terça-feira, 4 de agosto de 2009

TRANSCRIÇÃO DE NOTA ENVIADA POR E-MAIL

NOTA DO CLUBE MILITAR



EM SE COMPRANDO TUDO DÁ … VOTOS

Os homens são tão simplórios, e se deixam de tal forma dominar pelas necessidades do momento, que aquele que saiba enganar achará sempre quem se deixe enganar.(Maquiavel)

Nunca na história deste país se fez tão pouco caso da honra, de tal maneira se desprezou a ética, tanto se usou de meios escusos para corromper, para enlamear instituições, para comprar consciências. A amarga sensação que fica é a da total perda, por parte de um grande número de homens públicos, de qualquer noção de honestidade, de dignidade, de honradez.

O atual governo, contrariando todos os princípios apregoados enquanto estava na oposição, abandonou completamente o decoro no trato da coisa pública e partiu para o uso de um verdadeiro rolo compressor, comprando tudo e todos a sua volta, desde que possam, de alguma forma, interferir em seus objetivos.

Recordemos o esquema do mensalão, quando um grupo de aliados do Presidente, gente de dentro do governo, usou meios escusos para organizar a maior quadrilha jamais montada em qualquer lugar do mundo, com o objetivo de comprar o apoio de parlamentares e, em última instância, perpetuar no poder seu grupo político.

O então Procurador-geral da República, Dr Antônio Fernando de Souza, apresentou uma denúncia contundente contra os principais envolvidos no escândalo. Ficou de fora o Presidente da República que alegou desconhecer o esquema. Em termos jurídicos, a desculpa valeu. O Procurador-geral retirou-o da denúncia por não ter encontrado evidências firmes de seu envolvimento. Agora, firulas jurídicas à parte, parece pouco provável que alguém, dotado de capacidade de reflexão, tenha acreditado na história. A ser verídico o desconhecimento, cairíamos na dúvida que, à época, circulou na internet: será que temos um Presidente aparvalhado, incapaz de entender fatos que acontecem ao seu redor, protagonizados por seus mais íntimos colaboradores?

Em outra vertente, há o Bolsa Família, sem dúvida o maior programa de compra de votos do mundo. Trata-se de um programa que gera dependência, antes de estimular o desenvolvimento humano. As pessoas atendidas, recebendo o benefício sem nenhuma necessidade de contrapartida, ficam desestimuladas até de buscar emprego. Mesmo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) chegou a afirmar que o programa “vicia” e que deixa os beneficiários “acomodados”.

Não é que alguém seja contra a minorar a aflição de quem tem fome. O problema é que o programa parte de uma premissa falsa ao confundir pobreza com fome. A esses últimos é mais do que justo assistir com recursos públicos. Aos pobres, a melhor ajuda que o governo poderia dar é investir corretamente em educação. Mas não, confundindo conceitos, prefere manter um Bolsa Família hiperdimensionado, gastando recursos que fazem falta à educação, uma vez que, assim como está, o retorno nas eleições, em termos de votos, tem sido muito compensador.

A comprovação de que não são todos os pobres no Brasil que estão famintos veio de uma pesquisa do IBGE, realizada em 2004 – Pesquisa de Orçamentos Familiares. Em uma parte dessa pesquisa, ficou constatado que o índice de pessoas abaixo do peso estava menor do que aquele considerado normal pela OMS. E, para a perplexidade dos que acenam com a necessidade de combater a fome para manter e ampliar o programa, verificou-se que, entre nós, a obesidade é um problema mais crítico do que a fome.

Não satisfeito em aliciar parlamentares para sua base de sustentação política e populações desassistidas para aumentar suas possibilidades eleitorais, o governo trata, também, de evitar qualquer problema nas ruas, em termos de manifestações públicas de desagrado contra os muitos desvios de ética praticados por seus correligionários e aliados. Nada melhor, então, do que colocar a União Nacional dos Estudantes igualmente em seu balcão de negócios.

É assim que o governo, da mesma forma que faz com sindicatos, resolveu patrocinar a UNE. As verbas federais, dessa forma, passaram a irrigar o movimento estudantil, seja em termos de patrocínio, como aconteceu em seu último congresso nacional, seja com a destinação de alguns milhões para a reconstrução de sua sede, seja, ainda, com o pagamento de generosas “mesadas” a seus dirigentes.

