quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

COMISSÃO DA VERDADE OU DA MENTIRA ?


COMISSÃO DA VERDADE OU DA MENTIRA?
Autor: Márcio Matos Viana Pereira

É tão grande a quantidade de dados e conhecimentos fornecidos diariamente pela jornais e televisões que, infelizmente, perco tempo para selecionar judiciosamente a leitura diária. É assim frustrante, quando, após a leitura de um Artigo,constato haver perdido tempo, tal como ocorreu ao analisar o Artigo intitulado "NOVO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS", da larva de um inexpressivo esquerdista que entulha uma secetaria, com status de ministro, do tão corrupto quanto revanchista governo petista.
A essência do Artigo é informar haver o Governo, por decreto, lançado a terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Tece comentários e louvores sobre o mesmo, para no fim anunciar que, nesse Programa, o apedeuta presidente da República estabeleceu o "compromisso formal de enviar ao Congresso, até abril, projeto de lei instituindo, finalmente, uma Comissão Nacional da Verdade, conforme já aconteceu na maioria dos países vizinhos que também viveram violentas experiências de ditaduras repressoras".
O autor do Artigo é uma figura caricata elevada à condição de ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, ainda que ,ontem, houvesse traído a Pátria. Mancomunado com o companheiro da pasta da Justiça, para satisfação de tantos párias morais que a serviço do comunismo internacional traíram o Brasil, investindo no terror e no crime para hoje colherem os juros da aplicação, mamando despudoradamente nas tetas do Tesouro Nacional, no parágrafo seguinte, ao anunciar a " Comissão da Verdade", abusando da mentira, tática sempre usada pela esquerda para escamotear a História, invertendo a verdade, escreve com o cretinismo peculiar dos traidores: " Despida de sentimentos revanchistas, a Comissão da Verdade cuidará de apurar todas as violações de direitos humanos ocorridas no âmbito da repressão política, sobretudo durante o regime de 1964, para que seja feito o processamento histórico, político, ético e - se assim decidir o Poder Judiciário - também criminal, de todos os episódios de tortura, assassinatos e desaparecimentos de opositores políticos registrados naquele período".
No último parágrafo afirmou: " Não para sangrar feridas do passado, mas para garantir a necessária cicatrização em espírito de reconciliação, somente possível com o resgate da verdade e investigação pública de todos os fatos".
Acredito que por absoluta falta de bom senso, no seu fanatismo por vingança, o ministro articulista não percebeu que a sua tentativa de justificar a tal Comissão da Verdade, na realidade desnudou a verdadeira intenção revanchista dos frustrados traidores da Pátria nos idos dos governos militares.
Na luta travada contra o terrorismo os mortos e desaparecidos totalizados, considerando os dois lados, não alcançou a cifra de 500, em aproximadamente oito anos de combate às ações de guerrilhas urbana e rural. Enquanto na plenitude democrática do governo petista, somente no eixo Rio - São Paulo as vítimas da violência, garanto ultrapassar o milhar a cada mês.
Após 25 anos de Governos civis de esquerda, tudo já foi revelado, afirmado e escrito. Arquivos foram abertos e a região do Araguaia revolvida na busca de vítimas. Nada há mais, além do já exposto na mídia. Nem cicatriz existe, pois o tempo, senhor absoluto da História, a todos conforma. O que existe é um notório e evidente sentimento de revanchismo, alimentado menos pelos que combateram e mais pelos Tarsos e Vannuchis da vida que, frustrados por não terem tido moral para pegar em armas e combater, portaram-se para a História, não apenas como traidores do Brasil, mas como meros idiotas incapazes de analisar uma situação, discernindo dados e fatos, razão de haverem acreditado na utopia de que quadros mal preparados e inferiores em número e em armas, poderiam enfrentar e vencer as Forças Armadas brasileiras.
Essa razão, aliada ao afã de prosseguirem afanando o Tesouro Nacional através de indenizações espúrias, e, principalmente para desviar a atenção dos escândalos petistas tipo mensalão, num ano eleitoral, são as reais causas de tentarem ressuscitar assuntos olvidados pela ação do tempo, que a ninguém mais sensibiliza pela não existência de fatos novos e por estarem incluídos na anistia.
O que é preciso acabar é o clima de corrupção existente no país, que leva os brasileiros sofridos,mas espirituosos, a indagar quem rouba mais. Curiosos desejam saber se é o Executivo de Lula ou o Senado do Sarney.
A verdade é que nem a descarada compra de consciências através de bolsas e tantas outras vantagens ofertadas sem contra partida, nem a eleição da ex-terrorista que até poderá, pelo apoio e abuso da máquina estatal, se tornar infeliz realidade, nada encobrirá o estigma de corrupção do PT, que sepultou a auréola de honestidade, seriedade e dignidade, valores incompatíveis com a sua índole, mas que, por longos anos, iludiu possuir.
Essa Comissão da Verdade, na realidade será uma Comissão da Mentira, pois é inadmissível que, tendo havido uma luta armada, apenas sejam apuradas as ações praticadas pelos militares. Trata-se de uma burla para anular os efeitos da Anistia ampla e irrestrita concedida a todos.
A violência mata milhares de brasileiros mensalmente, sem que nenhum amparo estatal seja prestado aos familiares dos mortos pelo crime organizado. Na realidade, Direitos Humanos só proteje bandidos e seus dependentes.
A dinheirama roubada em escândalos tipo mensalão, praticados pela cúpula do PT e cujos rastros atingiram a soleira do Gabinete do Presidente Lula, não mereceu ação de Vannuchi, esquecido de que o montante roubado, sendo dinheiro público, prejudicou as políticas governamentais em curso, provocando óbices na educação, saúde, segurança etc, direitos dos cidadãos.
É hora de analisar o presente com os olhos e pensamentos atentos para o futuro. São as grandes idéias que constroem o amanhã de uma grande Pátria. No instante em que oBrasil retorna, como em 64, a progredir pela senda do progresso em busca de desenvolvimento e tecnologia, apenas medíocres e incapazes perdem tempo, revolvendo o passado para tentar saciar desejos mesquinhos de revanchismo, buscando minorar o complexo e recalque de ser um fracassado no oculto propósito de vir a ser famoso como terrorista ou herói.
Se o autor do Artigo acredita,segundo afirma, que"para garantir a necessária cicatrização em espírito de reconciliação, somente possível com o resgate da verdade e investigação pública de todos os fatos", comece investigando um fato recente ainda não devidamente explicado e que despertou a curiosidade dos brasileiros. Explique o fantástico enriquecimento do 'gênio" em finanças filho do seu Chefe Lula. Mas, como a sua psicose é com o passado, investigue, apure e informe aos eleitores curiosos, onde e como a ministra e candidata apadrinhada pelo apedeuta, a ex-terrorista Dilma, gastou, aplicou ou escondeu os milhões roubados ou- como falavam os terroristas- expropriados do cofre doDr Ademar de Barros.
Observação- O autor é Coronel Reformado do Exército

terça-feira, 27 de outubro de 2009

COMPANHEIRO ISCARIOTES


Sábado, 24 de outubro de 2009

Companheiro Iscariotes

Dora Kramer

O presidente Luiz Inácio da Silva pode ser, e é, um político ardiloso. Mas não é um homem corajoso. Tampouco é um líder renovador. Não bate de frente com ninguém que possa vir a lhe ser útil amanhã, não enfrenta questões polêmicas, não compra brigas difíceis nem aceita disputa com igualdade de condições, só entra em conflitos protegido por escudos e, sobretudo, não confronta paradigmas.

Na dúvida, prefere a rendição. E pior, na condição de chefe da Nação, não hesita em classificar o Brasil como um país fadado a fazer política ao rés do chão e de mãos sujas. Na entrevista publicada na Folha de S.Paulo de quinta-feira, Lula pretendeu demonstrar pragmatismo, mas o que exibiu mesmo foi um imenso conformismo, incurável conservadorismo e oceânica indiferença em relação a qualquer coisa que não tenha a ver com sua pessoa. “No Brasil, Jesus teria que se aliar a Judas”, disse, como justificativa à sua tolerância para com a ausência de limites entre o público e o privado na operação da política brasileira.

Não é a primeira vez que o presidente se põe no patamar de divindade nem é inédita a manifestação de complacência em relação às piores práticas e seus praticantes. O exemplo, porém, agora foi mais infeliz do que nunca.

Desrespeitoso do ponto de vista religioso – ainda mais para quem preside a maior nação cristã do mundo – e ignorante do que tange ao registro histórico. Jesus, bem lembrou o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Dimas Lara Barbosa, não se aliou aos fariseus e penou exatamente por se manter fiel aos seus princípios.

Não se imagina que um político, nem mesmo um presidente da República, possa se conduzir por parâmetros santificados. Daí não ser aceitável também que dê ares sagrados aos seus atos. Contudo, espera-se de lideranças políticas – principalmente daquelas detentoras da admiração popular e que tenham feito carreira apresentando-se como arautos da mudança – que não se acomodem. Não compactuem, que usem seus melhores atributos para melhorar os defeitos que os fizeram crescer no imaginário da população como a materialização do bem contra o mal.

Em Lula, a figura do progressista, um mito alimentado por duas décadas de ofício oposicionista, não resistiu ao poder. Bem como o símbolo da luta em prol da depuração dos costumes e defesa da ética mostrou seus pés de barro ao adentrar o Palácio do Planalto.

Antes de se especializar como comandante das tropas do mau combate, sempre se alinhando às piores causas, jamais vocalizando os melhores valores, Lula abandonou as reformas.

Algumas delas apresentou pró-forma ao Congresso, como a tributária, a política, a previdenciária, mas ou não lutou por elas ou as deixou pelo meio do caminho. Outras, como a trabalhista e a sindical, simplesmente ignorou. Para não arbitrar conflitos e, assim, correr o risco de se confrontar com setores que lhe poderiam ser úteis.

Lula não é um homem que tome posições e brigue por elas. Não gosta de perder. Talvez considere que já tenha dado ao país sua cota nas três derrotas eleitorais antes de conseguir se eleger presidente. Uma vez conquistado o poder, usa seus instrumentos como um fim em si mesmo.

Ao longo de dois mandatos quase completos, o presidente Lula em nenhum momento sequer sinalizou disposição de empregar suas energias para ajudar a política brasileira a se modernizar. Ao contrário, valeu-se do atraso e apostou em seu aprofundamento.

Ao ponto de, na mesma entrevista, ter atribuído ao presidente do Senado, José Sarney, alguém a quem não hesitava ofender chamando de “ladrão” quando atuava como oposicionista, a condição de guardião da “segurança institucional” do Brasil.

Segundo ele, sustentou Sarney no cargo, a despeito de denúncias e mentiras confessadas, porque representava uma “garantia” ao Estado brasileiro. Não, significava uma caução para o controle do Executivo sobre o Senado, como admite na frase seguinte. A oposição, afirmou o presidente, faria “um inferno” no país, caso Sarney fosse afastado dando lugar ao vice, Marconi Perillo, cujo grande defeito foi ter dito de público que havia alertado Lula sobre a existência do mensalão no Congresso.

“Não entendi por que os mesmos que elegeram Sarney um mês depois queriam derrubá-lo”, declarou, fingindo-se de ingênuo, pois não faltaram fatos para propiciar a sua excelência perfeito entendimento a respeito da situação, perfeitamente compreendida pela bancada de seu partido no Senado.

O presidente, que outro dia mesmo reclamava dos políticos de “duas caras”, de novo encarnou a simbologia do mau exemplo. Convalidou, pela enésima vez, as práticas nefastas que passou a vida dizendo que precisavam ser combatidas.

Isso é pior do que ter duas caras: é jogar no lixo uma trajetória, enterrar uma biografia, é trair uma legião de brasileiros que o elegeu acreditando nas promessas de mudança.

COMENTÁRIO: Transcrevo este Artigo por julgá-lo irretocável! A jornalista, analisando com equilíbrio e imparcialidade a trajetória política do apedeuta,desmascarou o mito construído nos tempos de sindicalista, quando se fazia passar como defensor das transformações sociais e da ética na política, agredindo adversários do governo com acusações veementes, como fazia contra o Sarney, atual presidente do Senado, repetidas vezes intitulado de ladrão, na ânsia de demonstrar sua intolerancia com a corrupção.

A jornalista, brilhantemente, mostrou com clareza não passar o apedeuta de um demagogo vulgar, indiferente aos reais problemas nacionais. Ficou patente que, sendo dúbil de caráter, escudando-se no imenso apoio obtido através de concessões de bolsas de todo tipo, e por não ter o menor escrúpulo na seleção dos que o cercam, logo se tornou protetor e aparentemente cúmplice da corja de desonestos do mensalão; assegurador da impunidade dos vândalos criminosos do MST e maior responsável pela bagunça oficializada da administração pública federal, infestada de petistas despreparados e incompetentes.

A ligação do apedeuta com o Sarney personifica o convívio interesseiro de hipócritas, no afã de se protegerem com reciprocidade. O apedeuta precisa da presidência do Senado para dar-lhe sustentação política, bloqueando a apuração das patifarias via CPI, enquanto Sarney tem de gravitar à sombra da presidência da República para não ter parentes e afilhados políticos presos e não ser ele mesmo banido da vida política, destino que deveria ser inexorável para o bando de crápulas e corruptos que pululam na política nacional, estigmatizando a crença em valores como ética, seriedade,dignidade, honestidade, verdade, honra, direiro e justiça! Parabenizo a jornalista que, pela qualidade do seu Artigo, me propiciou e estimulou a redigir este Comentário.

Márcio Matos Viana Pereira- Cel Ref EB


Gazeta do Povo



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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ARTIGO: A LIXEIRA AOS CORVOS!

A LIXEIRA AOS CORVOS!

