segunda-feira, 31 de março de 2008
SALVE A CONTRA -REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA DE 64
No Brasil de 64 os valores éticos, cívicos e sociais haviam sido postergados. O trabalho perdera o valor; as autoridades, a dignidade; o Presidente da República, a autoridade; a Confederação Geral dos Trabalhadores( CGT ) ditava normas para o Governo; as greves, à miúde, paralisavam o país; a inflação corroia a moeda; as Ligas Camponesas ameaçavam marchar do campo sobre as cidades; a Frente Parlamentar Nacionalista, no Congresso, exigia Reformas de Base, incluindo a Reforma Agrária nos moldes de Cuba, e a União Nacional de Estudantes ( UNE ),promovendo tumultos, gerava desordem e tensão popular.
Nas Forças Armadas, a disciplina, base e alicerce primordial das Instituições Militares, fora solapada, numa tentativa fracassada de jogarem os sargentos contra os oficiais.
Quando tudo parecia perdido e a Nação amedrontada e angustiada, temendo o Comunismo, pois era notório o envolvimento e o comprometimento do Presidente João Goulart com a subversão em marcha e com as Reformas de Base exigidas, principalmente, por Leonel Brizola, mentor e organizador dos GRUPOS DOS ONZE,e por Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas, aconteceram no Rio e em São Paulo, dois movimentos de massas, intitulados de” Marcha da família com Deus pela liberdade”, onde as mulheres brasileiras, empunhando terços, foram às ruas para externar as suas preocupações e orar pela Pátria e pela liberdade. Foi o bastante!
As Forças Armadas, despertando do aparente torpor que parecia imobilizá-las, resolveram reagir. Um sopro de patriotismo e de civismo entusiasmou a alma nacional, e o desejo de defender e preservar a Democracia, tornou-se uma palavra de ordem e um objetivo comum. As classes empresariais e patronais, o Clero, à época livre da ação esquerdista dos “progressistas”, os estudantes e os operários não comprometidos com a subversão, bem como os principais jornais do pais apoiaram a Contra-Revolução que, eclodida em Minas Gerais, logo se espraiou vitoriosa por todo o país, sendo as tropas federais aclamadas delirantemente nas ruas pelo povo.
O Movimento de 64, muito ao contrário do que apregoam os seus adversários, ontem, guerrilheiros à serviço do Comunismo Internacional, e hoje, figurões e mandatários de um Governo corrupto, que se sustenta pela adoção de um clientelismo vergonhoso, que utiliza bolsas para comprar as consciências e os votos dos pobres, miseráveis, doentes e famintos, tão incapazes como administradores, quanto o foram como guerrilheiros, não foi um golpe ,nem uma quartelada, mas ,sim, um movimento que, brotando da alma nacional e escudado na vontade da quase totalidade dos brasileiros, foi feito por militares do Brasil que, um dia, perante o Pavilhão Nacional, juraram sacrificar a própria vida em defesa da Pátria. E a Pátria, a mãe comum, representada pelos seus filhos, o povo brasileiro, ameaçada em sua liberdade clamou pelos seus soldados, e esses, acorrendo céleres ao chamamento pátrio, não decepcionaram, cumprindo com honra, entusiasmo e decisão o seu dever.
Cel Márcio
sexta-feira, 28 de março de 2008
A VISITA DO PRESIDENTE HUGO CHÁVEZ
Fidel cerceou a liberdade de pensamento, de expressão e de ação, encarcerando os adversários não enviados ao Paredão, porém, é inegável, tinha alguns atributos de líder que o diferenciam desse falastrão ridículo e despreparado que não pode ser levado a sério por Governos presididos por estadistas.
No seu périplo em busca de reconhecimento, popularidade e liderança, teve o venezuelano a clarividência de escolher o Brasil para visitar. É que ele e o nosso apedeuta presidente têm pontos comuns na maneira simplória de ser e se admiram bastante.