Com isso, foi neutralizado o espírito combativo que era a marca do movimento estudantil e eliminou-se toda possibilidade de agitações de rua indesejáveis. Um exemplo disso ocorreu no referido congresso, quando houve um protesto contra a CPI da Petrobras. Em outros tempos, seria a UNE a primeira a se mobilizar para exigir a completa elucidação dos fatos. Agora, sem sequer conhecer os resultados de uma CPI que nem começou, faz o protesto. Passam por cima da necessidade de se investigar denúncias de irregularidades em uma empresa cujo maior acionista é o governo, em um congresso que era patrocinado por esse mesmo governo. E o presidente da UNE tem a desfaçatez de dizer que não vê nada de errado nisso.

Com a prática da compra indiscriminada de todos que possam atrapalhar os desígnios do governo, este foi perdendo todos os escrúpulos. Conseguindo manter níveis elevados de popularidade, julga-se acima do bem e do mal, capaz de tudo, inclusive de defender crimes praticados por aliados, pouco se importando com a ética e com a moralidade pública. Pouco se importando com a evidência de que está corrompendo os brios de toda uma nação que, em um dia não tão distante, teve orgulho de se proclamar brasileira.

Gen Ex GILBERTO BARBOSA DE FIGUEIREDO

Presidente do Clube Militar



COMENTÁRIO: Parabenizo o Presidente do Clube Militar pela oportuna, verdadeira, corajosa e digna Nota emitida, ao analisar a putrefação moral que estigmatiza a Pátria, enodoando a
 sua imagem ante o mundo, em razão dos  três Poderes e das principais Instituições terem sido vilipendiados ao ser feridos em valores cultuados ao longo de séculos como sacrossantos para
 a nacionalidade.
Com palavras candentes, plenas de patriotismo e civismo, apontou as chagas que maculam o conceito de cidadania, face à total falta de ética, ao menosprezo à decência e ao despudor demonstrados pela enorme maioria dos homens públicos, indiferentes à noção de honra, de honestidade e de dignidade. 
Preocupados apenas em preservar o Poder via eleição, pela compra da consciência dos desprezíveis, por serem amorais;  dos infelizes que, por necessidade, trocam a fome pelo voto; e dos malandros, adeptos da lei de Gerson, que preferem em lugar do trabalho honesto e dignificante, figurar como gigolô das diferentes bolsas ofertadas pelo Governo, como cacife eleitoral destinado a garantir  votos e popularidade para o Presidente apedeuta.
 Esse, sempre pródigo em falar sandices, se declara orgulhoso de sua falta de estudos. Tendo trabalhado, somente, até perder a falange de um dedo, passou a viver sustentado pelo Partido, como pelego subversivo e agitador de porta de fábricas, onde criticava tudo e todos, apontando corrupção generalizada e pregando novos tempos,onde a seriedade, combinada com a justiça social, geraria trabalho dignificante para todos e desenvolvimento para a grande Nação brasileira.
Guindado ao Governo, o messias petista mostrou ser um vulgar demagogo, realmente doutor em velhacaria, fingindo-se de cego, surdo e retardado durante o episódio do mensalão, para proteger a camarilha petista envolvida no escândalo, prática da qual abusa, sempre que uma nova patifaria aponta na sua direção, como ocorreu quando a mídia noticiou uma negociata que teria sido praticada pelo seu filho, e como também agiu, ao se tornar aparentemente cúmplice na não apuração do assassinato em emboscada de um prefeito petista.
A Nota publicada recolocou o Clube Militar na sua gloriosa rota do pretérito, quando, como sentinela indormida da Nação, no papel de guardião autêntico da nacionalidade, inseriu o seu nome na História do Brasil.   Confio que, sem qualquer envolvimento político partidário,prossiga o Clube, trilhando a rota da independência, da altivez, da verdade e da isenção, a pugnar, sem tergiversações,  pelos reais interesses do Brasil e dos brasileiros.
Espero que nunca mais o Clube aceite pacificamente o desrespeito às Instituições Militares;  que as perseguições afrontosas à ética e à dignidade militar não fiquem sem o adequado e proporcional revide, para que o Clube Militar não venha a se igualar ao apedeuta Presidente, no dom de ser cego, surdo e mudo ao sabor das conveniências.

Márcio Matos Viana Pereira- Cel Ref EB


























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