Brasil! Pátria querida, generosa para com seus filhos meliantes porém, madrasta perversa para com os filhos honestos que trilham os caminhos da honra, da justiça, da ética e da seriedade.
É com enorme tristeza que, a cada ano, contrastando com o seu notório
desenvolvimento, face ao crescimento de sua vigorosa economia que, anualmente,
incorpora uma parcela considerável de brasileiros ao mercado de trabalho, vejo, num contraste cruel, por ser degradante, o país atolado na lama da corrupção quase generalizada no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo e com nuance diferente, mas, também afrontoso à dignidade, no Judiciário, decorrente de decisões judiciais de nítidas conotações políticas.
Face às lideranças de FHC e do Apedeuta, respectivamente, no PSDB e no PT, nada mais parecido do que os seus governos, já que ambos, como criadores do Forum de São Paulo, ligados por objetivos ideológicos comuns, orientaram as suas ações de governo, para a consecução desses objetivos colimados.
É engano, por exemplo, creditar ao PT o desmonte das Forças Armadas, já que o assunto foi objetivo acertado e estabelecido no Forum de São Paulo e iniciado pelo PSDB no governo FHC, quando da criação do Ministério da Defesa.
O atual Presidente e o seu antecessor são ambiciosos, sem maiores escrúpulos de patriotismo e mais preocupados em sobreviverem como líderes políticos do que com os reais e difíceis problemas da conjuntura nacional.
A mídia estampa o sociólogo a desfilar pelo mundo, proferindo palestras e aumentando a sua conta bancária, face encontrar tolos que pagam para ouvir ensinamentos de um alguém que, exercendo por dois mandatos sucessivos o governo de um país, foi apenas medíocre, tendo o nome, não sei se com justiça, associado a assuntos não esclarecidos, por terem sido empurrados para debaixo do tapete, tais como " pasta cor de rosa", e privatização da Vale do Rio Doce, reconhecidamente lesiva ao patrimônio público.
O Apedeuta, seguindo o rumo do sociólogo, é visitante em Brasilia, onde faz ponto nos intervalos de suas frequentes viagens. Ousado e inconsequente, deleita o mundo ao proferir sandices nos países visitados. É estimado, por ser considerado nada além de um simplório que acredita ter liderança mundial.
Abordando ainda o Executivo, temos uma ex-terrorista que nunca disse o destino dado ao dinheiro roubado do cofre de um ex-governador paulista, tendo o desplante de pretender presidir os brasileiros; temos um Ministro da Justiça, tão incompetente na função, quanto o foi na guerrilha, arvorado na defesa de um bandido italiano já julgado e processado no seu país por crime de assassinato entre outros. Seria injustiça olvidar a figura do Ministro da Defesa, pois, somente um mágico tem a capacidade de confessar ser fraudador intencional da Constituição; de dar palpite em tudo no âmbito da esfera militar, embora seja quase um nulo nessa área, e ainda se apresentar com a farda do Exército, demonstrando não ter a mínima noção de ridículo ou ser paranóico e, ainda assim, permanecer Ministro.
O Ministro Amorim deveria ter alertado ao Presidente da República que o mandato eletivo não confere a um Presidente eleito poder absoluto, pois, acima dele paira a Constituição da Nação. A Constituição hondurenha prevê a perda do mandato, quando o governante tentar aumentar o seu tempo no Poder. Como foi esse o caso, o
Judiciário exerceu o cumprimento da Lei. Não houve golpe militar, pois a destituição
foi determinada pelo Judiciário com o apoio do Legislativo e apenas executada pelos militares. Conceder asilo político quando solicitado é praxe. Porém, ocupar a Embaixada sem solicitação de asilo, é transformá-la em Comitê político, caracterizando o fato numa intromissão indesejável em assunto de âmbito interno de uma Nação soberana.
Após essa breve análise sobre o Executivo, é difícil escrever sobre o Congresso Nacional de onde emanam odores podres, hoje, oriundos com maior ênfase do Senado Federal. Durante dois meses a mídia revelou para o Brasil ter sido o Senado transformado em antro, onde a permissividade para arquitetar bandalheiras, negociar
favores e acordos inescrupulosos, a ninguém surpreendeu, face os seus artífices serem os senadores Sarney e Renan, apoiados por Collor, ou seja, a fina estirpe de ladinos da política nacional, todos mestres com doutorado na arte de sair impune, a exemplo do Apedeuta, de Dirceu e da corja do mensalão, dos escândalos difundidos. A crise serviu para desmistificar a verdadeira figura do senador Sarney, mostrando-o aos demais brasileiros, tal qual os maranhenses o conhecem.
Sobre o Judiciário direi estar longe de inspirar confiança, por ser notória e mesmo revoltante as decisões de conotação política proferidas.

Foi motivo de comentários a ostensiva decisão tomada, certamente pela cúpula do Governo, de afastar os militares do palanque presidencial, onde sempre estiveram nos desfiles de sete de setembro. A decisão tomada deveria ser recebida com alegria pelos Chefes militares, pois, involuntariamente foi feito justiça, poupando-os da companhia moralmente deletéria de tantos inescrupulosos que ali estavam, transformando o palanque em lixeira, razão de não ser lugar para patriotas sérios como os militares. A LIXEIRA AOS CORVOS!
Márcio Matos Viana Pereira- Cel Ref EB

terça-feira, 4 de agosto de 2009

TRANSCRIÇÃO DE NOTA ENVIADA POR E-MAIL

NOTA DO CLUBE MILITAR



EM SE COMPRANDO TUDO DÁ … VOTOS

Os homens são tão simplórios, e se deixam de tal forma dominar pelas necessidades do momento, que aquele que saiba enganar achará sempre quem se deixe enganar.(Maquiavel)

Nunca na história deste país se fez tão pouco caso da honra, de tal maneira se desprezou a ética, tanto se usou de meios escusos para corromper, para enlamear instituições, para comprar consciências. A amarga sensação que fica é a da total perda, por parte de um grande número de homens públicos, de qualquer noção de honestidade, de dignidade, de honradez.

O atual governo, contrariando todos os princípios apregoados enquanto estava na oposição, abandonou completamente o decoro no trato da coisa pública e partiu para o uso de um verdadeiro rolo compressor, comprando tudo e todos a sua volta, desde que possam, de alguma forma, interferir em seus objetivos.

Recordemos o esquema do mensalão, quando um grupo de aliados do Presidente, gente de dentro do governo, usou meios escusos para organizar a maior quadrilha jamais montada em qualquer lugar do mundo, com o objetivo de comprar o apoio de parlamentares e, em última instância, perpetuar no poder seu grupo político.

O então Procurador-geral da República, Dr Antônio Fernando de Souza, apresentou uma denúncia contundente contra os principais envolvidos no escândalo. Ficou de fora o Presidente da República que alegou desconhecer o esquema. Em termos jurídicos, a desculpa valeu. O Procurador-geral retirou-o da denúncia por não ter encontrado evidências firmes de seu envolvimento. Agora, firulas jurídicas à parte, parece pouco provável que alguém, dotado de capacidade de reflexão, tenha acreditado na história. A ser verídico o desconhecimento, cairíamos na dúvida que, à época, circulou na internet: será que temos um Presidente aparvalhado, incapaz de entender fatos que acontecem ao seu redor, protagonizados por seus mais íntimos colaboradores?

Em outra vertente, há o Bolsa Família, sem dúvida o maior programa de compra de votos do mundo. Trata-se de um programa que gera dependência, antes de estimular o desenvolvimento humano. As pessoas atendidas, recebendo o benefício sem nenhuma necessidade de contrapartida, ficam desestimuladas até de buscar emprego. Mesmo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) chegou a afirmar que o programa “vicia” e que deixa os beneficiários “acomodados”.

Não é que alguém seja contra a minorar a aflição de quem tem fome. O problema é que o programa parte de uma premissa falsa ao confundir pobreza com fome. A esses últimos é mais do que justo assistir com recursos públicos. Aos pobres, a melhor ajuda que o governo poderia dar é investir corretamente em educação. Mas não, confundindo conceitos, prefere manter um Bolsa Família hiperdimensionado, gastando recursos que fazem falta à educação, uma vez que, assim como está, o retorno nas eleições, em termos de votos, tem sido muito compensador.

A comprovação de que não são todos os pobres no Brasil que estão famintos veio de uma pesquisa do IBGE, realizada em 2004 – Pesquisa de Orçamentos Familiares. Em uma parte dessa pesquisa, ficou constatado que o índice de pessoas abaixo do peso estava menor do que aquele considerado normal pela OMS. E, para a perplexidade dos que acenam com a necessidade de combater a fome para manter e ampliar o programa, verificou-se que, entre nós, a obesidade é um problema mais crítico do que a fome.

Não satisfeito em aliciar parlamentares para sua base de sustentação política e populações desassistidas para aumentar suas possibilidades eleitorais, o governo trata, também, de evitar qualquer problema nas ruas, em termos de manifestações públicas de desagrado contra os muitos desvios de ética praticados por seus correligionários e aliados. Nada melhor, então, do que colocar a União Nacional dos Estudantes igualmente em seu balcão de negócios.

É assim que o governo, da mesma forma que faz com sindicatos, resolveu patrocinar a UNE. As verbas federais, dessa forma, passaram a irrigar o movimento estudantil, seja em termos de patrocínio, como aconteceu em seu último congresso nacional, seja com a destinação de alguns milhões para a reconstrução de sua sede, seja, ainda, com o pagamento de generosas “mesadas” a seus dirigentes.

Com isso, foi neutralizado o espírito combativo que era a marca do movimento estudantil e eliminou-se toda possibilidade de agitações de rua indesejáveis. Um exemplo disso ocorreu no referido congresso, quando houve um protesto contra a CPI da Petrobras. Em outros tempos, seria a UNE a primeira a se mobilizar para exigir a completa elucidação dos fatos. Agora, sem sequer conhecer os resultados de uma CPI que nem começou, faz o protesto. Passam por cima da necessidade de se investigar denúncias de irregularidades em uma empresa cujo maior acionista é o governo, em um congresso que era patrocinado por esse mesmo governo. E o presidente da UNE tem a desfaçatez de dizer que não vê nada de errado nisso.

Com a prática da compra indiscriminada de todos que possam atrapalhar os desígnios do governo, este foi perdendo todos os escrúpulos. Conseguindo manter níveis elevados de popularidade, julga-se acima do bem e do mal, capaz de tudo, inclusive de defender crimes praticados por aliados, pouco se importando com a ética e com a moralidade pública. Pouco se importando com a evidência de que está corrompendo os brios de toda uma nação que, em um dia não tão distante, teve orgulho de se proclamar brasileira.

Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO

Presidente do Clube Militar



COMENTÁRIO: Parabenizo o Presidente do Clube Militar pela oportuna, verdadeira, corajosa e digna Nota emitida, ao analisar a putrefação moral que estigmatiza a Pátria, enodoando a
 sua imagem ante o mundo, em razão dos  três Poderes e das principais Instituições terem sido vilipendiados ao ser feridos em valores cultuados ao longo de séculos como sacrossantos para
 a nacionalidade.
Com palavras candentes, plenas de patriotismo e civismo, apontou as chagas que maculam o conceito de cidadania, face à total falta de ética, ao menosprezo à decência e ao despudor demonstrados pela enorme maioria dos homens públicos, indiferentes à noção de honra, de honestidade e de dignidade. 
Preocupados apenas em preservar o Poder via eleição, pela compra da consciência dos desprezíveis, por serem amorais;  dos infelizes que, por necessidade, trocam a fome pelo voto; e dos malandros, adeptos da lei de Gerson, que preferem em lugar do trabalho honesto e dignificante, figurar como gigolô das diferentes bolsas ofertadas pelo Governo, como cacife eleitoral destinado a garantir  votos e popularidade para o Presidente apedeuta.
 Esse, sempre pródigo em falar sandices, se declara orgulhoso de sua falta de estudos. Tendo trabalhado, somente, até perder a falange de um dedo, passou a viver sustentado pelo Partido, como pelego subversivo e agitador de porta de fábricas, onde criticava tudo e todos, apontando corrupção generalizada e pregando novos tempos,onde a seriedade, combinada com a justiça social, geraria trabalho dignificante para todos e desenvolvimento para a grande Nação brasileira.
Guindado ao Governo, o messias petista mostrou ser um vulgar demagogo, realmente doutor em velhacaria, fingindo-se de cego, surdo e retardado durante o episódio do mensalão, para proteger a camarilha petista envolvida no escândalo, prática da qual abusa, sempre que uma nova patifaria aponta na sua direção, como ocorreu quando a mídia noticiou uma negociata que teria sido praticada pelo seu filho, e como também agiu, ao se tornar aparentemente cúmplice na não apuração do assassinato em emboscada de um prefeito petista.
A Nota publicada recolocou o Clube Militar na sua gloriosa rota do pretérito, quando, como sentinela indormida da Nação, no papel de guardião autêntico da nacionalidade, inseriu o seu nome na História do Brasil.   Confio que, sem qualquer envolvimento político partidário,prossiga o Clube, trilhando a rota da independência, da altivez, da verdade e da isenção, a pugnar, sem tergiversações,  pelos reais interesses do Brasil e dos brasileiros.
Espero que nunca mais o Clube aceite pacificamente o desrespeito às Instituições Militares;  que as perseguições afrontosas à ética e à dignidade militar não fiquem sem o adequado e proporcional revide, para que o Clube Militar não venha a se igualar ao apedeuta Presidente, no dom de ser cego, surdo e mudo ao sabor das conveniências.