Chávez, e Lula são dois demagogos, corruptos e desprovidos de bom senso, daí não terem noção do ridículo, confundindo popularidade com vulgaridade . Ambos serviram se chacota, quando um por ignorância e despreparo, alcunhou o outro de pacificador, título aceito com naturalidade pelo contemplado que, na sua esquizofrênica megalomania, se sentiu como tal, honrado por herdar a alcunha do patrono do Exército do Brasil, o imortal Caxias. O Presidente Lula que fala pelo vício de abrir a boca, sendo já reconhecido mestre na arte de falar impropriedades e tolices, não atentou para o fato de ser justamente a truculência, o destempero verbal, e o arbítrio os parâmetros que individualizam o seu leviano amigo venezuelano, aprendiz de ditador.
O gracejo impróprio com que o Presidente petista se referiu ao Presidente Bush, serviu para demonstrar ser despido da noção de formalismo e de decoro que a liturgia do seu cargo requer, degradando a respeitabilidade do cargo que exerce, com o seu linguajar chulo e a sua atitude hilária, própria de piadistas de bar de lupanar.
A não ser para reforçar a imagem empalidecida de esquerdista de carteirinha assinada e como demonstração de solidariedade para com os Partidos de esquerda, não encontro motivos para o Governador do Maranhão solicitar apoio para Chávez, sabendo ser ele um destabanado que quase ou nada fará pelo Estado, pois esses acordos de intenções decorrentes de visitas políticas, quase sempre são meras formalidades para justificar a viagem. Apesar de Presidente da República de uma Nação amiga, a companhia de Chávez deslustra, razão de julgar que para encarnar o espírito e a mística esquerdista, basta conviver mais com o Dr, William Moreira Lima ou com o jornalista Neiva Moreira, homens de biografias respeitáveis.
Cel Márcio
KIT GOVERNAMENTAL
Já transou? O governo dá a pílula do dia seguinte.
Engravidou? O governo dá o a salário- Maternidade e ainda 180 dias sem fazer nada
O filho cresceu? O governo dá o Bolsa Família.
Tá desempregado?O governo dá Bolsa Desemprego.
Vai prestar vestibular? O governo dá o Bolsa Cota.
Não tem terra? O governo dá o Bolsa Invasão
O Governo Petista dá, o contribuinte paga, o Povão agradece e continua votando LULA LÁ...
Agora, experimente trabalhar pra ver o que é que te acontece
COMENTÁRIO: Interessante! Parece piada, mas é verdade. Apenas repasso, conforme recebi.
Cel Márcio
PESQUISA CNI/IBOPE,SOBRE O GOVERNO LULA
Essas pesquisas de opinião, como as manifestações da imprensa cooptada e dos parlamentares da "base do governo", ou seja, os que correm quando o alpiste é jogado ao chão, são manifestações grotescas de sabujismo, de subserviência pura por interesses mesquinhos. Se fossem feitas em ambientes em que houvesse um mínimo de racionalidade, os resultados seriam outros. Infelizmente, a maioria do povo brasileiro não tem discernimento para separar o joio do trigo, até mesmo porque não identifica o que é joio e só se preocupa com a sobrevivência miserável que procura administrar. Só lamento que tenhamos chegado a esta situação pela insensatez de muitos intelectuais, empresários, profissionais liberais, professores universitários, militares de todos os postos e graduações, etc., muitos deles hoje amargamente arrependidos, e que, no desejo incontido de se livrar do maldito FHC, contribuiram para colocar o jabuti em cima do poste, não analisando as conseqüências dessa rebeldia. Só nos resta aguardar o fim do período legal para vermos se os eleitores tomam juízo e votam corretamente, o que, por um milagre (milagres acontecem...) poderá ocorrer. Como acredito que DEUS ainda não solicitou passaporte italiano, espero que Ele compreenda e perdoe essa massa ignorante e necessitada que precisa da esmola governamental e ilumine os candidatos menos imbecilizados e menos safados para que abram os olhos dos eleitores para o que poderá ser um futuro negativo para todo mundo.
COMENTÁRIO: Concordo inteiramente com a análise feita e muito bem exposta na mensagem, nada tendo a acrescentar.
