quinta-feira, 22 de maio de 2008

BOMBA DETONADA


BOMBA DETONADA

POR: PAULO GABRIELIDIS

20/05/2008

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Algumas semanas atrás, no interior do Clube Militar, no Rio de Janeiro, seus sócios, prepararam várias bombas de chocolate, que seriam servidas, a um convidado ilustre, como também, aos seus convidados presentes, após a palestra tão aguardada, sobre a situação indígena da Raposa/ Serra do Sol.

O palestrante era o General de Exército Augusto Heleno Pereira, sendo considerado um combatente forjado nas nossas Forças Armadas e que serviu, como primeiro chefe da Missão brasileira de paz da ONU no Haiti, além de ocupar postos burocráticos de importância no Exército. Atualmente sua missão é comandar o alto posto de Comandante da Amazônia.

O palestrante, tendo conquistado prestígio, pelos méritos e esforços, muito além dos jardins, por isso ter conquistado o posto de Comandante da Selva Amazônica, onde este posto, hoje em dia é considerado “internamente”, um posto, além do Comandante Geral do Exército. Evidente, não pela hierarquia burocrática, mas pela importância estratégica da região e pela audácia de encarar os desafios impostos, sem temor, mirando o norte da importante responsabilidade, que deve ter, face aos grandes conflitos, como defesa de nossa Soberania, com coragem e lucidez.

Durante a palestra, atacou a política indigenista do governo Lulla, declarando, que a demarcação de reservas indígenas na fronteira do país, ameaça à soberania nacional alertando, para este perigo, disse, que a atual política indigenista do atual governo de quase quarenta Ministérios é “lamentável e caótica”.

Claro, que o recado dado, pelo General Heleno ao Lulla e seu governo, foi muito cristalino, onde se subentendia a omissão de Lulla contra a soberania do Brasil e por conseqüência a formação de um cartel de apátridas e “lesa-pátria” sem precedentes na história da nação brasileira. Muito diferente da doutrina do Exército, que prega a ocupação da reserva de forma a formar uma “civilização”, mais forte e coesa naquela região.

Ninguém esperava uma “bomba” destas, destro do Clube militar, afinal as únicas bombas, que já não desciam goela abaixo eram apenas de chocolates, mas que num passe de “mágica consistente”, transformou-se uma verdadeira bomba atômica verbal, sem blá...Blá....Blá, na bucha e com pontaria certeira e mortal.

O efeito foi devastador, pois daquele anfiteatro a “voz” do General Heleno ecoou, como ondas de ar atingindo toda a mídia e órgãos de comunicações e também atravessaram nossas fronteiras, mais rápido que o futuro e pomposo “caça”, não real, mas assinado num papel de padaria, para lá de 2016, sem garantias, porém um “alimento ilusório”, indispensável às Forças Armadas e a sociedade brasileira.

Quando o “recado” chegou ao ouvido do Jobim, este perdeu o chão, depois foi à vez de Lulla ficar embriagado, pelas palavras do General.
Seu cerebelo perdeu o equilíbrio murmurando palavras desconexas e quando “bateu” no Mangabeira deu “tilti” vindo a fazer caretas alopradas, paralelas a hienas adormecidas. Realmente foi um grande “baque”, pois o governo Lullante, não esperava um nocaute tão rápido, preciso e cirúrgico.

Sim, foi devastador e no dia seguinte (Tem um filme inclusive “O Dia Seguinte”), não tardou de reunir todos os Ministros para orquestrar a tática do desconforto causada e traçar futuras estratégias, recolhendo os cacos quebrados, para se recompor e dar uma resposta satisfatória a toda sociedade. Na verdade as várias cabeças pensantes tentaram acalmar Lulla, elaborando uma forma de se ver livre da “porrada”, que levara do General Heleno.

Todos foram unânimes, Lulla deveria amenizar o efeito e como recompensa, foi sugerido, que no momento apropriado o General seria varrido das Forças Armadas, por bem ou por mal, assim Lulla e seus “aloprados” ficaram na esperança de destruírem, não só o General Heleno, mas todos os Militares do alto escalão, que de certa forma, são temidos pelos petralhas, mas seria uma questão de tempo....

Depois de passar o “furacão”, os petralhas aloprados começaram a recolher os seus “feridos” no palácio do planalto, dentro do covil de víboras, onde gritavam palavras de ordem contra o General Heleno.
“Lamentável e Caótica” tinha sido a senha, para o governo Lulla acender a luz vermelha e sem alternativa, cabeças deveriam ser roladas, não só para proteger Lulla, mas também mudarem o “foco” polêmico ambientalista das florestas e a situação calamitosa da política indegenista.

Os petralhas aloprados, tinham que descascar o “abacaxi” gerado pelo palestrante no Clube Militar de um lado precisavam de “tempo” para adequarem à situação na Amazônia e ao mesmo tempo o problema da Raposa/Serra do Sol e do outro precisavam convencer o STF, pedindo ao Juiz Ayres Britto, um petista com 18 anos militando pelo Partido dos trabalhadores o tempo necessário para “camuflarem” a demarcação contínua da reserva indígena.

Ayres Britto de início tinha dito, que o julgamento final seria em julho, depois voltou atrás, pelo perigo eminente de um confronto na região, mas após o “acerto” com o governo petralha, permitiu que a articulação fosse feita, desde, que não passasse de julho, até lá o governo teria que articular uma nova estratégia, com metáforas escusas, começando a derrubada da Ministra do meio Ambiente, Marina da Silva, assim a opinião pública absorveria a frase “lamentável e caótica”, não mais dirigida ao Lulla e sim a Ministra Marina, inclusive em divergências frontais por outras questões com Dilma, então como fazer isso?