Márcio Matos Viana Pereira- Cel Ref EB


























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sexta-feira, 29 de maio de 2009

MINHA ( FICTÍCIA ) AMAN

----- Original Message -----
Subject: [!! SPAM] Fw: Fw: Minha (Fictícia) AMAN


O texto é de um Coronel da Reserva do Exército. ( Autoria desconhecida )

Minha (Fictícia) Academia Militar

Nesta semana recebi, de vários amigos, e-mail comentando que já
estariam avançados os entendimentos para "corrigir distorções" no
sistema previdenciário dos militares. Entre as medidas previstas
estariam: a retirada da pensão das filhas, pensão para os filhos
somente até os vinte e um anos, aumento do tempo de contribuição para
trinta e cinco anos (homens) e trinta anos (mulheres) e não
consideração, no tempo de efetivo serviço, do chamado "tempo
fícitício" (que pérola !!!), que seria o tempo passado em escolas
preparatórias ou academias militares.
Realmente, não houve nada mais "fictício" em minha vida dos que os
"fictícios" quatro anos passados dentro dos muros da AMAN, em regime
de "fictício" internato. E olhem que eu era civil antes de entrar na
AMAN. Imagino como devem estar se sentindo os contemporâneos meus que
passaram mais três "fictícios" anos de sacrifício na EspCEx.
Ainda me recordo das "fictícias" noites, no primeiro ano, em que era
acordado às duas da manhã para assumir o "fictício" plantão das duas
às quatro, que sempre me era reservado por ser muito moderno (leia-se
civil, no meio de oriundos da PREP e dos CM, além dos Oficiais R/2,
sargentos, cabos e soldados que conseguiram entrar na AMAN).
Não há como esquecer das "fictícias" semanas no campo, rastejando na
lama, passando por baixo de tiros e lançando granadas, além do choque
e da tristeza pela notícia da "fictícia" morte de companheiros e
instrutores em exercícios com explosivos e munição real. Realmente,
tudo muito "fictício".
E as semanas dedicadas às "Instruções Especiais", então ? Ah! que
"fictícia" ralação! Querem coisa mais "fictícia" do que andar
quilômetros com um "Fuzil Aparentemente Leve" e uma mochila nas costas
fazendo patrulha, subir e descer montanhas no frio, queimar as palmas
das mãos no rapel do montanhismo, ou andar oitenta quilômetros
descalço, com fome e com frio, com uma companhia de páraquedistas te
perseguindo, a cavalo, morro acima, na simulação de uma fuga e evasão
? Realmente, aquele ninho de cobras que havia no buraco em que eu e
alguns amigos nos atiramos para fugir da perseguição dos PQD era
completamente "fictício".
E é claro que não podemos esquecer que junto com toda aquela
"fictícia" ralação, serviços de escala, formaturas e revistas de
uniforme ainda haviam as provas de cálculo, química, física, história,
geografia, topografia, matérias militares, educação física. Tudo muito
"similar" à vida de qualquer outro universitário do país. Tudo muito
"fictício".
Cabe lembrar, ainda, o que, talvez fosse o pior de tudo: a "fictícia"
saudade de casa ou das namoradas deixadas longe, principalmente pelos
"fictícios" laranjeiras, que ficavam, por vezes, todo o ano sem ir ver
a família, no norte, no nordeste, no centro-oeste ou no sul do país,
simplesmente por que não havia dinheiro para a passagem, ou porque as
distâncias eram tão grandes e as férias de meio de ano tão curtas, que
não haveria como ir e voltar a tempo para o início do segundo
semestre.
Eu que morava a duas horas e meia de Resende, lembro-me, com pena, dos
amigos que, terminada a semana e as indefectíveis (e "fictícias"),
palestra e revista de uniforme do sábado de manhã, não teriam outra
alternativa senão encarar o "fictício" fim-de-semana na AMAN, comendo
"bala juquinha" na seção de cinema acadêmico, enchendo a cara no "Bola
Sete", e, por que não, fazendo xixi no retão.
Realmente, os nossos líderes talvez tenham razão: foi tudo muito
"fictício". O serviço militar prestado durante quatro (ou sete anos)
foi "fictício", a saudade e, muitas vezes, o sentimento de solidão de
um jovem de dezoito anos, causado não só pelo afastamento de casa,
como também pela imensidão daquelas instalações, foram coisa à toa,
"fictícias"; as marchas diurnas e noturnas e as noites em claro no
exercícios de campo ou estudando, tudo foi "fictício".
Só não é fictício o orgulho de, por lá, ter passado.

Rio de Janeiro, 26/05/09.

(Como não me passaram o nome do autor, eu assino embaixo de todas as
ficções aqui apresentadas - Estas ficções são verdadeiras e nos enchem
de orgulho!! - Parabéns ao autor! Tomara que seja da Turma Marechal
Castelo Branco).

COMENTÁRIO: FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO OFICIAL INTEGRANTE DA TURMA
CASTELO BRANCO, CUMPRIMENTANDO EFUSIVAMENTE O BRILHANTE
AUTOR!
NÃO DEIXAREI ENTRETANTO DE, SOB A MINHA ÓTICA, OPINAR SOBRE O FATO,
MOTIVADOR DO ALUDIDO BRILHANTE ARTIGO, QUE, POR SER PROFUNDAMEN
TE INJUSTO PARA COM A FAMÍLIA MILITAR, É TAMBÉM LESIVO AOS INTERESSES
DA CLASSE, CASO VENHA A SER FERIDO QUAISQUER DOS DIREITOS ADQUIRIDOS
COMO DECORRÊNCIA DAS MODIFICAÇÕES ANUNCIADAS.
O MAIS LAMENTÁVEL, PORÉM, É CONSTATAR QUE TODAS AS MODIFICAÇÕES, IN
TRODUZIDAS PELOS GOVERNOS PÓS REVOLUÇÃO, NAS LEGISLAÇÕES MILITARES,
FORAM PREJUDICIAIS AOS INTERESSES MILITARES, CONTUDO FORAM ACEITAS COM
UM CONFORMISMO ABUSIVO, COMO SE O FATO DECORRESSE DE UM FENÔMENO
INEXORÁVEL DA NATUREZA QUE SÓ PERMITE O CONFORMISMO COMO OPÇÃO DE
AÇÃO.
NA RESERVA, FAZ LONGOS ANOS, CONSTATO DESOLADO QUE, HOJE, O PENSAMENTO
MILITAR DOMINANTE É OUTRO. OS COMANDANTES MILITARES DAS TRÊS FORÇAS
ARMADAS NÃO OPINAM MAIS NEM SOBRE ASSUNTOS ESPECÍFICOS E ESSENCIAIS AOS
INTERESSES DOS SEUS SUBORDINADOS. A CADEIA DE DIFUSÃO DE INFORMES E INFOR
MACÕES, QUE MANTINHAM INFORMADOS OS ESCALÕES SUBORDINADOS SOBRE ASSUN
TOS RELEVANTES ESPECÍFICOS OU INERENTES À CONJUNTURA NACIONAL, TORNOU-SE
RESTRITA OU INEFICAZ, OCASIONANDO SERMOS, COM CONSTÂNCIA NÃO DESEJADA,
PREJUDICIAL E PERNICIOSA, SURPREENDIDOS PELOS ACONTECIMENTOS.
VOLTO A INSISTIR NO QUE JÁ ESCREVI ANTERIORMENTE. A POSTURA DAS FORÇAS ARMADAS
ANTE O GOVERNO TEM DE SER DE ABSOLUTO RESPEITO, IRRESTRITA DISCIPLINA E DE DEDICA
ÇÃO EXCLUSIVA ÀS ATRIBUIÇÕES E DEVERES MILITARES, SEM TERGIVERSAR COM A OBRIGAÇÃO
DE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DA CONJUNTURA NACIONAL PARA ESTAR SEMPRE EM CONDI
ÇÕES DE CUMPRIR A MISSÃO CONSTITUCIONAL DE PROVER A SEGURANÇA NACIONAL.
ACEITAR DECISÕES POLÍTICAS OU ADMINISTRATIVAS NEFASTAS AOS INTERESSES MILITARES E
IMPOSTAS À REVELIA DA CLASSE, CONCORDANDO PELO MUTISMO COM O LOGRO E PREJUÍZO
AOS COMPANHEIROS DE FARDA E DE IDEAL E AOS INTERESSES DAS PENSIONISTAS, EXPRESSAM
ATITUDES QUE FAZ PARECER PRUDÊNCIA HUMILHANTE E SUBSERVIÊNCIA INCOMPATÍVEIS
COM A ÉTICA E COM O DESASSOMBRO VIRIL DO COMPORTAMENTO MILITAR.
APROVEITO PARA ABORDAR OUTRO TEMA, CUJA DECISÃO GOVERNAMENTAL É CONSTRANGE
DORA PARA A MAIORIA DOS MILITARES. CONSIDERO UM ACINTE AO EXÉRCITO INCLUÍ-LO NA
MISSÃO DE BUSCA E REGATE DOS TERRORISTAS DO ARAGUAIA. SE A RESPONSABILIDADE DA INS
TALAÇÃO DA ÁREA DE GUERRILHA FOI DO PCdoB; SE O ALVO DE SUAS AÇÕES FANÁTICAS ERAM
OS COMPANHEIROS QUE NO EXERCÍCIO DO DEVER MILITAR E DE SUAS FUNÇÕES CONSTITUCIONAIS,
MUITOS RESGATARAM COM O SANGUE E COM A VIDA AS AÇÕES COVARDES DE EMBOSCADAS SOFRI
DAS, EM RAZÃO DA IRRESPONABILIDADE E SEDE DE PODER DOS DIRIGENTES DA CITADA ORGANIZA
ÇÃO COMUNISTA RESPONSÁVEL PELO TREINAMENTO, MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO, SUPRIMENTO,
ARMAMENTO,SUBSISTÊNCIA, TRANSPORTE, SAÚDE E RESGATE DOS FERIDOS, MORTOS E DESAPARECI
DOS ENTRE OS GUERRILHEIROS, NÃO CONSTATO QUALQUER PRINCÍPIO MORAL QUE DEVA INDUZIR
OS CHEFES MILITARES A ACEITAR TAL MISSÃO. PASSADOS QUASE 40 ANOS DIFICILMENTE ENCON
TRARÃO OSSADAS. QUALQUER FAMÍLIA, APÓS TANTOS ANOS, JÁ SUBLIMOU A DOR. FALAR E ESCRE
VER SOBRE MORTOS DO ARAGUAIA DEPOIS DE TUDO QUE JÁ FOI ESCRITO E FALADO, SERVE APENAS
ALIMENTAR A INDÚSTRIA DE INDENIZAÇÕES QUE SURRUPIAM FORTUNA DO TESOURO PARA AGRACIAR
UMA MAIORIA DE CRETINOS, MENTIROSOS E FARSANTES QUE NÃO TIVERAM PELO MENOS A CORAGEM
DE SER TERRORISTA. SERVE O TEMA TAMBÉM, PARA QUE ALGUNS JORNALISTAS E JORNALECOS DESPRO
VIDOS DE CORAGEM PARA ABORDAR E DENUNCIAR TEMAS DA ATUALIDADE E DE REAL INTERESSE DA
SOCIEDADE ESCLARECÊ-LOS, PERMANEÇAM NO ESQUECIMENTO, TAIS COMO: QUAL O DESTINO DADO
PELA GUERRILHEIRA DILMA AO DINHEIRO LEVADO DO ADHEMAR DE BARROS?; QUAL FOI O MILAGRE DO
SÚBITO ENRIQUECIMENTO DO FILHO DO APEDEUTA E PRESIDENTE DA REPÚBLICA?
ESTOU CONVICTO DE QUE A INACEITÁVEL MISSÃO DE RESGATE É APENAS MAIS UM CAPRICHO ARQUITE
TADO PELAS FIGURAS ODIENTAS E DESPREZÍVEIS DE DILMA, CARLOS MINCH, P.VANUCH, TARSO GENRO E
OUTROS COMPLEXADOS, CONTANDO COM O APOIO DO MINISTRO, CUJA OBSESSÃO É FANTASIAR-SE DE GENERAL,
PARA OBTER DOS MILITARES UMA ATITUDE DE FRAQUEZA E PUSILANIMIDADE QUE ENODOE A IMACULADA HONRA
MILITAR.
MÁRCIO MATOS VIANA PEREIRA - CEL REF EB

