sexta-feira, 29 de maio de 2009

MINHA ( FICTÍCIA ) AMAN

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Subject: [!! SPAM] Fw: Fw: Minha (Fictícia) AMAN


O texto é de um Coronel da Reserva do Exército. ( Autoria desconhecida )

Minha (Fictícia) Academia Militar

Nesta semana recebi, de vários amigos, e-mail comentando que já
estariam avançados os entendimentos para "corrigir distorções" no
sistema previdenciário dos militares. Entre as medidas previstas
estariam: a retirada da pensão das filhas, pensão para os filhos
somente até os vinte e um anos, aumento do tempo de contribuição para
trinta e cinco anos (homens) e trinta anos (mulheres) e não
consideração, no tempo de efetivo serviço, do chamado "tempo
fícitício" (que pérola !!!), que seria o tempo passado em escolas
preparatórias ou academias militares.
Realmente, não houve nada mais "fictício" em minha vida dos que os
"fictícios" quatro anos passados dentro dos muros da AMAN, em regime
de "fictício" internato. E olhem que eu era civil antes de entrar na
AMAN. Imagino como devem estar se sentindo os contemporâneos meus que
passaram mais três "fictícios" anos de sacrifício na EspCEx.
Ainda me recordo das "fictícias" noites, no primeiro ano, em que era
acordado às duas da manhã para assumir o "fictício" plantão das duas
às quatro, que sempre me era reservado por ser muito moderno (leia-se
civil, no meio de oriundos da PREP e dos CM, além dos Oficiais R/2,
sargentos, cabos e soldados que conseguiram entrar na AMAN).
Não há como esquecer das "fictícias" semanas no campo, rastejando na
lama, passando por baixo de tiros e lançando granadas, além do choque
e da tristeza pela notícia da "fictícia" morte de companheiros e
instrutores em exercícios com explosivos e munição real. Realmente,
tudo muito "fictício".
E as semanas dedicadas às "Instruções Especiais", então ? Ah! que
"fictícia" ralação! Querem coisa mais "fictícia" do que andar
quilômetros com um "Fuzil Aparentemente Leve" e uma mochila nas costas
fazendo patrulha, subir e descer montanhas no frio, queimar as palmas
das mãos no rapel do montanhismo, ou andar oitenta quilômetros
descalço, com fome e com frio, com uma companhia de páraquedistas te
perseguindo, a cavalo, morro acima, na simulação de uma fuga e evasão
? Realmente, aquele ninho de cobras que havia no buraco em que eu e
alguns amigos nos atiramos para fugir da perseguição dos PQD era
completamente "fictício".
E é claro que não podemos esquecer que junto com toda aquela
"fictícia" ralação, serviços de escala, formaturas e revistas de
uniforme ainda haviam as provas de cálculo, química, física, história,
geografia, topografia, matérias militares, educação física. Tudo muito
"similar" à vida de qualquer outro universitário do país. Tudo muito
"fictício".
Cabe lembrar, ainda, o que, talvez fosse o pior de tudo: a "fictícia"
saudade de casa ou das namoradas deixadas longe, principalmente pelos
"fictícios" laranjeiras, que ficavam, por vezes, todo o ano sem ir ver
a família, no norte, no nordeste, no centro-oeste ou no sul do país,
simplesmente por que não havia dinheiro para a passagem, ou porque as
distâncias eram tão grandes e as férias de meio de ano tão curtas, que
não haveria como ir e voltar a tempo para o início do segundo
semestre.
Eu que morava a duas horas e meia de Resende, lembro-me, com pena, dos
amigos que, terminada a semana e as indefectíveis (e "fictícias"),
palestra e revista de uniforme do sábado de manhã, não teriam outra
alternativa senão encarar o "fictício" fim-de-semana na AMAN, comendo
"bala juquinha" na seção de cinema acadêmico, enchendo a cara no "Bola
Sete", e, por que não, fazendo xixi no retão.
Realmente, os nossos líderes talvez tenham razão: foi tudo muito
"fictício". O serviço militar prestado durante quatro (ou sete anos)
foi "fictício", a saudade e, muitas vezes, o sentimento de solidão de
um jovem de dezoito anos, causado não só pelo afastamento de casa,
como também pela imensidão daquelas instalações, foram coisa à toa,
"fictícias"; as marchas diurnas e noturnas e as noites em claro no
exercícios de campo ou estudando, tudo foi "fictício".
Só não é fictício o orgulho de, por lá, ter passado.