Lançar um plano de sustentabilidade da Amazônia, despejando verbas de R$ 1,5 Bilhões, pelo braço amigo de Mangabeira, sem a presença de Marina da Silva. Lulla lançava assim um soco na Ministra, levando-a ao nocaute, não havendo outra saída, a carta de demissão seria uma questão de horas, não havia mais volta. Marina receberia com sua saída o presente da frase “lamentável e caótica” entrando na geladeira do Senado novamente e Siba Machado voltaria á insignificância natural de sua limitada capacidade.

Com a Marina fora de seu caminho, Lulla, agora, corre contra o tempo determinado, pelo juiz Ayres Britto do STF, para implantar uma “fachada” na reserva indígena e região Amazônica, “ANTES” de Ayres Britto ir aquela região colher e pinçar “motivos” para o seu “parecer”, em favor da terra contínua, talvez deixando uma parte para os não índios continuarem, sem correr o risco de colocá-los em confronto direto.

As “táticas”, já estão em andamento, com o anuncio do Ministro da Defesa Nelson Jobim de colocar o Exército dentro da reserva, faz parte do “recado” a sociedade, que em terra de índio, está o Exército, assim amenizando a opinião pública da tal “Nação Indígena”. Na verdade Jobim “vendeu” esta ideia e endossada, pelo novo Ministro Carlos Minc e foi além, dizendo que queria o Exército tomando conta, também das reservas florestais.

Devidamente informado “entendeu” que esbarraria na Constituição Federal, desta forma, lançou a nova ideia aperfeiçoada de uma Guarda Nacional a ser criada. Carlos Minc, criminoso de sangue na época do Regime Militar, jamais gostaria de conviver com os Fardados e por final, os próprios índios, não querem o Exército dentro de “suas terras” e é bem provável criarem postos nas fronteiras, apenas para “Inglês ver”, ou melhor, Ayres Britto ver e algum maluco como eu.....

O senador Arthur Virgílio, na tribuna do Senado dava seus gritinhos e recados, cobrando Lulla, onde dizia que deveria ter dado um basta no General Heleno, mandando-o colocar o pijama, chamou o presidente de “FRACO”, em plena cadeia nacional, por outro lado, como um boiola trincheirista “achava”, que o General tinha razão. Então, pergunto por que ele não defendeu a sociedade, que o colocou no Senado, pela bancada da Amazônia?........Fazendo-o, apenas depois da bomba detonada, pelo General Heleno? Que “catso” de Senador é ele, que precisou do grito do Exército, para dar os seus gritinhos na Tribuna?....Ele não conhece o seu Estado?....Ou como um dos lobistas da Ong do Príncipe Charles, no Congresso, ficou furioso do alerta dado, pois “levantou a poeira” debaixo do tapete?

As indagações são várias e temos o dever de cobrar as devidas explicações, deste outro “Lesa-Pátria”!

Fica difícil escrever tudo, apenas num texto, porém, mais difícil fica quando não analisamos de forma “global”, pois existem várias frentes de questionamentos, ainda mais com quase quarenta Ministérios.

Para não ficar exaustivo, termino com o problema gerado da bomba detonada, pelo General Heleno. O ódio do governo Lulla é tão feroz, que apenas os Militares da Aeronáutica e Marinha, receberam no último dia 19/05/2008, ficando o Exército, para receber os atrasados no mês de junho juntamente com o pagamento é uma forma covarde de um desgoverno, sem ética, sem moral e sem vergonha na cara.

O governo tem a necessidade de calar os Militares das Forças Armadas e para isto seria necessário mudar a Constituição, porém, é algo impossível nesta altura do “campeonato”, mas com o novo plano de Defesa Nacional será possível quebrar a espinha dorsal das Forças Armadas, conforme vinculado na imprensa, muitos estrelados da velha guarda vão para a reserva, ficando assim o caminho livre para amordaçar definitivamente a última “voz” da sociedade, mesmo porque, esta “voz” é um impecílio perigoso, quando um governo governa, com bandidos de corpo e alma!

A vida ativa do General Heleno é uma questão de tempo e deve ser “extirpardo” o quanto antes, para o governo Lulla, é como um câncer, que pode se alastrar dentro e fora das Forças Armadas inviabilizando as “metas” do Foro de São Paulo.
Chegou o momento do alto comando das três Forças tomarem a devida atitude, para não deixarem à instituição permanente e centenária de toda sociedade brasileira, com sua coluna, braços e pernas quebradas, por um presidente dos mais corruptos da história do Brasil, ainda há tempo.....

COMENTÁRIOS: O Articulista com propriedade, clareza, imparcialidade e brilhantismo, abordando a conjuntura política militar, fez uma judiciosa análise do problema eclodido, em razão de o Governo do Apedeuta não haver assimilado as declarações do Gen Heleno, Cmt Militar da Amazônia, e tencionar substituí-lo, mas sem gerar uma crise militar, face à evidência de revanchismo. Então, com maquiavelismo, engendra criar situações que encubram e escamoteiem a covardia da atitude revanchista. O Artigo mostrou com realismo a situação, nada havendo a acrescentar, além dos cumprimentos ao Autor, Sr Paulo Gabrielidis.
Cel Márcio