Cel Márcio
quinta-feira, 27 de março de 2008
IRRESPONSABILIDADE DO GOVERNO LULA
Sendo um dos líderes e participante do Fórum de São Paulo, onde Governos e as principais Organizações de esquerda, saudosistas inconsoláveis do fracassado Movimento Comunista Internacional ( MCI ), acertaram medidas a serem estratificadas, objetivando a formação de um bloco socialista, capaz de minimizar a influência dos Estados Unidos nos paises signatários e em toda a América do Sul e América Central.
Sabendo que as Forças Armadas seriam um adversário a vencer, trataram de desestruturá-las com a adoção da política de estrangulamento financeiro, atingindo pela inanição de verbas os Arsenais, Parques e Fábricas, atingindo duramente a cadeia de suprimentos das três Forças Armadas, diminuindo-lhes a operacionalidade.
Irresponsavelmente o Governo do apedeuta faz questão de ignorar as ações do MST que fomenta a revolta nas áreas rurais, invadindo, saqueando e destruindo benfeitorias, plantações, lavouras e matando gado de propriedades particulares, num crime afrontoso contra os direitos de propriedade e de cidadania dos brasileiros.
Aumentando exageradamente as áreas territoriais das Reservas Indígenas ; não estabelecendo qualquer controle efetivo sobre as ONGS e, por pressão das mesmas, já anunciado a expulsão daqueles que vivem e labutam naquelas paragens, antes da demarcação das Reservas, tornou a região explosiva, onde muitas mortes poderão ocorrer.
O exemplo do MST proliferou e com a alegação de ter de acelerar a Reforma Agrária, a ação de guerrilha rural se instalou no Norte do país, conforme reportagem abaixo transcrita, a qual deixa patente a irresponsabilidade do governo petista, carente de seriedade, mas, pródigo em corrupção, mordomias e incapacidade.
Cel Márcio
O Brasil tem guerrilha
por Alan Rodrigues
O barulho de dois tiros de revólver quebrou o silêncio da noite na pacata comunidade rural de Jacilândia, distante 38 quilômetros da cidade de Buritis, Estado de Rondônia. Passava pouco das 22 horas do dia 22 de fevereiro quando três homens encapuzados bloquearam a estrada de terra que liga o lugarejo ao município e friamente executaram à queima-roupa o agricultor Paulo Roberto Garcia. Aos 28 anos, ele tombou com os disparos de revólver calibre 38 na nuca. Dez horas depois do crime, o corpo de Garcia ainda permanecia no local, estirado nos braços de sua mãe, Maria Tereza de Jesus, à espera da polícia. Era o caçula de seus três filhos. Um mês depois do assassinato, o delegado da Polícia Civil de Rondônia que investiga o caso, Iramar Gonçalves, concluiu: "Ele foi assassinado pelos guerrilheiros da LCP."
A sigla a que o delegado se refere, com estranha naturalidade, quer dizer Liga dos Camponeses Pobres, uma organização radical de extrema esquerda que adotou a luta armada como estratégia para chegar ao poder no País através da "violência revolucionária". Paulo Roberto foi a mais recente vítima da LCP, que, sob a omissão das autoridades federais e o silêncio do resto do Brasil, se instalou há oito anos na região e, a cada hora, se mostra mais violenta. Apenas em 2007, as operações do grupo produziram 22 vítimas - 18 camponeses ou fazendeiros e quatro guerrilheiros. Amplamente conhecidos em Rondônia, os integrantes da LCP controlam hoje 500 mil hectares. Estão repartidos em 13 bases que se estendem de Jaru, no centro do Estado, às cercanias da capital Porto Velho, se alongando até a fronteira com a Bolívia, região onde eles acabaram de abrir uma estrada. O propósito dos guerrilheiros seria usá-la como rota de fuga, mas, enquanto não são incomodados nem pela Polícia Federal nem pelo Exército, a trilha clandestina está sendo chamada de transcocaineira - por ela, segundo a polícia local, passam drogas, contrabando e as armas da guerrilha.