Rio de Janeiro, 26/05/09.

(Como não me passaram o nome do autor, eu assino embaixo de todas as
ficções aqui apresentadas - Estas ficções são verdadeiras e nos enchem
de orgulho!! - Parabéns ao autor! Tomara que seja da Turma Marechal
Castelo Branco).

COMENTÁRIO: FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO OFICIAL INTEGRANTE DA TURMA
CASTELO BRANCO, CUMPRIMENTANDO EFUSIVAMENTE O BRILHANTE
AUTOR!
NÃO DEIXAREI ENTRETANTO DE, SOB A MINHA ÓTICA, OPINAR SOBRE O FATO,
MOTIVADOR DO ALUDIDO BRILHANTE ARTIGO, QUE, POR SER PROFUNDAMEN
TE INJUSTO PARA COM A FAMÍLIA MILITAR, É TAMBÉM LESIVO AOS INTERESSES
DA CLASSE, CASO VENHA A SER FERIDO QUAISQUER DOS DIREITOS ADQUIRIDOS
COMO DECORRÊNCIA DAS MODIFICAÇÕES ANUNCIADAS.
O MAIS LAMENTÁVEL, PORÉM, É CONSTATAR QUE TODAS AS MODIFICAÇÕES, IN
TRODUZIDAS PELOS GOVERNOS PÓS REVOLUÇÃO, NAS LEGISLAÇÕES MILITARES,
FORAM PREJUDICIAIS AOS INTERESSES MILITARES, CONTUDO FORAM ACEITAS COM
UM CONFORMISMO ABUSIVO, COMO SE O FATO DECORRESSE DE UM FENÔMENO
INEXORÁVEL DA NATUREZA QUE SÓ PERMITE O CONFORMISMO COMO OPÇÃO DE
AÇÃO.
NA RESERVA, FAZ LONGOS ANOS, CONSTATO DESOLADO QUE, HOJE, O PENSAMENTO
MILITAR DOMINANTE É OUTRO. OS COMANDANTES MILITARES DAS TRÊS FORÇAS
ARMADAS NÃO OPINAM MAIS NEM SOBRE ASSUNTOS ESPECÍFICOS E ESSENCIAIS AOS
INTERESSES DOS SEUS SUBORDINADOS. A CADEIA DE DIFUSÃO DE INFORMES E INFOR
MACÕES, QUE MANTINHAM INFORMADOS OS ESCALÕES SUBORDINADOS SOBRE ASSUN
TOS RELEVANTES ESPECÍFICOS OU INERENTES À CONJUNTURA NACIONAL, TORNOU-SE
RESTRITA OU INEFICAZ, OCASIONANDO SERMOS, COM CONSTÂNCIA NÃO DESEJADA,
PREJUDICIAL E PERNICIOSA, SURPREENDIDOS PELOS ACONTECIMENTOS.
VOLTO A INSISTIR NO QUE JÁ ESCREVI ANTERIORMENTE. A POSTURA DAS FORÇAS ARMADAS
ANTE O GOVERNO TEM DE SER DE ABSOLUTO RESPEITO, IRRESTRITA DISCIPLINA E DE DEDICA
ÇÃO EXCLUSIVA ÀS ATRIBUIÇÕES E DEVERES MILITARES, SEM TERGIVERSAR COM A OBRIGAÇÃO
DE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DA CONJUNTURA NACIONAL PARA ESTAR SEMPRE EM CONDI
ÇÕES DE CUMPRIR A MISSÃO CONSTITUCIONAL DE PROVER A SEGURANÇA NACIONAL.
ACEITAR DECISÕES POLÍTICAS OU ADMINISTRATIVAS NEFASTAS AOS INTERESSES MILITARES E
IMPOSTAS À REVELIA DA CLASSE, CONCORDANDO PELO MUTISMO COM O LOGRO E PREJUÍZO
AOS COMPANHEIROS DE FARDA E DE IDEAL E AOS INTERESSES DAS PENSIONISTAS, EXPRESSAM