segunda-feira, 2 de março de 2009

ARTIGO

JULGAMENTO DOS GOVERNADORES PELO S T F


A Constituição Federal, apesar de imperfeições, estabelece muito bem os direitos, deveres e atribuições dos três Poderes, fixando assim os limites de cada um, objetivando que funcionem de maneira harmônica e independente.
Hoje, entretanto, convivem os brasileiros com uma bagunça institucional, motivando desequilíbrio e descrença, pois a politicagem, imagem deletéria da política, contaminou os três Poderes.
O Executivo, já infectado pelo mensalão e outras corrupções, abusando das Medidas Provisórias sobrecarrega a pauta do Legislativo, o qual, abdicando do dever de legislar, limita-se a aprovar tudo em troca de obtenção de concessões e vantagens. Então o Poder Legislativo, que deveria ser a tribuna de ressonância dos anseios do povo, pela falta de independência e submissão ao Executivo, compuscado, se afigura a um antro de negociatas escusas.
Quanto ao Judiciário, personificado no Supremo Tribunal Federal (STF), manteve uma posição independente e íntegra durante todo o período revolucionário, construindo uma auréola de admiração e respeitabilidade pela atuação de magistrados do porte de Adauto Lúcio Cardoso, Aliomar Baleeiros, Ernani Sátiro, Prado Kelly e outros de igual postura, grandeza moral e espírito cívico.
Hoje, o STF é outro, não reunindo a mesma postura, razão de não mais inspirar, nos brasileiros que acompanham e analisam a conjuntura nacional, a mesma absoluta confiança. Contribuiu muito para isso a confissão do Ministro Nelson Jobim de haver suprimido da Constituição Federal tópico aprovado pela Constituinte, quando ainda integrava a Suprema Corte,ficando impune o absurdo, ainda que gravíssimo, fato que acarretou para o STF a imagem de cumplicidade por corporativismo.
Além desse fato merece registro que, nos idos revolucionários, as sentenças fundamentadas sem casuísmos expressavam a essência da justiça, alegrando os vencedores e conformando os perdedores. Hoje, as sentenças, embora cumpridas, nem sempre geram conformismo, face expressarem notória conotação política, fato que tem afetado a imagem da Corte, arranhando a sua credibilidade e reputação.
Cito, para exemplificar, o caso da contribuição dos aposentados para a Previdência. Duas vezes o Governo FHC, de triste memória, tentou cobrar dos já aposentados a continuidade das contribuições mensais, tendo sido impedido nas duas tentativas por decisões do STF que, em assim agindo, reprimiu a voracidade manifesta do Governo FHC. O Governo Lula, tão semelhante ao anterior quando o assunto é patifaria, novamente cobrou a contribuição dos aposentados, obtendo, porém, inesperada vitória no STF, à época ainda integrado por vários Ministros que já haviam apreciado, votado e julgado o assunto nas duas vezes anteriores, provocando então surpresa a mudança de entendimento e de voto dos mesmos, já que a causa julgada e os fatores intervenientes não haviam sofrido mutações.
Agora, o TSE cassou o Governador da Paraíba e iniciou o julgamento do Governador do Maranhão. Não vou entrar no mérito do assunto, até porque a situação dos dois, eleitos Governadores em 2006, é diferente e não tenho dado para escrever sobre a culpabilidade ou não dos indiciados.
Sei, entretanto, que o julgamento do Governador Jackson foi interrompido, tendo o único voto proferido sido favorável à cassação do seu mandato, voto dado pelo Relator do Processo, Ministro Eros Gráo.
Sobre o aludido voto, proferido após uma argumentação maçante por falta de brilho, propondo a cassação do indiciado, nada há a criticar, pois, como Magistrado é esse o seu papel: votar conforme julgar. Entretanto, quando na segunda parte do seu voto, reconheceu o direito da candidata derrotada no segundo turno do pleito substituir o governador cassado, aí, como eleitor que não é advogado, mas sabe ler, entendo que o Relator foi parcial, face ferir o estabelecido no parágrafo primeiro do Artigo 81 da Constituição Federal que define a substituição, quando governador e vice perderem o mandato em decisão ocorrida já no segundo biênio do Governo.
Como o Governador do Maranhão, diferente do da Paraíba, ainda não foi julgado, se a cassação ocorrer, é evidente que a vacância dar-se-á no segundo biênio de Governo e a substituição deverá ser feita de acordo com o parágrafo do Artigo acima citado. Diferente disso caracterizará casuísmo e mistificação para legitimar decisão injusta, aparentemente protecionista e de execrável conotação política.
Por que decisões assim, tendenciosas pela parcialidade, ainda teimam em acontecer no Brasil?
Porque o país vive sob a égide da falta de escrúpulo quase generalizado, onde ser corrupto é a senha para acesso velado nos círculos dos que governam, legislam e julgam.
Porque na oposição não existe político com liderança efetiva para comandar uma luta cívica contra esse deplorável estado de coisas gerador da descrença na seriedade das Instituições.
Porque as vozes de poucos com biografias sem máculas no Congresso Nacional não ecoam, em razão do estigma de negocistas e subservientes que já macula a imagem da maioria dos parlamentares.
Porque Partidos Políticos expressivos como o PMDB e o PT não são mais confiáveis. O primeiro por preferir gravitar à sombra do Poder, qualquer que seja o Presidente da República eleito, negociando apoio em troca de sinecuras, cargos nas estatais e outras vantagens, abrindo para isso mão de concorrer à Presidência nos pleitos eleitorais. E o segundo, que defendia a ética e a moralidade como bandeiras nas campanhas eleitorais, se encontra totalmente desacreditado e desmoralizado após o escândalo do mensalão.
Porque os brasileiros, por diferentes motivos, aceitam acomodados e conformados os sucessivos escândalos publicados na mídia, envolvendo figurões em safadezas e patifarias.
Porque, infelizmente, hoje, casos como os acima comentados teimam em acontecer no âmbito do Judiciário, onde alguns magistrados atuam como se pairassem acima do bem e do mal, prolatando sentenças de nítidas conotações políticas, deixando claro que nem sempre nos julgamentos o gládio da Justiça é brandido, escudado nos princípios do direito, da verdade e da razão.
Márcio Matos Viana Pereira
OBS: O Autor é Cel Ref do EB




domingo, 15 de fevereiro de 2009

TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTA

REVISTA VEJA - Páginas Amarelas

ENTREVISTADO: SENADOR JARBAS VASCONCELOS


O PMDB É CORRUPTO


A idéia de que parlamentares usem seu mandato preferencialmente para obter vantagens pessoais já causou mais revolta. Nos dias que correm, essa noção parece ter sido de tal forma diluída em escândalos a ponto de não mais tocar a corda da indignação. Mesmo em um ambiente político assim anestesiado, as afirmações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos, de 66 anos, 43 dos quais dedicados à política e ao PMDB, nesta entrevista a VEJA soam como um libelo de alta octanagem. Jarbas se revela decepcionado com a política e, principalmente, com os políticos. Ele diz que o Senado virou um teatro de mediocridades e que seus colegas de partido, com raríssimas exceções, só pensam em ocupar cargos no governo para fazer negócios e ganhar comissões. Acusa o ex-governador de Pernambuco: "Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção".

O que representa para a política brasileira a eleição de José Sarney para a presidência do Senado?

É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney apareceu como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador.

Mas ele foi eleito pela maioria dos senadores.

Claro, e isso reflete o que pensa a maioria dos colegas de Parlamento. Para mim, não tem nenhum valor se Sarney vai melhorar a gráfica, se vai melhorar os gabinetes, se vai dar aumento aos funcionários. O que importa é que ele não vai mudar a estrutura política nem contribuir para reconstruir uma imagem positiva da Casa. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.

Como o senhor avalia sua atuação no Senado?

Às vezes eu me pergunto o que vim fazer aqui. Cheguei em 2007 pensando em dar uma contribuição modesta, mas positiva – e imediatamente me frustrei. Logo no início do mandato, já estourou o escândalo do Renan (Calheiros, ex-presidente do Congresso que usou um lobista para pagar pensão a uma filha). Eu me coloquei na linha de frente pelo seu afastamento porque não concordava com a maneira como ele utilizava o cargo de presidente para se defender das acusações. Desde então, não posso fazer nada, porque sou um dissidente no meu partido. O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante.

O senador Renan Calheiros acaba de assumir a liderança do PMDB...

Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido. Renan é o maior beneficiário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando à paisagem.

COMENTÁRIOS: O SENADOR ENTREVISTADO, NA REALIDADE, NÃO DECLAROU NOVIDADE ALGUMA, POIS AS SUAS AFIRMATIVAS SÃO DE CONHECIMENTO DE QUEM ACOMPANHA E ANALISA A CONJUNTURA POLÍTICA NACIONAL. SE EM NADA SURPREENDERAM, FORAM ENTRETANTO POSITIVAS, FACE HAVEREM SIDO INCISIVAS E PROFERIDAS COM ESPÍRITO PÚBLICO,OBSERVANDO VALORES COMO VERDADE E FRANQUEZA,VIRTUDES RARAMENTE INDENTIFICADAS EM DECLARAÇÕES OU ENTREVISTAS DE CONOTAÇÕES POLÍTICAS.

SE É ALENTADOR CONSTATAR QUE UM POLÍTICO DECLAROU VERDADES À NAÇÃO,É TAMBÉM PROFUNDAMENTE CONSTRANGEDOR CONFIRMAR, ENTRE AS VERDADES AFIRMADAS PELO SENADOR, SER O PMDB, MAIOR PARTIDO NACIONAL, UM PARTIDO DE CORRUPTOS.

LANCETANDO UM ENTRE TANTOS TUMORES MALIGNOS QUE CORROEM O AMBIENTE POLÍTICO NACIONAL,EXECRANDO A MORALIDADE E A HONESTIDADE COMO PADRÕES DE PROCEDIMENTOS,DEIXOU CLARO O SENADOR PREFERIREM MUITOS DOS INTEGRANTES DO SENADO COMPUSCAR A HONRA E A DIGNIDADE, EM TROCA DE UM ENRIQUECIMENTO FÁCIL. ESSA DECLARAÇÃO FOI EXPRESSIVA!

POUCO ME RESTA A ACRESCENTAR, APENAS DIZER QUE ACREDITO QUE NO ÍNTIMO DE CADA BRASILEIRO HONESTO, ESPOLIADO PELA MALTA QUE SEMPRE GRAVITOU À SOMBRA DO PODER, EXAURINDO OS COFRES PÚBLICOS,HÁ UM PROFUNDO DESPRESO POR AQUELES QUE, EM SENDO DESONESTOS, AINDA QUE BEM TRAJADOS E USANDO PERFUME CAROS, POR ONDE PASSAM EXALAM UM ODOR DESAGRADÁVEL, DECORRENTE DO FATO DE ESTAREM O CARÁTER E AS VÍCERAS IMPREGNADOS PELA PODRIDÃO MORAL.
MÁRCIO MATOS VIANA PEREIRA - CEL REF EB

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

TRANSCRIÇÃO DE ARTIGO

Quem será Roberto Mangabeira Unger?


Roberto Mangabeira Unger formou-se em direito no Rio de Janeiro e continuou seus estudos nos Estados Unidos, em Harvard, e lá leciona desde o início dos anos setentas. De pai norte-americano e mãe brasileira (da família Mangabeira, de longa tradição política no Brasil), Unger destaca-se como ativista político e como teórico e (…) tal como Edward Said e Salman Rushdie, ele é parte da constelação de intelectuais do Terceiro Mundo ativa e respeitada no Primeiro, sem ter sido assimilada por ele, cujo número e influência estão destinados a crescer (ANDERSON, 2002, p. 176).

Em 15 de novembro de 2005 escreveu o artigo abaixo publicado na mesma data no jornal FOLHA DE SÃO PAULO




PÔR FIM AO GOVERNO LULA


AUTOR: ROBERTO MANGABEIRA UNGER


AFIRMO que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.

Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas.

Imiscuiu-se, e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem,em disputas e negócios privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos.

Afirmo que a aproximação do fim de seu mandato não é motivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repetição desses crimes contamine a eleição vindoura. Quem diz que só aos eleitores cabe julgar não compreende as premissas do presidencialismo e não leva a Constituição a sério.

Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a República os mandatários que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade às leis se sobrepõe à lealdade aos homens.

Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança.

Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou.

Afirmo que a oposição praticada pelo PSDB é impostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB são hoje as duas cabeças do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabeças precisam ser esmagadas juntas.

Afirmo que as bases sociais do governo Lula são os rentistas, a quem se transferem os recursos pilhados do trabalho e da produção, e os desesperados, de quem se aproveitam, cruelmente, a subjugação econômica e a desinformação política. E que seu inimigo principal são as classes médias, de cuja capacidade para esclarecer a massa popular depende, mais do que nunca, o futuro da República.

Afirmo que a repetição perseverante dessas verdades em todo o país acabará por acender, nos corações dos brasileiros, uma chama que reduzirá a cinzas um sistema que hoje se julga intocável e perpétuo.

Afirmo que, nesse 15 de novembro, o dever de todos os cidadãos é negar o direito de presidir as comemorações da proclamação da República aos que corromperam e esvaziaram as instituições republicanas.

Eta Brasil…… É MINISTRO? NÂO, ESTÁ MINISTRO!

COMENTÁRIO: Este Artigo ilustra bem o descalabro moral reinante no Brasil,onde a grande maioria dos homens públicos, por ações e atos praticados, demonstram a falta de ética, de dignidade, de respeito para com a sociedade e para com a sua própia biografia, em função da deficiência de caráter.
Não existe outra explicação aceitável que justifique ter sido o cientista convidado pelo Presidente apedeuta e aceito integrar o seu Ministério, depois do que escreveu e difundiu aos brasileiros, através de um jornal de enorme circulação nacional. Como protecionismo, corporativismo, falácias,demagogia,corrupção, impunidade e chantagem são as credenciais notórias deste governo presidido por um apedeuta mestre na arte de ilusionismo ,pois cresce nas pesquisas a cada novo escândalo, mas, que, realmente conhece bem os meandros da vigarice política, diagnosticando as motivações do cientista, ofereceu-lhe um osso, digo,um Ministério e bastou, para que, inebriado pelo Poder, o Sr.UNGER passasse a ver como branco o que julgava escuro e como legal o que afirmara escuso.
Márcio Matos Viana Pereira - Cel Ref EB


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Diversão em dobro: compartilhe fotos enquanto conversa usando o Windows Live Messenger.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ARTIGO

