segunda-feira, 31 de março de 2008

SALVE A CONTRA -REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA DE 64

É obrigação dos mais velhos mostrarem aos mais novos os momentos difíceis vividos pela Pátria no passado, com o objetivo de evitar que os fatos se repitam.
No Brasil de 64 os valores éticos, cívicos e sociais haviam sido postergados. O trabalho perdera o valor; as autoridades, a dignidade; o Presidente da República, a autoridade; a Confederação Geral dos Trabalhadores( CGT ) ditava normas para o Governo; as greves, à miúde, paralisavam o país; a inflação corroia a moeda; as Ligas Camponesas ameaçavam marchar do campo sobre as cidades; a Frente Parlamentar Nacionalista, no Congresso, exigia Reformas de Base, incluindo a Reforma Agrária nos moldes de Cuba, e a União Nacional de Estudantes ( UNE ),promovendo tumultos, gerava desordem e tensão popular.
Nas Forças Armadas, a disciplina, base e alicerce primordial das Instituições Militares, fora solapada, numa tentativa fracassada de jogarem os sargentos contra os oficiais.
Quando tudo parecia perdido e a Nação amedrontada e angustiada, temendo o Comunismo, pois era notório o envolvimento e o comprometimento do Presidente João Goulart com a subversão em marcha e com as Reformas de Base exigidas, principalmente, por Leonel Brizola, mentor e organizador dos GRUPOS DOS ONZE,e por Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas, aconteceram no Rio e em São Paulo, dois movimentos de massas, intitulados de” Marcha da família com Deus pela liberdade”, onde as mulheres brasileiras, empunhando terços, foram às ruas para externar as suas preocupações e orar pela Pátria e pela liberdade. Foi o bastante!
As Forças Armadas, despertando do aparente torpor que parecia imobilizá-las, resolveram reagir. Um sopro de patriotismo e de civismo entusiasmou a alma nacional, e o desejo de defender e preservar a Democracia, tornou-se uma palavra de ordem e um objetivo comum. As classes empresariais e patronais, o Clero, à época livre da ação esquerdista dos “progressistas”, os estudantes e os operários não comprometidos com a subversão, bem como os principais jornais do pais apoiaram a Contra-Revolução que, eclodida em Minas Gerais, logo se espraiou vitoriosa por todo o país, sendo as tropas federais aclamadas delirantemente nas ruas pelo povo.
O Movimento de 64, muito ao contrário do que apregoam os seus adversários, ontem, guerrilheiros à serviço do Comunismo Internacional, e hoje, figurões e mandatários de um Governo corrupto, que se sustenta pela adoção de um clientelismo vergonhoso, que utiliza bolsas para comprar as consciências e os votos dos pobres, miseráveis, doentes e famintos, tão incapazes como administradores, quanto o foram como guerrilheiros, não foi um golpe ,nem uma quartelada, mas ,sim, um movimento que, brotando da alma nacional e escudado na vontade da quase totalidade dos brasileiros, foi feito por militares do Brasil que, um dia, perante o Pavilhão Nacional, juraram sacrificar a própria vida em defesa da Pátria. E a Pátria, a mãe comum, representada pelos seus filhos, o povo brasileiro, ameaçada em sua liberdade clamou pelos seus soldados, e esses, acorrendo céleres ao chamamento pátrio, não decepcionaram, cumprindo com honra, entusiasmo e decisão o seu dever.

Cel Márcio