ÁREA PROIBIDA
A nenhuma dessas colônias o poder público tem acesso. Sob o manto da "revolução agrária", a LCP empunha as bandeiras do combate à burguesia, ao imperialismo e ao latifúndio, enquanto seus militantes assaltam, torturam, matam e aterrorizam cidades e zonas rurais nessas profundezas do Brasil. Encapuzados, armados com metralhadoras, pistolas, granadas e fuzis AR-15, FAL e AK-47 de uso exclusivo das Forças Armadas, eles já somam quase nove vezes mais combatentes que os 60 militantes do PCdoB que se embrenharam na Floresta Amazônica no início dos anos 70 na lendária Guerrilha do Araguaia. "A Colômbia é aqui", diz o delegado Gonçalves, numa referência às Farc.
A reportagem de ISTOÉ entrou nessa área proibida. No distrito de Jacinópolis, a 450 quilômetros de Porto Velho, bate o coração da guerrilha. Segundo o serviço secreto da Polícia Militar de Rondônia, é ali que está o campo de treinamento. "Nem com 50 homens armados eu tenho coragem de entrar na invasão deles", admite o delegado. Caminhar pelas hostis estradas enlameadas é como pisar em solo minado. A todo momento e com qualquer pessoa que se converse, o medo de uma emboscada é constante. Os militantes adotam as táticas de bloqueio de estradas e seqüestro das pessoas que trafegam pela área sem um salvo-conduto verbal liberado pela LCP. "É a forma de combater as forças inimigas", escreveram eles num dos panfletos que distribuíram na região. "Esses bandoleiros foram muito bem treinados pelos guerrilheiros das Farc", revela o major Enedy Dias de Araújo, ex-comandante da Polícia Militar de Jaru, cidade onde fica a sede da Liga.
Para se chegar à chamada "revolução agrária", dizem os documentos da LCP aos quais ISTOÉ teve acesso, a principal ação do grupo é pôr em prática a chamada "violência revolucionária". E, para os habitantes locais, essa tem sido uma violência fria e vingativa. No caso da sua mais recente vítima, o que a LCP fez foi uma execução sumária, após um julgamento interno suscitado pela desconfiança sobre o real propósito da presença de Paulo Roberto Garcia na região. "Eles acreditam que o rapaz era um agente infiltrado como agricultor e não tiveram dúvida em matálo", disse o delegado. Dos 22 mortos de 2007, quatro eram fazendeiros e 14 eram funcionários das fazendas, que a liga camponesa classifica como paramilitares. Na parte dos guerrilheiros, quatro foram enterrados - assassinados em circunstâncias distintas por jagunços das fazendas da região.
Além de matar, a LCP é acusada pela polícia de incendiar casas, queimar máquinas e equipamentos e devastar a Floresta Amazônica. Os moradores da comunidade onde vivia Garcia não sabem o que é luta de classe, partido revolucionário e muito menos socialismo. Mas eles sabem muito bem que, desde a chegada da LCP naquelas bandas, a morte matada está vencendo a morte morrida.
ALERTA NA SELVA
Só quem consegue transitar livremente no território da guerrilha são os caminhões dos madeireiros clandestinos, que pagam um pedágio de R$ 2 mil por dia à LCP para rodar nas estradas de terras controladas pela milícia. Em troca do pedágio, os guerrilheiros dão segurança armada aos madeireiros para que eles possam roubar árvores em propriedades privadas, áreas de conservação e terras indígenas. São terras que a LCP diz ter "tomado" - e o verbo tomar, no lugar de "invadir" ou "ocupar", como prefere o MST, não é mera semântica, mas uma revelação do caráter belicoso do grupo. "A falha é do Exército brasileiro, que deixa esses terroristas ocuparem nossa área de fronteira", acusa o major Josenildo Jacinto do Nascimento. Comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, Nascimento sente na pele o poder e a arrogância desse bando armado.