MILITAR X COMISSÃO ESPECIAL DE ANISTIA DA CÂMARA FEDERAL


O PLANO ARQUITETADO PELA INTELIGÊNCIA LIMITADA DO SR. TARSO GENRO, QUE ALMEJA O ABSURDO DE SUPRIMIR OS BENEFÍCIOS DA ANISTIA A MILITARES ACUSADOS DE ENVOLVIMENTO COM TORTURA, MANTENDO-OS PORÉM PARA OS TERRORISTAS, RUIU, POIS O MILITAR CONVIDADO A DEBATER SOBRE AS AÇÕES MILITARES NO ARAGUAIA, AFIRMOU COM CLAREZA E FIRMEZA O QUE JAMAIS QUERIAM OUVIR. DISSE QUE O OBJETIVO DOS TERRORISTAS DO ARAGUAIA NÃO ERA RESTAURAR A DEMOCRACIA, MAS IMPLANTAR O COMUNISMO NO PAÍS.
O TENENTE VARGAS, HOJE, NA RESERVA DO EB, É UM DENTRE TANTOS MILITARES ANÔNIMOS QUE NOS IDOS DA GUERRA REVOLUCIONÁRIA ENFRENTOU, COMBATEU E DERROTOU A CAMARILHA QUE, A SERVIÇO DO COMUNISMO INTERNACIONAL, ATRAVÉS DE AÇÕES DE GUERRILHAS URBANAS E RURAL, OBJETIVAVA DESESTABILIZAR O GOVERNO MILITAR E IMPLANTAR O COMUNISMO NO PAÍS.
GRAÇAS AO PATRIOTISMO, E ÀS VIRTUDES DE CORAGEM, ESTOICISMO, ABNEGAÇÃO, DISCIPLINA E OBSTINAÇÃO DE MILITARES COMO MACIEL, CURIÓ, O ENTÃO SARGENTO VARGAS E TANTOS OUTROS ANÔNIMOS E DENODADOS COMPANHEIROS DE LUTA NAS SELVAS DO ARAGUAIA, E DAQUELES QUE, TAMBÉM NO ANONIMATO, DERROTARAM AS GUERRILHAS URBANAS ECLODIDAS EM VÁRIAS CIDADES BRASILEIRAS, HOJE, PODEM OS BRASILEIROS DESFRUTAR DA DEMOCRACIA QUE OS MILITARES LHES ASSEGURARAM.
É QUE DERROTADOS OS TRAIDORES DA PÁTRIA, ASSALTANTES DE BANCOS, SEQUESTRADORES DE AUTORIDADES, ASSASSINOS COVARDES DE BRASILEIROS INOCENTES VITIMADOS PELA INSANIDADE DESSES PÁRIAS, ATRAVÉS DE AÇÕES TERRORISTAS INDISCRIMINADAS, O SOPRO DA LIBERDADE SE ESPRAIOU POR TODOS OS RINCÕES DA PÁTRIA, MOSTRANDO AO MUNDO QUE AS FORÇAS ARMADAS ASSEGURARAM PARA O BRASIL A POSTURA DE AUTÊNTICO GUARDIÃO DA DEMOCRACIA NA AMÉRICA DO SUL.
COM A MESMA CORAGEM DEMONSTRADA NAS SELVAS DO ARAGUAIA, IMPULSIONADO PELA FORÇA DE SUA CONSCIÊNCIA CÍVICA, ACEITOU O TENENTE VARGAS CONVITE PARA COMPARECER NA CÂMARA DE DEPUTADOS PARA ESCLARECER FATOS E CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE ESTEVE ENVOLVIDO OU SOBRE OS QUAIS HAJA TIDO CONHECIMENTO, COM O OBJETIVO DE, PERANTE OS MEMBROS DA COMISSÃO ESPECIAL DE ANISTIA, ELUCIDAR DÚVIDAS A RESPEITO DE PESSOAS, PROVAS E FATOS OCORRIDOS, RELACIONADOS COM A GUERRILHA, NO INTUITO DE CRIAR CONDIÇÕES PARA QUITAÇÃO DA LEI DE ANISTIA QUE É A MISSÃO DA ALUDIDA COMISSÃO.
O PRESIDENTE LULA, APEDEUTA DE MAIOR SUCESSO NO MUNDO, SE REFERINDO AOS CONGRESSISTAS DA SUA ÉPOCA, ESTIMOU EM TREZENTOS O NÚMERO DE PICARETAS. APESAR DE CARECER DE CREDIBILIDADE UMA ESTIMATIVA DE UM APEDEUTA, NÃO HÁ DÚVIDAS DE QUE EXISTIAM PICARETAS NO CONGRESSO, MAS, NÃO TÃO INSIDIOSOS E MALIGNOS PARA A NAÇÃO, QUANTO ALGUMAS FIGURAS DESPRESÍVEIS QUE HOJE INFESTAM OS MINISTÉRIOS E O GOVERNO, ASSALTADOS POR INESCRUPULOSOS PETISTAS.

SÃO FIGURAS ODIOSAS, RECALCADAS, DESLEAIS, CORRUPTAS E MENTIROSAS QUE ONTEM INFERNIZARAM O PAÍS COM AÇÕES TERRORISTAS E, HOJE, MAQUIVELICAMENTE, ESTRUPAM A HISTÓRIA NA ÂNSIA INCONTIDA DE TRANSFORMAR AS AÇÕES DE TRAIÇÃO À PÁTRIA E OS DIFERENTES CRIMES PRATICADOS NA CLANDESTINIDADE, EM ATOS DE BRAVURA E HEROISMO REALIZADOS EM DEFESA DA DEMOCRACIA.

PASMEM! TEMOS COMO MANDATÁRIOS DESTE PAÍS PERMISSIVO UM APEDEUTA MÁGICO QUE, A CADA ESCÂNDALO, AUMENTA A SUA POPULARIDADE E ESVAZIA AS CRISES, ALEGANDO IRRESPONSAVELMENTE QUE DE NADA SABIA, POIS NADA OUVIRA E NADA VIRA, CERCADO DE FIGURAS SINISTRAS COMO DILMA, TARSO, MINC, VANNUCHY, FRANKLIN, DIRCEU, GENOINO, MARCO AURÉLIO E OUTROS BENEFICIÁRIOS DAS MILIONÁRIAS INDENIZAÇÕES PAGAS PELO TESOURO NACIONAL, COMO RECOMPENSA POR HAVEREM INVESTIDO NO CRIME PRATICADO CONTRA A DEMOCRACIA E CONTRA O BRASIL.

O TENENTE VARGAS, COM CORAGEM ESPARTANA E EVIDENTE INGENUIDADE, ACEITOU O CONVITE, ASSUMINDO OS RISCOS PESSOAIS DECORRENTES, PARA FALAR A VERDADE À NAÇÃO. CUMPRIU SUA PROMESSA COM FRANQUEZA ADMIRÁVEL E ATÉ CERTO PONTO QUIXOTESCA.

O QUE OCORREU FOI CHOCANTE! DE UM LADO, UM MILITAR COM AS SUAS CONVICÇÕES, DECLARANDO O QUE SABE, SOBRE O QUE FEZ E O QUE VIU. DO OUTRO, PARLAMENTARES INTEGRANTES DA COMISSÃO ESPECIAL DE ANISTIA DA CÂMARA FEDERAL, PORTANDO-SE COMO AUTÊNTICOS PICARETAS, PARCIAIS E FACCIOSOS, ATUANDO EM FAVOR DA TESE ABSURDA DEFENDIDA POR FACÍNORAS BENEFICIADOS PELA LEI DE ANISTIA E QUE ALMEJAM A IMPRESCRITIBILIDADE PARA OS CRIMES DE TORTURA, PREVALECENDO A ANISTIA PARA OS CRIMES DE TERRORISMO, FAZIAM DE TUDO PARA OBTER DO MILITAR ALGO QUE PUDESSE INCRIMINAR O EXÉRCITO. NÃO LOGRANDO ÊXITO, FACE A COERENTE E ALTIVA POSTURA DO TEN VARGAS, APELARAM PARA AMEAÇAS.

NENHUM DOS PICARETAS PERGUNTOU ALGO SOBRE OS TERRORISTAS DO ARAGUAIA. FALTOU-LHES CORAGEM PARA TANTO, POSSIVELMENTE COM RECEIO DE DESAGRADAR TARSO, DILMA E OUTROS PODEROSOS. ABORDARAM O TEMA COMO SE OS GURRILHEIROS, BANDO CLANDESTINO E ILEGAL, TIVESSEM O DIREITO DE OPERAR UMA ÁREA DE GUERRILHA, ENQUANTO OS MILITARES, FORÇA LEGAL, ENVIADOS AO ARAGUAIA PARA ACABAR COM A ÁREA DE TREINAMENTO DE GUERRILHA, FOSSEM OS CRIMINOSOS POR CUMPRIR A MISSÃO RECEBIDA E O DEVER

DECLAROU O TENENTE VARGAS QUE ACEITOU O CONVITE DA COMISSÃO, PORQUE TENTAM SUPRIMIR A ANISTIA PARA OS MILITARES, E NUNCA VIU OU SOUBE DE QUALQUER REAÇÃO POR PARTE DOS CHEFES MILITARES.

TALVEZ O MOMENTO E O LOCAL NÃO FOSSEM OPORTUNOS PARA FAZER ESSA AFIRMATIVA LAMENTÁVEL, MAS, NÃO MENTIROSA, POIS AS FORÇAS ARMADAS, REALMENTE, FACE AO MUTISMO DOS SEUS COMANDANTES, ESTIMULAM AS AÇÕES REVANCHISTAS E DESPRESTIGIAM OS MILITARES, ABANDONANDO-OS, QUANDO PROCESSADOS OU ATINGIDOS POR AÇÕES REVANCHISTAS.

O SILÊNCIO NÃO É A MELHOR POSTURA PARA QUEM TEM A MISSÃO E O DEVER DE COMANDAR QUALQUER UMA DAS TRÊS FORÇAS ARMADAS. ESSES DEVEM SER LÍDERES INCONTESTES, RESPEITADOS E ADMIRADOS PELA FIRMEZA E CLAREZA DE POSIÇÕES ASSUMIDAS.

É PRECISO FAZER O GOVERNO E A NAÇÃO CREREM QUE, EM DEFESA DA PÁTRIA E DA DIGNIDADE MILITAR, DOS POSTULADOS CONSTITUCIONAIS, DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE COM RESPONSABILIDADE, CADA UMA DAS TRÊS INSTITUIÇÕES MILITARES, COERENTE COM O SEU PASSADO E COM A SUA HISTÓRIA, ESTARÁ SEMPRE PRONTA PARA CUMPRIR AS SUAS MISSÕES CONSTITUCIONAIS.

DEVERIAM OS CHEFES MILITARES INFORMAR TAMBÉM AOS RECALCADOS E FRUSTADOS REVANCHISTAS QUE, COM FIRMEZA PROPORCIONAL ÀS AÇÕES INTENTADAS, RESPONDERÃO PELOS SEUS SUBORDINADOS POR AÇÕES E ATOS PRATICADOS E ABRANGIDOS PELA LEI DE ANISTIA, PORQUANTO, A SÍNTESE DO QUE OCORREU NAQUELES DIAS FOI A LUTA DA LEI CONTRA O CRIME A SERVIÇO DE UMA IDEOLOGIA ESPÚRIA; DE MILITARES PATRIOTAS CONTRA TRAIDORES DA PÁTRIA ENSANDECIDOS NO OBJETIVO DE INSTALAR O COMUNISMO NO BRASIL; DE HONESTOS E OBSTINADOS DEFENSORES DA DEMOCRACIA,CONTRA AMORAIS, CUJA RAZÃO DE VIVER É O CRIME, JÁ QUE ONTEM, COMO CLANDESTINOS, ERAM TERRORISTAS, E, HOJE, COMO GOVERNANTES SÃO EMPEDERNIDOS MENTIROSOS E PERICULOSOS CORRUPTOS QUE, DESCARADAMENTE, MAMAM DOS COFRES PÚBLICOS DA MÃE PÁTRIA ESPOLIADA, POLPUDAS, DESCABIDAS, INJUSTAS E AFRONTANTES INDENIZAÇÕES, PELA PILANTRAGEM DE TEREM VIVIDO SEMPRE NO CRIME , DO CRIME E PARA O CRIME.

PATRIOTISMO! HONRA! ÉTICA! DISCIPLINA! DIGNIDADE! EIS OS VALORES NOBRES QUE PERMANECEM SAGRADOS PARA OS MILITARES E CULTUADOS PELAS PESSOAS SÉRIAS. SÃO, PORÉM, VOCÁBULOS SOBRE OS QUAIS NUNCA OUVIRAM FALAR, E VALORES OFENSIVOS PARA A MORALIDADE ELÁSTICA DE FIGURAS SINISTRAS COMO TARSO E SEUS APANIGUADOS. ATÉ QUANDO O BRASIL SURPORTARÁ TAL DESCALABRO?

MÁRCIO MATOS VIANA PEREIRA – CEL REF DO EB

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

MILITAR DEBATE NA COMISSÃO ESPECIAL DE ANISTIA

LONGA MAS MUITO INTERESSANTE. OS REVANCHISTAS ESTÃO A TODO O VAPOR!


