, à honra, à verdade e à coragem física e moral, atingia-se a consciência e se conquistava, pelo exemplo de atitudes dos Quadros, a confiança e o respeito dos jovens, na sua grande maioria idealistas. Ao ensinar-lhes os preceitos regulamentares, que passariam a ser cobrados, exemplificava-se que sem disciplina não há ordem e que a ordem tem de se fundamentar nas leis e regulamentos. Ensinava-se que as leis definem os direitos e que é na imparcial análise e apreciação dos direitos que se fundamenta a justiça, a qual deve reinar soberana em todos os rincões da pátria.
Lógico que não há regra sem exceções! Mas, em sua expressiva maioria, nós, militares da três Forças Armadas, somos fervorosos patriotas, convictos nacionalistas, pensando em pátria com grandeza de propósitos, com espírito de desprendimento abnegação e renuncia, obstinados em contribuir para que o Brasil, na busca do desenvolvimento, se torne mais humano e justo para com os seus filhos, diminuindo a desigualdade existente entre suas classes sociais, face à adoção de políticas centradas na execução de justiça social. Entendo como justiça social dar a todos educação, saúde, trabalho, previdência, segurança e habitação, para que possa haver respeito para com os que governam, desenvolvimento para a pátria e felicidade para os brasileiros.
Acredito que, para isso conquistar, o fundamental é ensinar a pescar e não dar o peixe como presente; acredito, também, devam os brasileiros ter meios e oportunidades de obter conhecimentos através do estudo e da aprendizagem, para que os mais competentes, exclusivamente, pelo preparo, alcancem as Universidades. Dar bolsas e cotas universitárias, garantem votos e reeleições, mas não consubstanciam prevalecer no pais a justiça social.
No exercício da carreira militar, como é normal, em razão de transferências, servi em diferentes guarnições situadas nas áreas do Primeiro e Quarto Exércitos e dos Comandos Militares da Amazônia e do Planalto. Tendo passado longos anos no desempenho de atividades de informações, tanto no âmbito militar, quanto no Serviço Nacional de Informações (SNI), onde fui instrutor da Escola Nacional de Informações (EsNI), no período de 1977 à 1981, acompanhando de perto a evolução da conjuntura nacional, bem como os diferentes problemas e óbices existentes no pais inteiro, identificados, quando dos estudos intitulados de “Levantamentos Estratégicos de Área”, passei a ter uma visão panorâmica sobre a amplitude dos problemas nacionais, bem como sobre a intensidade dos óbices existentes, formando um juízo de valor de como trapaceiam e negociam políticos e autoridades, empurrando sempre para o futuro as soluções definitivas para os problemas. Como voluntário servi na Sexta CIA de Fronteiras, sediada em Guajará-Mirim, no idos de 1961/62, quando tudo era bem diferente em matéria de progresso, sendo as vicissitudes proporcionais,apenas, ao imenso sentimento de brasilidade daquela gente sofrida, mas resignada com a sorte e com o padrão rudimentar de vida que levavam naquela paragem.
Como voluntário, também servi no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/CODI),oportunidade em que recebi o convite para integrar o Quadro de Instrutores da (EsNI), local onde fizera o Curso de Informações. Os adversários da Revolução democrática de 1964, infiltrados na mídia, nas universidades e nos sindicatos, derrotados na luta armada, usando as comunicações como arma, mistificando, sonegando fatos e mutilando a verdade para a historia, denegriram a imagem da Revolução e principalmente as do DOI e do SNI, tentando fazer o brasileiro acreditar, serem os DOI masmorras, onde eram praticadas torturas só comparáveis às do nazismo nos campos de concentrações. Como sei, porém, da realidade dos fatos, tenho imensa honra em ter integrado as duas organizações citadas, nas quais, com muita emoção, persistência e obstinação, lutei e colaborei para que a democracia não fenecesse no Brasil. Hoje, derrotado o Comunismo Internacional, os traidores que ontem foram pelos militares impedidos de transformar a pátria em mero satélite de Moscou, agora, como figurões do Governo Lula, por complexo, frustração e despreparo, seguindo o acertado no Fórum de São Paulo, dedicam-se a desestruturar as Forças Armadas, esquecidos de que, em assim agindo, desestruturam a própria Defesa Nacional.
Já na Reserva decidi opinar sobre os fatos conjunturais, cujos efeitos se manifestando sobre a população, analisados segundo a minha ótica, contrariam os interesses coletivos. Resolvi usar o meu direito de cidadania para opinar sobre os fatos da época, abordando os temas que julguei importantes no livro de minha autoria intitulado “O Direito de Opinar”, por mim lançado em Brasília e, posteriormente, em São Luis, em 1987.
Não sei se os leitores e os críticos concordaram ou não com as idéias que defendi, porém sei que todo o teor do livro expressa a minha verdade, tendo sido escrito com independência, honestidade de propósito e patriotismo, pois o objetivo do mesmo foi apenas o de colaborar com o Brasil.
Desde então, sempre que tenho julgado necessário opinar sobre determinado tema, em evidência na mídia, tenho expressado o meu ponto de vista, através de Artigos publicados na Imprensa local, pois tenho contado com a colaboração de O Imparcial e do Jornal Pequeno, os quais sempre me concederam espaço, graças à boa vontade dos amigos jornalistas, Borges e Lourival , aos quais aproveito para agradecer publicamente, pela maneira fidalga como tenho sido tratado.
Não sou intelectual, jornalista, professor, escritor, nem doutor. A minha formação é a militar, mas, por escrever aquilo que me parece verdade, com independência e sem a preocupação de estar agradando ou não aos que governam, nem aos seus opositores, criticando erros e verberando contra ações ou decisões nocivas, publiquei mais de cinqüenta Artigos, os quais, a julgar pelos telefonemas e cumprimentos recebidos de amigos e principalmente de desconhecidos, me faz acreditar serem os mesmos lidos, e isso me basta! Meus últimos Artigos foram também publicados em dois Portais da Internet," Ternuma" e " A Continência", razão de considerar estar fazendo algo pelo Brasil. Motivado, resolvi criar este Blog, rogando a Deus que me conceda equilíbrio e senso de justiça para difundir matérias e idéias. Quero contribuir, num esforço de brasilidade, na obra hercúlea de transformar o nosso Brasil numa grande, humana, justa e generosa nação. Isso somente ocorrerá, quando o patriotismo, a honestidade e a seriedade, enraizados no coração e na mente de todos os brasileiros, conduzi-los à luta em defesa de valores e ideais.