No ano passado, eles derrubaram uma base militar da Polícia Ambiental dentro de uma unidade de conservação e seqüestraram seus soldados. "A tática utilizada pela LCP para as emboscadas é certeira", admite um dos militares, mantido preso por sete horas. "Como são estradas de terras, no meio da floresta, eles derrubam árvores, que fecham o caminho. Quando as pessoas descem do carro para retirar a tora, são rendidas", diz E. S., militar da Polícia Ambiental, que recorre ao anonimato para se proteger. "Essa guerra é um câncer que está se espalhando pelo Estado", alerta Nascimento.
Assim como consta nos panfletos da Liga, os guerrilheiros postam homens em bases nos morros com binóculos e rojão para anunciar a "invasão" de sua área por "forças inimigas". Depois de sermos monitorados de perto por grupos de motoqueiros, durante os 38 quilômetros que levamos uma hora e meia para percorrer no território dominado pela LCP, ouvimos uma saraivada de rojões anunciando nossa presença. Estávamos próximos a uma base. O alerta serve também para que os homens armados se infiltrem na mata ocupando as barricadas montadas com grandes árvores nas cercanias dos acampamentos.
"O fato é que não dá para observá-los, mas estamos sob sua mira", adverte o militar da Polícia Ambiental que nos acompanha. Na verdade, a PM Ambiental é a única força do Estado cuja presença ainda é tolerada pela guerrilha. A explicação é simples: com apenas oito agentes para cuidar de quase 900 mil hectares naquela região, eles não representam ameaça ao grupo. Antes, serão presas fáceis se assim os militantes o desejarem.
A BASE
Logo que o barulho dos rojões reverbera na imensidão da selva, as mulheres e crianças vestem seus capuzes e assumem a linha de frente. Quando se chega ao topo de um morro, depois de passar por uma barricada construída com o tronco de uma imensa árvore com a inscrição da Liga, avista-se uma bandeira vermelha tremular na franja de um acampamento de casas com cobertura de palha. Pouco tempo depois, outra barricada e chega-se a uma parada obrigatória. Do outro lado da porteira, transcorreu o seguinte diálogo com uma trupe maltrapilha, encapuzada e arredia.
- O que vocês vieram fazer aqui? - disse um nervoso interlocutor mascarado.
- Somos jornalistas e queremos saber o que vocês têm a dizer sobre a reforma agrária e a Liga dos Camponeses Pobres.
- Podem ir embora, não temos nada a dizer. Vocês só atrapalham.
- Quantas famílias estão nesta invasão?
- 300.
- Podemos falar com o líder de vocês?
- Aqui não existe líder, todos somos iguais.
- Por que vocês ficam mascarados?
- A máscara é nossa identidade.
- Vocês acreditam que podem fazer uma revolução?
- Não temos que dar satisfações à imprensa burguesa.
- De quem vocês recebem apoio?
- Não interessa.
- Podemos entrar no acampamento?
- De forma alguma. Vão embora daqui!
Com colete à prova de balas sob a camisa, saímos da porteira do acampamento por uma questão de segurança e voltamos a percorrer de carro, numa estrada precária, mais uma hora e meia até o primeiro ponto de pedágio da LCP. "No ano passado, fomos presos por eles, éramos oito militares e eles tinham mais de 50 homens armados com metralhadoras", conta o sargento da tropa. "Não tem jeito, para resolver o problema com esse bando só com uma ação conjunta do Exército, da Polícia Federal e das forças do Estado."