TRANSCRIÇÃO


Data: Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009, 11:09
Audiência Publica do dia 3/12/08, na Comissão Especial da Anistia na Câmara dos Deputados em Brasília – DF
Motivo da Audiência: Entrevista dada pelo Tenente Vargas a revista Isto É em 12 de Novembro de 2008.
Expositor: Tenente José Vargas Jiménez (Chico Dólar)
- Deputado Federal do PC do B (BA) – Daniel Almeida / Presidente da Câmara Especial da Anistia
Sr. José Vargas Jiménez o senhor foi convidado por esta comissão especial de anistia para ver se tem informações, documentos que estariam em poder de vossa Senhoria que a Comissão considerou, que estas informações, que estes documentos podem ser úteis no sentido da aplicação da Lei da Anistia.
Existem dúvidas a respeito de pessoas, provas e fatos que ocorreram na conhecida guerrilha do Araguaia. Vossa senhoria foi convidado e gostaria que vossa senhoria pudesse fazer sua exposição, principalmente se é possível trazer elementos no sentido de criar condições para quitação da Lei de Anistia que é objeto desta Comissão Especial que tem como objetivo acompanhar a aplicação da Legislação.
Vossa Senhoria esta com a palavra.
- Tenente José Vargas Jiménez:
Senhor Presidente, deputado Daniel Almeida, senhores deputados boa tarde! Eu fui convidado pela comissão de anistia da câmara dos deputados encima da hora pela entrevista que dei a Revista ISTO É.
Há um ano lancei um livro chamado BACABA – Memórias de um Guerreiro de Selva da Guerrilha do Araguaia, onde relato todos os acontecimentos em que eu participei, desde a preparação até a minha evacuação. Neste documento, neste livro, muitas perguntas que os senhores farão, as respostas estão aqui no livro, com provas documentais.
O livro não é ficção, o livro é uma realidade do período em que estive atuando na guerrilha. Eu era terceiro sargento e comandava 10 (dez) homens. Trabalhei com Curió e naquela época morreram 32 guerrilheiros. Alguns camponeses que apoiavam a guerrilha também foram presos, no meu livro tem tudo isso aí com fotos.
Iniciando, eu recebi o requerimento onde o Deputado Daniel Almeida do PC do B da Bahia, solicita a Câmara dos Deputados esta audiência pública para me convidar, como expositor e vou me basear nesta ultima parte do requerimento que diz:
“Esta convocação se justifica em dois aspectos distintos:
- Primeiro: Pelos direitos que os familiares das vitimas tem de conhecerem o paradeiro dos seus entes queridos e para reunir provas com intuito de identificar formalmente os trabalhadores rurais vitimas dos arbítrios da ditadura e com isso, conceder aos seus familiares os direitos a que lhes confere.
- Segundo: Pela necessidade de reescrevermos a nossa história e deixarmos às futuras gerações, um exemplo de compromisso com a verdade e com a liberdade, respaldados no valor à Democracia. Sala das Sessões, em 18 de novembro de 2008.
Assinado: Deputado Daniel Almeida do PC do B/BA.
Bem senhores, o que eu tenho a dizer realmente esta no meu livro, no Plano de Busca e Apreensão e no Plano de Captura e Destruição. No Plano de Busca e Apreensão constam os nomes dos camponeses que foram feitos prisioneiros. Aqui tem alguns que eu posso afirmar e confirmar. Os povoados onde se encontravam os camponeses a serem presos e outros, estão assim relacionados:
- No povoado de Bom Jesus, José Salim (Salu), Leonel Severino, Oneide, João Mearim e Luiz, todos com prioridade um para sua captura. E Luizinho, Leonda e Salomão, com prioridade três.
- Em Santa Rita : Manoel Cícero com prioridade três.
- Em Itapemirim: André e Zé de tal, com prioridade um.
- Em Brejo Grande : Bernardino, com prioridade um e Vicente com prioridade dois.
- Em Cristalândia: João Murada, com prioridade quatro
- Em Centro de Osorinho: Mulher e filho de 18 anos, com prioridade três.
Esses são os que eu tenho escrito e com provas. No entanto quando estive lá na primeira missão, eu, Curió e mais 2 grupos de combate, cada grupo era integrado por 10 homens, éramos 30 na primeira missão. No dia 03 de outubro de 1973, no povoado de Bom Jesus, nós chegamos e prendemos quase todos os camponeses, além dos que estão relacionados e aqueles que tinham condições de ajudar na guerrilha e os seus filhos que poderiam ajudar os guerrilheiros.
Então, o que aconteceu, só deixamos as esposas e as crianças e continuamos na selva. Prendemos Mané das duas mulheres, um camponês que era amigado com duas irmãs e assim fomos. Nesse primeiro dia nos prendemos uns 40 camponeses e mais 30 que constituíam nossos grupos de combate, era difícil se deslocar na selva. Curió então designou dois grupos de combate, comandados por 2 sargentos com curso em guerra na selva, igual ao que eu tenho, para que levassem os 40 camponeses para BACABA, nós não conhecíamos a base ainda. Eu fiquei com Curió na selva fazendo emboscadas e capturando mais camponeses.
Em relação aos camponeses, isso eu posso afirmar, outros grupos de combate atuaram nas regiões de São Domingos das Latas, Chega com Jeito, vários lugares. E, na região de Xambioá os guerreiros pára-quedistas, também fizeram este trabalho. Agora, a relação deles, eu só tenho estes que eu falei aqui que constam no meu livro.
Se alguém quiser fazer alguma pergunta sobre o primeiro tema aqui, por favor, pode fazer.
- Deputado Daniel Almeida:
Não, vamos lhe dar todo o tempo previsto, depois passaremos a fazer perguntas sobre a exposição.
- Tenente Vargas;
Bem senhores, em relação a este primeiro item, para as famílias dos camponeses é isto que eu posso falar.
Agora eu vou para o segundo item, pela necessidade de reescrevermos a nossa história e deixarmos às futuras gerações, um exemplo de compromisso com a verdade e com a liberdade, respaldado no valor à Democracia.
Hoje em dia a mídia fica falando, divulgando e as pessoas que estão no poder que, nós os militares na época do regime militar, fomos os vilões e que eles (os Comunistas) lutaram contra o regime militar, para ter esta Democracia que temos agora.
É uma mentira enorme, é uma grande mentira, eu tenho documentos aqui provando que um dos partidos de esquerda o PC do B queria impor o Comunismo no Brasil, através da luta armada, o documento é: “O estudo do PC do B para implantação da Guerrilha Rural no Araguaia (1968-1972) – A Guerra Popular no Araguaia”.
Este documento esta comigo há 35 anos, ele foi pego no dia em que foram mortos os 8 guerrilheiros do comando da guerrilha. Entre eles Mauricio Grabois, comandante das Forças Guerrilheiras do Araguaia – FOGUERA. Este documento estava com eles, esta aqui. Vou entregar ao Presidente da mesa. Onde eu provo o que eles queriam, o PC do B queria impor o Comunismo no Brasil. Fez o estudo, treinou muitos guerrilheiros do PC do B na China e em Cuba para lutarem contra nós. Se eles estavam lutando contra o regime militar para impor a Democracia, deveriam ter treinados seus homens em países onde existia a Democracia e não nos países Comunistas. Então, eles estavam preparados e o documento está aqui. Vou ler algumas coisas que constam nele:
“Porque a região foi escolhida? A escolha da região não foi espontânea e nem realizada empiricamente. Resultou de um profundo trabalho de pesquisas e estudo minucioso, objetivando a determinar uma área em que a luta armada pudesse ser iniciada e em que fosse assegurada a sobrevivência dos núcleos combatentes.
A região satisfaz plenamente as exigências para o inicio e o desenvolvimento da guerra popular, particularmente da guerra de guerrilha.
Outros povos utilizam com sucesso a Selva, florestas, como palco de suas ações guerrilheiras, a exemplo do que aconteceram no Vietnã, Malásia, Angola e outros países.
Por outro lado apresenta certas vantagens para os ataques de surpresa ao longo de uma extensa rodovia localizada dentro da selva.
O grosso da população é constituído de camponeses do Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia, Goiás e de Estados do Nordeste.
Os habitantes da região não têm outra saída para solucionar os seus problemas a não ser a Revolução.
O objetivo das Forças Armadas Revolucionaria na região, a FOGUERA - Forças Guerrilheiras do Araguaia do PC do B é assegurar a sua sobrevivência e garantir um crescimento constante para formar um Exercito regular.
Mesmo que o inimigo se coloque em muitos pontos fixos desta área e realize o patrulhamento, não conseguirão impedir que os guerrilheiros ali vivam, combatam, organizem a massa e se fortaleçam continuamente..
A luta de guerrilheiros tem possibilidade de crescer na região devido ao fato da população ser pobre e sofrida. Dependendo das circunstancias da luta, afluirão para a região, revolucionários de todas as partes do país a fim de ingressar nas Forças Guerrilheiras do Araguaia (FOGUERA).
A guerrilha poderá acumular forçar, realizar intenso trabalho político, engrossar suas forças combatentes, mantendo-se com os recursos locais.
Para o inimigo a região é hostil e desconhecida. Suas tropas serão trazidas de fora. A selva, embora generosa com os guerrilheiros, adaptados a região e que a conhecem bem, será madrasta para os soldados da reação, acostumados com a placidez dos quartéis, desconhecedor dos segredos da selva. A vida na selva apresenta dificuldades para enfrentar às doenças, os mosquitos e as intempéries. É necessária elevada consciência e espírito de abnegação que somente os guerrilheiros do PC do B possuem.
As Forças Armadas ficarão isoladas e cercadas pelo ódio do povo”.
Este documento foi preparado pelo PC do B, durante quatro anos e realmente eu que estive lá, tudo o que eles previram deu certo, na primeira fase da guerrilha, quando o Exército colocou militares despreparados, recrutas vindos de Goiás e Brasília, como eles escreveram aqui no documento: Então na primeira fase da guerrilha, os guerrilheiros ganharam a primeira batalha.
Aí o exercito retirou todo o efetivo e iniciou a operação Sucuri, colocou o pessoal do serviço de inteligência para fazer o levantamento da área. Mas só descobriu os nomes, as bases e o efetivo dos guerrilheiros, porque na primeira fase, prendeu o deputado Genoino, cujo codinome era Geraldo. E, graças a ele se conseguiu fazer o levantamento de quantos guerrilheiros atuavam na área, as armas e tudo. Foi Genoino que passou essas informações para o Exército.
- Platéia: Vaias “Porque foi torturado.”
Então, vou repetir na mídia, que as Forças Armadas lutavam contra o Comunismo e pela Democracia. Agora, os partidos de esquerda dizem que estavam lutando contra a ditadura militar para implantar a Democracia, o que é uma grande mentira. Tanto é que eu tenho o documento elaborado pelo PC do B provando isso.
Na guerrilha Rural, eu mesmo capturei dois guerrilheiros vivos. Eu capturei o guerrilheiro Piauí, tenho prova, aqui no meu livro tem documentos provando que também capturei um camponês chamado Zezinho. Hoje eles constam como desaparecidos.
Só para os senhores saberem o que aconteceu na guerrilha urbana, nas cidades, onde os Partidos de esquerda também lutavam para impor a Ditadura Comunista no Brasil, aqui eu tenho os nomes de alguns terroristas que recorreram à luta armada e envolveram-se em atentados, assaltos e assassinatos na tentativa de derrubar o governo militar.
Beneficiados pela lei da anistia de 79 se reintegraram na vida política, foram transformados de criminosos em heróis e hoje estão nas altas esferas, onde militam pelas mesmas idéias na esperança de colocar o País sob um regime idêntico a aquele que malogrou o leste europeu.
Sabem qual o objetivo da luta armada dos que combateram o regime militar?
Quem responde a esta pergunta é Daniel Aarão Reis, um ex-terrorista do MR-8, atualmente professor de história contemporânea na universidade federal fluminense, ele diz:
“As ações armadas da esquerda brasileira não deve ser mitigadas. Nem para um lado nem para outro. Não compartilho a lenda de que, no fim dos anos 1960 e no inicio de 1970 (inclusive eu), fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito sugerido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial, pretendia-se implantar uma ditadura revolucionaria. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentam como instrumento da resistência democrática.
As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar um socialismo no país, por meio de uma ditadura revolucionaria como existia na China e em Cuba. Mas , evidentemente, elas falaram em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora e aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre guerra”.
Então vejam que foi Daniel Aarão Reis, um ex-terrorista do MR-8 que disse.
Entre esses terroristas/comunistas que lutaram na época dos anos 60 e 70 eu trouxe os dossiês de alguns Ministros que estão aí no poder:
- Ministro Tarso Genro, na clandestinidade usava os codinomes de “CARLOS” e “RUI”, era um dos terroristas da época, filiado ao PC do B; aqui tenho dossiê de outro terrorista: Paulo Vannuchi foi militante da Ação Libertadora Nacional – ALN, onde se familiarizou com ações terroristas, seqüestros políticos, assaltos a bancos e quartéis. Outro terrorista, Carlos Minc, era conhecido pelos codinomes “JAIR”, “JOSÉ” e “ORLANDO”, da Vanguarda Armada Revolucionaria – Palmares, tem também a terrorista que na clandestinidade usava os codinomes de “ESTELA”, “LUIZA”, “PATRICIA” e “VANDA”, a ministra Dilma Rousseff, ela participou de vários eventos terroristas, tenho também o de José Genoino, que foi preso e cujo codinome era GERALDO e de José Dirceu, cujo codinome era DANIEL, que filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), quando universitário e acompanhou Carlos Maringhella, líder do PCB, na “corrente revolucionaria”, criada para promover a luta armada.
