terça-feira, 27 de maio de 2008

ALMIRANTE RESPONDE A SENADOR

CARTA DO ALMIRANTE RUI DA FONSECA ELIA AO SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO pps)
>
> SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO

> Desde a criação da legendária Flotilha do Amazonas, em 1868, passando
> pela permanência tenaz dos nossos Soldados de Selva - em sua esmagadora maioria de origem indígena - até a contribuição mais recente da FAB, onde pontificaram os velhos hidroaviões Catalina do não menos épico Correio Aéreo Nacional, sem esquecer a epopéia do Marechal Rondon, sabe-se que a efetiva presença do Estado na Amazônia tem sido das Forças Armadas. Inclusive, assinale-se, na assistência médico-hospitalar e muitas outras ações cívico-sociais aos nossos irmãos ribeirinhos.
>
> Qualquer amazônida sabe disso melhor do que ninguém.
>
> Acrescente-se que a Constituição da República reza no seu art.91:
>
> "O Conselho de Defesa Nacional é orgão de consulta do Presidente da
> República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa
> do Estado democrático e dele paritcipam como membros natos: (...) VIII -
> os Comandantes da Marinha do Exército e da Aeronáutica. E mais adiante, o
> § 1º do mesmo artigo, inciso III, elenca as competências do Conselho:
>
> " III - propor os critérios e condições de utilização de áreas
> indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre o seu
> efetivo uso, especialmente na faixa de fronteiras e nas relacionadas com
> a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
> (...)."
>
> Vale dizer, a Constituição não dispensa, em matéria de soberania, a
> opinião daqueles que têm a missão constitucional de garanti-la.
>
> Dessa forma, por primeiro na qualidade de cidadão brasileiro, por segundo
> como antigo Tenente da Flotilha do Amazonas (1970-1971) e Comandante
> Naval da Amazônia Ocidental (1998-1999), devo expressar a V. Exa. minha
> decepção pelas injustas palavras de V. Exa. proferidas da Tribuna do
> Senado, entendendo como indisciplina o patriótico alerta do General
> Heleno, Comandante Militar da Amazônia, sobre os perigos da demarcação de reservas indígenas em faixas de terra contínuas e de fronteiras,
> discurso onde não faltaram ressentidos e cansativos chavões revanchistas,
> que de muito já deviam estar superados.
> Logo de um representante do Estado do Amazonas?
> Lamentável.
>
> 23/04/2008
>
> Rui da Fonseca Elia
> Vice-Almirante (RM1)

COMENTÁRIOS: O Senador Arthur Virgílio é, inegavelmente, um parlamentar inteligente, com apreciável bagagem intelectual,sendo um orador fluente e com assidua
participação nos debates em plenário, parecendo-me pretender demonstrar ser o principal adversário do Governo Lula e do PT.
Não acredito nas encenações do Senador e muito menos na pureza dos seus ideais. Ligadíssimo a FHC apoiou todas as ações nefastas aos interesses nacionais praticadas pelo Governo do sociólogo, vendilhão de expressiva parcela do Patrimônio Nacional.
Tanto FHC, quanto LULA integram o Forum de São Paulo e colocaram em prática,nos respectivos Governos, ações definidas no sentido de possibilitar,facilitar e direcionar o país no sentido da implantação do socialismo nos moldes estabelecidos pelo citado Forum. Por considerarem as Forças Armadas o principal obstáculo à consecução do objetivo colimado, intensificaram as ações que, até então apenas por revanchismo, mas,sem um objetivo a atingir,vinham sendo praticadas. Foi o Governo FHC que suprimiu os Ministérios Militares e que deu início à política de estrangulamento econômico que, sucateando os Parques, Arsenais e Fábricas, atingiu toda a cadeia de suprimento,afetando a capacidade operacional das três Forças.
O Senador Virgílio, integrava o Governo FHC e concordou com todos os absurdos e escândalos denunciados pela mídia, além de aparentar guardar rancor por haver sido o seu genitor punido pelos militares. O seu pronuncionamento concordando com a posição do Gen Heleno, mas negando-lhe o direito de falar, demonstra ser o Senador realmente um recalcado, ou,ao contrário da fama, não ser tão preparado, já que desconhece haver o Gen Heleno se portado no estrito cumprimento do dever funcional militar.
Cel Márcio