Ao voltar da área dominada pela LCP, fica claro, nas reservadas conversas com alguns poucos moradores dispostos a contar algo, que o terror disseminado pela guerrilha se mede pelo silêncio dos camponeses. Os revoltosos controlam a vida das pessoas, além de investigar quem é quem na região. Quem não "colabora" com eles - fornecendo dinheiro, gado ou parte da produção - vira alvo de ataques covardes. Histórias de funcionários das fazendas da região que foram colocados nus sobre formigueiros ou que apanharam até abandonar o local estão muito presentes na memória dos moradores. As torturas praticadas pelos bandoleiros contra trabalhadores rurais dificultam até contratação de mão-de-obra na região. "Ninguém quer trabalhar mais na minha fazenda", admite Sebastião Conte, proprietário de 30 mil hectares de terra. Ele teve parte de sua terra "tomada" há dois anos pela LCP, a sede da fazenda foi queimada, assim como seus tratores, alojamentos e área do manejo florestal. O fazendeiro, acusado pela Liga de ser um latifundiário, é prova de que o terror da guerrilha é igual para todos. Segundo ele, nos últimos dois anos, teve que enterrar três de seus funcionários. "Todos eles assassinados barbaramente", diz Conte. "Estou pedindo socorro. Não sei mais a quem recorrer."
Longe de lá, na cidade de Cujubim, os trabalhadores rurais empregados das fazendas não dispensam o porte de armas. "Aqui ou você anda armado ou está morto", diz M.L. O capataz da fazenda e seu filho já perderam a conta de quantas vezes trocaram chumbo com os mascarados que tentam invadir a fazenda. Tratados como paramilitares, os funcionários das fazendas são, depois dos fazendeiros, os alvos prediletos dos ataques da Liga. Nelson Elbrio, gerente da Fazenda Mutum, teve o azar de cair nas mãos da "organização". Ele foi rendido exatamente como os militares da Polícia Ambiental e ficou preso sob a mira de uma arma por seis horas. "Assim que eu fiz a curva na estrada dei de cara com uns 15 homens encapuzados e fortemente armados. Eles me tiraram do carro e a partir daí vivi um inferno", conta Elbrio. "Eles queriam que eu revelasse os segredos da fazenda: quantas pessoas trabalhavam lá, depósito de combustível, se tinha seguranças armados." O sofrimento do funcionário se estendeu até o final da tarde, quando o grupo o arrastou até a sede da fazenda, dando tiros de escopeta próximo a seu ouvido. Em seguida, o obrigaram a assisti-los incendiando a propriedade e os tratores. "Nunca mais dormi bem", diz Elbrio.
Com a morte à espreita, o medo transformou distritos inteiros em zonas despovoadas - verdadeiras vilas fantasmas - e criou uma massa de gente refugiada de sua própria terra, expulsa pela guerrilha. Em Jacilândia, das 25 casas de madeira da única rua do distrito, só oito estão habitadas. Até a igreja fechou suas portas. "O povo foi embora com medo dos guerrilheiros", conta um dos moradores, um ancião que só admite a entrevista sob o anonimato. "Aqui não podemos falar nada. Para ficar de pé tem que se aprender a viver", diz o velho agricultor. O silêncio e o abandono das terras são a mais dura tradução desse novo modo de viver. Maria, a mãe do agricultor assassinado, não esperou a missa de sétimo dia do caçula. Deixou para trás os 100 hectares, onde tinha 100 cabeças de gado e a casa recém-construída. Partiu para um lugar ignorado, sob a proteção de outro filho.
O SILÊNCIO
Naquele pedaço de terra, os poucos que, apesar de tudo, permanecem na área não têm rostos ou nomes. Quando interrogados pela polícia na apuração dos crimes, eles se tornam também cegos e surdos. "Não existe testemunha de nada", reclama o delegado Gonçalves. A razão das infrutíferas apurações policiais é que os insurgentes presos são facilmente liberados pela Justiça. "Como eles usam a tática guerrilheira do uso de máscaras em suas ações, nós ficamos de mãos atadas para puni-los. Nunca se sabe quem de fato matou", queixa-se o delegado. As únicas lideranças da LCP a enfrentar a prisão por causa de assassinatos foram Wenderson Francisco dos Santos (Russo) e Edilberto Resende da Silva (Caco), que se encontra foragido. Os dois foram acusados de participar do assassinato do trabalhador rural Antônio Martins, em 2003. Russo foi absolvido em primeira instância e os promotores recorreram da decisão ao Tribunal de Justiça.