Eu não vou ler todos os dossiês, mas vou entregar eles ao presidente da mesa, deputado Daniel Almeida, para que esta Comissão Especial de Anistia e o povo Brasileiro tomem conhecimento de quem eram estes Ministros que hoje estão no poder.
Então senhores, são só alguns nomes, esses eu trouxe para mostrar a verdade, tendo em vista eu ser militar e arrisquei minha vida para ter esta Democracia, eu era terceiro sargento, não era politizado, mas eu defendi à pátria, tanto é que consta no meu livro, documento do Exército me elogiando por eu ter defendido à pátria.
Platéia: Vaias, UHHH...!
Hoje em dia sou politizado, sou bacharel em ciências jurídicas, trabalhei no serviço de inteligência do exercito, então hoje eu vejo que nós temos que contar a história verdadeira para o povo brasileiro. Não essas falsas histórias que os comunistas e jornalistas estão contando que lutaram para impôr a Democracia no Brasil queriam sim, era impor o Comunismo.
Aqui eu tenho o Jornal do Brasil, um depoimento do Curió, com quem trabalhei:
Ninguém gostou o que eu coloquei no meu livro: “Onde estão os mortos e desaparecidos da guerrilha do Araguaia que foram exterminados, ninguém gostou”.
O exercito até abriu uma sindicância e me chamou para depor por causa do livro que lancei, mas não me prendeu.
No seu depoimento ao Jornal do Brasil Curió diz: “tenho respeito pelos guerrilheiros que tombaram em confronto e não gosto da palavra extermínio com o qual o um de seus ex-subordinados, o tenente José Vargas Jiménez se refere à ofensiva final das Forças Armadas”.
Aí ele diz que não gosta, mas continuando a sua entrevista ao Jornal do Brasil ele diz: “Segundo ele, a ordem para que nenhum guerrilheiro saísse vivo a partir de 1973, partiu do ex-presidente Emílio Carrastazu Médici”.
Vejam o contraste, eu falo em extermínio e o Curió fala que houve ordem para matar. Matar e exterminar não são a mesma coisa?
Curió também diz: ”Tem respeito pelos guerrilheiros que tombaram em confronto”. Eu também tenho respeito, porque nós lutamos, era uma guerra, cada um lutava pelo seu ideal. Eles lutavam pelo ideal comunista e nós militares lutávamos pela democracia. Depois que os Comunistas foram derrotados os militares passaram o governo para o povo brasileiro.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá do PTB/SP – Relator da audiência.
Sr Presidente acho que o tempo do orador já terminou, já falou bobagens demais e ninguém tomou parte em nada ainda.
- Presidente Daniel Almeida.
Deputado Arnaldo, realmente estamos a 20 minutos de exposição e, gostaria saber se o orador, nosso convidado tiver mais alguma coisa a complementar, que faça, para que nós façamos perguntas. Vamos retornar a palavra ao Tenente José Vargas.
- Tenente José Vargas:
Foi me dado 20 minutos, eu teria mais coisas para falar, mas é melhor os senhores fazerem perguntas e dentro do possível responderei. Muito obrigado!
- Presidente Daniel Almeida:
Passo a palavra ao relator, deputado Arnaldo Faria de Sá.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá (relator):
Sr Presidente, demais autoridades, eu queria saber do Sr. José Vargas, qual o objetivo dele fazer essas denuncias?
- Tenente José Vargas:
Eu estou seguindo o que foi pedido no requerimento, são dois itens. Isso não é denuncia.
- Deputado Arnaldo:
Na revista ISTOÉ, qual foi o objetivo de fazer a denuncia?
- Tenente Vargas:
Falar a verdade, tanto é que falei a verdade.
- Deputado Arnaldo:
O que disse no seu livro “Lei da Selva”?
- Tenente Vargas:
Não é meu livro. Tanto é que nem cita meu nome nesse livro.
- Deputado Arnaldo:
Você disse que a ordem que tinha era para exterminar? Confirma isso?
- Tenente Vargas:
Confirmo. Está no meu livro, com provas, no meu livro tem documentos provando.
- Deputado Arnaldo:
As provas estão no livro ou você tem em apartado?
- Tenente Vargas:
Eu tirei cópias, tenho as originais.
- Deputado Arnaldo:
Sr Presidente, eu queria requerer que esses documentos originais existentes sejam apresentados à Comissão Especial de Anistia.
- Tenente Vargas:
Eu não trouxe.
- Deputado Arnaldo:
O Sr tem cópias desses documentos que possa disponibilizar para esta comissão?
- Tenente Vargas:
Esse é um caso que vou pensar.
- Platéia: UUUUUUHHH!!! (Vaias)
- Deputado Arnaldo:
Você disse que participou do grupo de 120 guerrilheiros de selva, vossa senhoria confirma isso?
- Tenente Vargas:
Sim, e tínhamos mais 100 pára-quedistas, éramos 220, eles atuavam em Xambioá e nós em Bacaba..
- Deputado Arnaldo:
Além desses 100 pára-quedistas, tinha mais 30 do grupo de informações?
- Tenente Vargas:
Eu não sei. Sei que haviam do CIE, mas não sei quantos eram.
- Deputado Arnaldo:
Tem uma frase na revista ISTOÉ, onde diz: “Recebemos ordem para matar todos e matamos. Se algum guerrilheiro sobreviveu à terceira fase, foi porque colaborou com a gente e ganhou uma nova identidade”.. Vossa Senhoria confirma isso?
- Tenente Vargas:
Confirmo pelo seguinte, eu não tinha conhecimento de que algum guerrilheiro saiu vivo, só soube quando o coronel Lício Maciel (Dr. Asdrubal) entrou em contato comigo por e-mail. Eu o trouxe aqui e vou ler para os senhores. O Coronel Lício Maciel diz assim: “Chico Dólar, você entregou o prisioneiro Piauí e não sabe mais o que lhe sucedeu. Será que os 5 guerrilheiros arrependidos que o general Bandeira conseguiu empregar no serviço publico, em Brasília, por intermédio do Ministro Jarbas Passarinho, o Piauí não é um deles? Foram declarados mortos para não serem justiçados, vivem hoje sob nova identidade e ai deles se se revelam. Serão assassinados como Celso Daniel, as 8 testemunhas e mais o Toninho do PT. Infelizmente o atual desgoverno é de bandidos, existe muita coisa acima de nosso conhecimento.
Muito tem sido inventado sobre as ações do Exército. Agora, eles tentam financiar empresários sem escrúpulos em filmes completamente fora da realidade, com objetivo único de desmoralizar o nosso exército”.
Estou entregando este documento (e-mail) ao presidente da mesa.
- Deputado Arnaldo:
Vossa senhoria tem a lista de todos os guerrilheiros que foram presos e exterminados?
- Tenente Vargas:
Sim, estão no meu livro. Estes documentos me foram entregues antes de eu entrar na selva para combater os terroristas/comunistas.
- Deputado Arnaldo:
Os prisioneiros eram colocados em pé, descalços em cima de latas sendo torturados. É verdade?
- Tenente Vargas:
Eu vi isso.
- Platéia: Vaias ... UUUUUHHH!!!
- Tenente Vargas:
Esta começando a ficar bagunçado aqui. Eu vou embora.
- Deputado Arnaldo:
Vossa senhoria diz que prendeu mais de 30 camponeses e um deles colocou nu, num formigueiro. É verdade?
- Tenente Vargas:
É verdade.
- Deputado Fernando Ferro – PT/PE:
Acho importante seu depoimento Sr. José Vargas, discordando de suas idéias políticas e conceitos..
- Deputado Fernando:
Vossa senhoria prendeu 2 guerrilheiros, para onde foram levados?
- Tenente Vargas:
Escrevi no meu livro que o guerrilheiro Piauí que capturei vivo, que era o chefe do grupo de André Grabois (Zé Carlos), depois que ele foi morto, cuja prioridade para captura e destruição era “UM”, tive oportunidade de matá-lo, porém resolvi prende-lo, entrei em combate “corpo a corpo” com ele por ver que ele estava fraco e desnutrido, eu sabia que tinha condições de prendê-lo e assim fiz com ele e com outro guerrilheiro camponês chamado Zezinho.
Nós éramos combatentes, nossa base era em Bacaba, o pessoal do serviço de inteligência ficava na Casa Azul em Marabá-PA, nós entregamos os prisioneiros vivos a eles.
- Deputado Fernando:
O Sr viu outros serem capturados vivos?
- Tenente Vargas:
Não, somente posso falar dos que eu capturei vivos, Piauí e Zezinho.
- Deputado Fernando:
Dos 32 guerrilheiros que morreram quantos você matou?
- Tenente Vargas:
Nenhum.
- Platéia – Vaias UUUUUHHH!
- Deputado Fernando:
Qual o paradeiro dos guerrilheiros Piauí e Zezinho que o senhor capturou?
- Tenente Vargas:
Não sei, consta que Piauí desapareceu em março de 1974, eu sai da guerrilha em 27 de fevereiro de 1974. Ele foi entregue à Casa Azul, sede de nosso comando. Em Bacaba e Xambioá só ficavam os combatentes.
- Deputado Fernando:
O senhor era subordinado de Curió?
- Tenente Vargas:
Sim.
- Deputado Fernando:
Qual o papel de Curió nessas operações?
- Tenente Vargas:
Combatente. Às vezes ele saia com meu grupo de combate para emboscar, combater e destruir bases dos guerrilheiros. Isso era nosso trabalho.
- Deputado Fernando:
Mas, era ele quem comandava todo o contingente?
- Tenente Vargas:
Não. Ele comandava meu grupo e outros dois que comandou na primeira missão, o do Sargento Brito e Sargento Elizeu, ambos já mortos. Nós três fizemos o curso de guerra na selva juntos, no Centro de Instruções de Guerra na Selva (CIGS). O Sargento Brito morreu na guerrilha e o Sargento Elizeu faleceu dia 28 de agosto de 2008 de ataque cardíaco em Belém-PA. E Curió foi ferido a bala no braço pela guerrilheira Sônia
- Deputado Fernando:
O Senhor disse que prendeu em Bom Jesus vários camponeses. Quantos eram e para onde foram levados?
- Tenente Vargas:
Eram mais ou menos uns 40 e foram levados para Bacaba pelos grupos de combate do Sargento Brito e Elizeu. Os suspeitos de apoiar os guerrilheiros eram mandados para a Casa Azul, os outros ficaram alojados em Bacaba em barracões, onde todos os dias eram politizados com ensinamentos de Hino Nacional, Bandeira Nacional e o que era Democracia, Comunismo e Terrorismo.
- Deputado Fernando:
Pode informar se alguns camponeses foram mortos?
- Tenente Vargas:
Sim, na minha relação tem o Alfredo.
- Deputado Fernando:
Mas, os que o senhor prendeu?
- Tenente Vargas:
Acredito que todos foram soltos, pois eu sai de Bacaba antes da guerrilha acabar em 27 de fevereiro de 1974 e ela só terminou em janeiro de 1975.
- Deputado Fernando:
Como vocês foram preparados?
- Tenente Vargas:
Eu, o capitão Azevedo, também já falecido e os sargentos Brito, Elizeu e Vilhena, preparamos 60 guerreiros (soldados), para combater os terroristas/comunistas. Nos temos o curso de guerra na selva feito no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), o melhor curso que existe no mundo, pois se alguém quiser tomar nossa Amazônia (Selva), todos os militares que tem este curso bem como os bravos soldados da região Amazônica estão preparados para defende-la.
- Platéia:
Foram preparados para torturar! (vaias) UUUHHH!
- Tenente Vargas:
Eu vou embora Senhor presidente, se continuar assim eu vou embora e não responderei mais nada. Que falta de respeito!
- Presidente da mesa Dep. Daniel Almeida:
Eu gostaria de solicitar aos convidados que não intervenham nos questionamentos feitos pelos deputados, se alguém tiver algum questionamento/indagação, que seja dada ao deputado para ser encaminhado ao convidado, a fim de preservar o ambiente e que permita o debate.
- Deputado Fernando:
O senhor entende e compreende que as famílias dos desaparecidos tem direito de saber onde estão os corpos deles. O senhor poderia ajudar a encontrá-los?
- Tenente Vargas:
Só me levar até a região junto com um dos mateiros que atuaram na área, pode ser o Vanu, pois depois de 35 anos, não mais reconhecerei sozinho os locais, somente com a ajuda desse mateiro, se ele for comigo encontramos esses locais.
O mateiro Vanu foi mandado enterrar os três primeiros guerrilheiros mortos ANDRÉ GRABOIS (Zé Carlos), chefe do grupo e filho de Mauricio Grabois, comandante Geral das Forças Guerrilheiras do Araguaia (FOGUEIRA), JOÃO GUALBERTO GALATRONI (Zebão) e ANTÔNIO ALFREDO DE LIMA (Alfredo), camponês recrutado na área, no entanto, ele não os enterrou, só jogou palha em cima dos corpos. Os animais da mata os comeram.
- Deputado Fernando:
O senhor tem consciência que torturou e pode ser processado por esse crime, como também os outros?
- Tenente Vargas:
Com certeza. Se eu estou me acusando, não posso dizer que não vi outros sendo torturados. Agora se eu falasse que vi outros sendo torturados e eu não fiz, aí seria algo desleal. Mas, guerra é guerra. É hipocrisia dizer que não tem tortura numa guerra. Até hoje tem, a policia federal prende narcotraficantes e tortura, a milícia do Rio prendeu jornalistas e os torturou. É hipocrisia dizer que não existe tortura é absurdo.
Evidente que cada pessoa tem seu comportamento, formação social, religiosa e familiar o que não permite que se exceda.
- Deputado Fernando:
A tortura é crime, e as pessoas que fizeram como é seu caso, devem ser chamadas à responsabilidade. O seu depoimento está ajudando esta comissão e gostaria de saber se o senhor tem conhecimento de outros militares que estariam dispostos a falar. Conhece alguém mais de seu tempo que atuou junto com o senhor na guerrilha que tem possibilidade de trazer informações referentes a esse período?
- Tenente Vargas:
O senhor acha que alguém teria a coragem que eu tenho. Não tem. Não tem.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
O que vocês fizeram com Osvaldão?
- Tenente Vargas:
Foi morto.
- Deputado Arnaldo:
Depois de morto.
- Tenente Vargas:
Foi levado num helicóptero para Xambioá, como seu cadáver era grande, ele quase caiu do helicóptero e ficou dependurado, sendo levado assim até a base dos pára-quedistas.
- Deputado Fernando:
Quais as áreas onde o senhor atuou na guerrilha?
- Tenente Vargas:
Bom Jesus, Caçador, Chega com Jeito, Peixinho, São Domingos das Latas, Brejo Grande, Metade, etc. As áreas eram divididas, os pára-quedistas atuaram na área de Xambioá e nós os guerreiros de selva em Bacaba.