ATITUDES QUE FAZ PARECER PRUDÊNCIA HUMILHANTE E SUBSERVIÊNCIA INCOMPATÍVEIS
COM A ÉTICA E COM O DESASSOMBRO VIRIL DO COMPORTAMENTO MILITAR.
APROVEITO PARA ABORDAR OUTRO TEMA, CUJA DECISÃO GOVERNAMENTAL É CONSTRANGE
DORA PARA A MAIORIA DOS MILITARES. CONSIDERO UM ACINTE AO EXÉRCITO INCLUÍ-LO NA
MISSÃO DE BUSCA E REGATE DOS TERRORISTAS DO ARAGUAIA. SE A RESPONSABILIDADE DA INS
TALAÇÃO DA ÁREA DE GUERRILHA FOI DO PCdoB; SE O ALVO DE SUAS AÇÕES FANÁTICAS ERAM
OS COMPANHEIROS QUE NO EXERCÍCIO DO DEVER MILITAR E DE SUAS FUNÇÕES CONSTITUCIONAIS,
MUITOS RESGATARAM COM O SANGUE E COM A VIDA AS AÇÕES COVARDES DE EMBOSCADAS SOFRI
DAS, EM RAZÃO DA IRRESPONABILIDADE E SEDE DE PODER DOS DIRIGENTES DA CITADA ORGANIZA
ÇÃO COMUNISTA RESPONSÁVEL PELO TREINAMENTO, MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO, SUPRIMENTO,
ARMAMENTO,SUBSISTÊNCIA, TRANSPORTE, SAÚDE E RESGATE DOS FERIDOS, MORTOS E DESAPARECI
DOS ENTRE OS GUERRILHEIROS, NÃO CONSTATO QUALQUER PRINCÍPIO MORAL QUE DEVA INDUZIR
OS CHEFES MILITARES A ACEITAR TAL MISSÃO. PASSADOS QUASE 40 ANOS DIFICILMENTE ENCON
TRARÃO OSSADAS. QUALQUER FAMÍLIA, APÓS TANTOS ANOS, JÁ SUBLIMOU A DOR. FALAR E ESCRE
VER SOBRE MORTOS DO ARAGUAIA DEPOIS DE TUDO QUE JÁ FOI ESCRITO E FALADO, SERVE APENAS
ALIMENTAR A INDÚSTRIA DE INDENIZAÇÕES QUE SURRUPIAM FORTUNA DO TESOURO PARA AGRACIAR
UMA MAIORIA DE CRETINOS, MENTIROSOS E FARSANTES QUE NÃO TIVERAM PELO MENOS A CORAGEM
DE SER TERRORISTA. SERVE O TEMA TAMBÉM, PARA QUE ALGUNS JORNALISTAS E JORNALECOS DESPRO
VIDOS DE CORAGEM PARA ABORDAR E DENUNCIAR TEMAS DA ATUALIDADE E DE REAL INTERESSE DA
SOCIEDADE ESCLARECÊ-LOS, PERMANEÇAM NO ESQUECIMENTO, TAIS COMO: QUAL O DESTINO DADO
PELA GUERRILHEIRA DILMA AO DINHEIRO LEVADO DO ADHEMAR DE BARROS?; QUAL FOI O MILAGRE DO
SÚBITO ENRIQUECIMENTO DO FILHO DO APEDEUTA E PRESIDENTE DA REPÚBLICA?
ESTOU CONVICTO DE QUE A INACEITÁVEL MISSÃO DE RESGATE É APENAS MAIS UM CAPRICHO ARQUITE
TADO PELAS FIGURAS ODIENTAS E DESPREZÍVEIS DE DILMA, CARLOS MINCH, P.VANUCH, TARSO GENRO E
OUTROS COMPLEXADOS, CONTANDO COM O APOIO DO MINISTRO, CUJA OBSESSÃO É FANTASIAR-SE DE GENERAL,
PARA OBTER DOS MILITARES UMA ATITUDE DE FRAQUEZA E PUSILANIMIDADE QUE ENODOE A IMACULADA HONRA
MILITAR.
MÁRCIO MATOS VIANA PEREIRA - CEL REF EB