- Deputado Fernando:
Qual a recomendação a respeito dos corpos dos guerrilheiros?
- Tenente Vargas:
Não havia recomendação. Aqueles que foram mortos ficaram na selva e foram comidos por animais selvagens. Ninguém os enterrou, porém os nossos sim.
- Deputado Fernando:
Aqueles guerrilheiros que vocês não identificavam, eram cortadas suas cabeças e mãos? E quem dava as ordens para isso?
- Tenente Vargas:
Sim, foram três exceções, por não terem sido identificados, se levava as mãos para tirar as impressões digitais e as cabeças para identificação, pois não se pode carregar um corpo no meio da selva, é muito difícil. As ordens vinham dos nossos superiores para esse procedimento.
- Deputado Fernando:
Quem fez isso e quem era responsável por Bacaba e Xambioá?
- Tenente Vargas:
Eu não sei.
- Platéia: Vaias ..UUUUHH!
- Deputado Fernando:
Porque seu apelido de Chico Dólar?
- Tenente Vargas:
Meus comandados, dez homens foram os que me colocaram esse apelido. Nós não atuávamos fardados, atuávamos à paisana, barbudos, cabeludos, descaracterizados, iguais aos guerrilheiros. Ninguém sabia quem era sargento, tenente, capitão, major e coronel. Todos tinham um codinome.
Por atuarmos descaracterizados as nossas baixas (mortos), no período em que atuei na guerrilha, foram feitos por “fogo amigo”, nós atirávamos em nós mesmos, pois nós confundíamos com guerrilheiros.
- Deputado Claudio Cajado (DEM/BA):
O senhor acha que estava fazendo uma coisa legal quando estava na guerrilha?
- Tenente Vargas:
Quando entrei no Exército fiz um juramento em defender a Pátria. Então eu tive que defender a Pátria dos Comunistas. Eu fiz isso.
- Deputado Claudio:
Qual o seu grau de escolaridade na época da guerrilha?
- Tenente Vargas:
Eu não tinha nem a 7ª série, hoje sou bacharel em direito.
- Deputado Claudio:
O senhor sabe que juridicamente uma ordem que não é legal o senhor não tinha obrigação de cumpri-la. O senhor tem conhecimento disso, hoje em dia como bacharel em direito?
- Tenente Vargas:
Lá eu era Sargento e cumpria ordens. Hoje como advogado sei que existem leis que tem que ser cumpridas.
- Deputado Claudio:
Na época, para matar, o senhor sabia que não se podia cumprir essa ordem?
- Tenente Vargas:
Não, tanto é que eu tenho minha formação familiar e religiosa e que eu poderia ter matado os guerrilheiros PIAUI e ZEZINHO. Não o fiz, capturei-os vivos. A ordem era para matar: “Atira primeiro e pergunta depois”. Mas, eu não fiz isso.
- Deputado Claudio:
Onde seu grupo atuou, houve mortos?
- Tenente Vargas:
Não, só captura.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
O senhor matou cumprindo as ordens “Atira primeiro e pergunta depois”. O senhor cumpriu isso à risca?
- Tenente Vargas:
Claro que não, se assim tivesse feito, não teria capturado vivo dois guerrilheiros. Os teria matado, cumprindo essas ordens teria matado PIAUI e ZEZINHO.
- Deputado Arnaldo:
O senhor não tem medo de ser justiçado, assassinado?
- Tenente Vargas:
Não, os senhores podem fazer o que quiserem comigo, estão no poder mesmo.
- Deputado Claudio Cajado:
Qual sua motivação para o senhor vir a publico contar tudo isso, sendo fotografado, filmado, gravado publicamente, relatando esses fatos?
- Tenente Vargas:
Inicialmente lancei meu livro para contar a verdadeira história da guerrilha do Araguaia. Quando comecei a escrever o livro que foi feito em dois anos. Todos falavam assim: “Você é louco, maluco, o Exército vai te prender, você vai ser morto pelos familiares dos guerrilheiros que foram mortos, etc., etc.”
Depois que lancei o livro à conversa mudou: “Você é herói. Você é valente, corajoso, etc.” Até aí eu estava tranqüilo.
Aí eu comecei a ouvir e ler na mídia comentários que esses Ministros Comunistas querem acabar com a Lei a Anistia e os nossos representantes, As Forças Armadas, estão quietos, omissos, surdos. Não fazem nenhuma nota contestando ou pelo menos explicando ao povo sobre esses assuntos. Lei da Anistia e distorção dos fatos sobre a verdadeira história da guerrilha do Araguaia, onde eles, os comunistas dizem que lutaram contra o regime militar (Ditadura) para impor o regime Democrático no Brasil, o que é uma grande mentira. Isso me deixou irritado, eu sou militar, eu estive na guerrilha do Araguaia, eu combati esses terroristas comunistas, arrisquei a minha vida para ter esta democracia e não pedi nenhuma indenização nem dinheiro para ninguém. Tive problemas depois que sai da guerrilha, fiquei neurótico de guerra, pois quando você sai de uma guerra, fica neurótico, até você se readaptar novamente à sociedade, quer dizer eu não pedi nenhuma indenização. O que eu achei e acho que fizemos a coisa certa. Tanto é que depois, que os grupos comunistas de esquerda foram derrotados. O governo militar entregou as rédeas da Nação à população brasileira onde houve eleições diretas. É a Democracia. Tanto é que hoje o regime é Democrático e os partidos políticos de esquerda estão oficialmente registrados na justiça eleitoral, como o PCB, PC do B, PT, etc.
Eu lutei pra isso, eu arrisquei a minha vida pra isso. Então, me deixam irritado quando dizem que nós do regime militar somos os bandidos, vilões e nossos chefes militares não se pronunciam em nada. Como eu estou na mídia com credibilidade, estou aproveitando para fazer este desabafo e contestar essas mentiras: “Que os terroristas Comunistas lutaram para impor a democracia no Brasil”.
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
Você é Herói?
- Tenente Vargas:
Por que não? Eu sou herói do Araguaia.
- Platéia: Uh! Uh! Uh!
- Deputado Arnaldo:
Você não tem medo de ser torturado?
- Tenente Vargas:
Não, nem de ser morto.
-Deputado Claudio Cajado:
O senhor participou de tortura e morte?
- Tenente Vargas:
Eu não dei entrevista sobre isso e nem confirmei.
- Deputado Claudio:
E a motivação do livro? É por dinheiro?
- Tenente Vargas:
Dinheiro! Todo mundo pensa nisso e me perguntam se eu cobrei a entrevista que dei a Revista Isto é. Não cobrei nem ganhei nada com o livro até agora, pois ninguém me patrocinou. Eu fiz o livro sozinho.
- Deputado Claudio:
O senhor sabe de que tortura é crime imprescritível?
- Tenente Vargas:
Terrorismo também é crime imprescritível.
- Deputado Claudio:
Em que dia o senhor prendeu e enterrou os guerrilheiros Piauí e Zezinho?
- Tenente Vargas:
No dia 24 de Janeiro de 1974, foram entregues em Bacaba e dalí foram mandados para a Casa Azul em Marabá.
- Deputado Cláudio
O Sr reconhece então que o Exército Brasileiro matou, assassinou, torturou e escondeu os corpos desses guerrilheiros?
- Tenente Vargas:
Não sei. O senhor é quem esta falando. Podem ser que alguns estejam vivos com nova identidade com medo de serem justiçados pelos seus camaradas comunistas.
- Deputado Claudio:
O senhor é aposentado?
- Tenente Vargas:
Não, estou na reserva do exercito e posso ser convocado a qualquer momento.
- Deputado Fernando Ferro (PT/PE):
Vossa senhoria se sente abandonado pelas Forças Armadas e pelos seus comandantes da época?
- Tenente Vargas:
Não é que eu me sinta abandonado, sinto sim que quando surgem boatos denegrindo as Forças Armadas, nossos chefes não se manifestam.. Então, parecem que todas as mentiras que falam sobre as instituições Exército, Marinha e Aeronáutica, são verdades, eles ficam calados e como um ditado diz: “Quem cala, consente”. Mas, apesar de todo o esforço que os revanchistas fazem para denegrir as Forças Armadas, não conseguem, pois nas pesquisas feitas junto a população brasileira a credibilidade das Forças Armadas está sempre em primeiro lugar, o que não acontece com a dos políticos.
- Deputado Fernando Ferro:
Essa afirmação sua, dá a impressão de que as Forças Armadas são uma espécie de Deus, o que não é. Elas como quaisquer outras instituições cometem erros. Esta comissão de anistia foi criada para corrigir erros e contribuir com a Democracia.
- Deputado Tarcisio Zimmermann (PT/RS):
Quem é José Vargas hoje?
- Tenente Vargas:
Sou militar da reserva e recebo meu salário como 1º tenente, que é a minha única fonte de renda.
- Deputado Tarciso:
O senhor poderia repassar esses documentos secretos para esta comissão?
- Tenente Vargas:
Vou pensar.
- Platéia: (vaias) Põe ele no pau de arara! UUUHHH!
- Deputado Tarciso:
A ministra Dilma Russef, o senhor acha que ela deveria ter sido assassinada como as demais?
- Tenente Vargas:
Se ela estivesse na guerrilha do Araguaia, não estaria viva.
- Deputado Tarciso:
Como o senhor pode estar tranqüilo diante de tantas atrocidades. Não está com medo?
- Tenente Vargas
Se estivesse com medo não estaria aqui.
- Deputado Tarcisio
Na revista Isto é, o senhor diz que tortura numa guerra é normal para obter informações. O senhor confirma isso?
- Tenente Vargas:
Na época era normal. Fiz o que fiz. Se coloque no meu lugar, se eu tivesse sido capturado pelos terroristas comunistas, eu estaria vivo aqui? Guerra é guerra!
- Deputado Arnaldo Faria de Sá:
Com todo o respeito senhor presidente, eu estou enojado. Porque Genoino está vivo?
- Tenente Vargas:
Porque ele entregou seus companheiros.
- Platéia: (Vaias) Porque foi torturado! UUUHHH!
- Tenente Vargas:
Senhor presidente, eu vou embora que falta de respeito da platéia.
- Deputado Arnaldo Faria De Sá:
O senhor conhece alguém que poderia passar mais informações sobre a guerrilha?
- Tenente Vargas:
Qual o homem que teria a coragem de falar como eu. Eu estou aqui levando farpadas. Vejam como os senhores me trataram aqui, acham que outros iriam querer vir aqui para passar pelo que eu estou passando. Quem iria colaborar com os senhores. “Cego é aquele que não quer ver”. Não sou leigo.
- Deputado Daniel Almeida:
O senhor Vargas pode dizer suas palavras finais.
- Tenente Vargas:
Senhor presidente, finalizando, quando desgravarem o que aconteceu nesta audiência, ouvirão e verão de que o senhor foi o único a falar decentemente comigo, os outros me destrataram e afrontaram.
Já fiz meu desabafo e fui pressionado sem ninguém me apoiando. Esse problema que querem acabar com a lei da anistia e nossos chefes das Forças Armadas não falam nada, eles deveriam se pronunciar a respeito. Sou militar que defendeu a Pátria contra o regime comunista, tanto é que deixei um documento provando que o PC do B queria impor o regime comunista no Brasil. Fui para a guerra. Guerra é guerra, afeta dois lados, tanto a parte vencida como a dos vencedores.. Sei que tem muita gente sofrendo até hoje, de nosso lado também tem gente sofrendo.
Já pedi perdão a Deus, mas eu estava numa guerra e tinha que cumprir ordens. Eu estava defendendo a Pátria, o regime militar, um ideal democrático contra um ideal comunista. Eram ideais de cada lado, cada combatente guerrilheiro pelo seu livre arbítrio defendia o que achavam certo. Mas, com certeza agora os senhores tem um relato verdadeiro, de quem realmente esteve lá dentro da guerrilha do Araguaia combatendo os teroristas/comunistas.
Antes de encerrar, vou fazer uma pergunta à Comissão Especial de Anistia, que é a quem libera grandes verbas de indenizações aos comunistas derrotados e suas famílias. Se eu posso entrar também com um pedido de indenização por ter combatido os comunistas na guerrilha do Araguaia para ter esta Democracia que temos hoje no Brasil?.
- Platéia: Vaias, gritos de revolta! UUUHHH!
- Deputado Tarciso:
O senhor não lutava pela democracia, lutavam pela ditadura militar, o senhor não é merecedor de anistia e nem de indenização. O senhor não tem direito, nenhum torturador tem direito a anistia nem indenização. O senhor cometeu atos de ilegabilidade
- Deputado Arnaldo Faria de Sá: Obs:Chantagem e ameaça do Deputado
Senhor Presidente, eu queria dizer ao depoente da minha parte o seguinte: “se vossa senhoria entregar esses documentos secretos a esta Comissão Especial de Anistia, eu abro mão, como relator de entrar com uma representação no Ministério Publico Federal, para que o senhor seja processado e preso por crime de tortura na Guerrilha doAraguaia.”
- Tenente Vargas
Eu não vou entregar..
- Platéia: Vaias UUUHHH!
-Deputado Daniel Almeida:
O senhor José Vargas não foi tratado de forma grosseira não ouve qualquer tipo de pressão, foi um debate civilizado.
Todos nós consideramos fundamental o papel das Forças Armadas, aquilo que está previsto na lei.
Sou do PCdoB, considero que tudo o que fizemos foi para resgatar a Democracia e a sociedade Brasileira alcançou esse objetivo.
Não me considero nem mais nem menos patriota por qualquer outro segmento da Sociedade Brasileira, porém os integrantes e guerrilheiros do PC do B são patriotas.
Agora, defender a Pátria não é impor suas convicções e não é suprimir a Democracia.
Está encerrada a audiência.
OBSERVAÇÃO:
Ao término da audiência, os jornalistas vieram para me entrevistar e junto com eles veio uma senhora que disse ser filha de um dos comunistas que morreram no regime militar. Ela chegou perto de mim e apontando-me o dedo no meu rosto disse:
“Se eu não fosse uma pessoa educada lhe dava um tapa na cara, porém se eu tivesse seu endereço mandaria matá-lo”
O segurança da Câmara dos Deputados a retirou do local e também me retirou pelos fundos da sala da audiência, pois as famílias dos Terroristas/Comunistas estavam me esperando na porta da entrada.
TENHO TODA A AUDIÊNCIA PÚBLICA GRAVADA, NA ÍNTRGRA, SE EU NÃO TIVESSE FEITO ISSO, VALERIAM SOMENTE AS VERDADES DELES, JÁ A REMETÍ PARA O SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA DO EXÉRCITO E AGORA ESTOU REMTENDO AOS SENHORES UM RESSUMO DELA. POR FAVOR, DIVULGUÉM. “BRASIL ACIMA DE TUDO E TAMBÉM TUDO PELA AMAZÔNIA! SELVA!
RESPEITOSAMENTE.
TENENTE VARGAS.