A ABIN SABE
Essa tensão é o pano de fundo de uma guerra psicológica que os ideólogos da organização avaliam como a ideal para que a área seja abandonada pelos fazendeiros. "A melhor forma de desocupar a área é destruindo o latifúndio", nos disse um dos mascarados, chamado de Luiz por um colega. Na lógica da LCP, os fazendeiros têm que tomar prejuízo sempre, senão eles não abandonam a terra. À frente de 300 famílias da invasão da Fazenda Catanio, uma propriedade de 25 mil hectares, o guerrilheiro Luiz defende o confisco do gado para matar a fome dos invasores e considera que a "tomada" de terra é a forma legal de fazer uma "revolução agrária". "Se esperarmos a Justiça, ficaremos anos plantados aqui", diz ele.
A audácia dos militantes da LCP é tanta que no ano passado mais de 200 deles marcharam encapuzados pelas ruas do município de Buritis, a 450 quilômetros de Porto Velho, até parar na porta da delegacia, onde exigiram a saída do delegado Gonçalves da comarca. Motivo: ele tinha prendido um dos líderes da facção guerrilheira. Não satisfeitos, os bandoleiros bateram às portas do Ministério Público e da Justiça exigindo que os titulares dos órgãos também se afastassem. O fato foi reportado ao Ministério da Justiça, ao presidente Lula e ao governo estadual. Até agora, não houve nenhuma resposta. "Ninguém leva a sério nossas denúncias. Eles pensam que estamos brincando, que a denúncia de guerrilha é um delírio", indigna-se o delegado Gonçalves. "Isso vai acabar numa tragédia de proporções alarmantes, e aí sim vão aparecer os defensores dos direitos humanos", critica ele. É exatamente nessa desconsideração das denúncias de promotores, juízes e militares que a Liga ganha força e cresce impunemente.
Tão trágica quanto o terror que esse grupo armado impõe às comunidades rurais é o fato de os governos estadual e federal saberem da existência desse bando armado - e não fazerem nada. Segundo o Dossiê LCP, um relatório confidencial da polícia de Rondônia, com 120 páginas, encaminhado em dezembro passado à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ao Exército e ao Ministério da Reforma Agrária, o grupo armado, além de cometer todo tipo de barbaridade, é financiado por madeireiros ilegais. Conforme o documento, a LCP controla uma área estimada em 500 mil hectares, onde doutrina mais de quatro mil famílias de camponeses pobres espalhadas por mais de 20 assentamentos da reforma agrária distribuídos pelos Estados de Minas Gerais, Pará e Rondônia. "Eles estão na contramão do que é contemporâneo. Mas, de fato, formaram um 'Estado' paralelo", entende Oswaldo Firmo, juiz de direito da Vara especializada em Conflito Agrário do Estado de Minas Gerais.
FORÇA-TAREFA
Documentos em poder de ISTOÉ comprovam que as autoridades federais têm feito ouvidos de mercador para o problema. No dia 11 de janeiro de 2008, o ouvidor agrário do governo federal, desembargador Gercino José da Silva Filho, acusou o recebimento das denúncias encaminhadas a ele sobre as ilegalidades cometidas por integrantes da Liga dos Camponeses Pobres. Mais uma vez, nada foi feito. "Eles dizem que sabem de tudo, mas cadê a ação?", questiona o major Nascimento, comandante da Polícia Militar Ambiental de Rondônia. "Essa situação aqui só será resolvida em conjunto com outras forças militares", admite o major. Foi o que aconteceu no Estado do Pará, em novembro passado, na chamada Operação Paz no Campo, quando uma ação envolvendo o Exército, as polícias civil e militar e a Polícia Federal desocuparam um acampamento da LCP na Fazenda Fourkilha, no sul do Estado. Com dois helicópteros, 200 homens e 40 viaturas, a força-tarefa cercou o local, prendeu cerca de 150 militantes e recolheu um verdadeiro arsenal de guerra. "Precisamos da mão forte do Estado. Aqui somos tratados como cidadãos marginais", emenda o fazendeiro Sebastião Conte.
quarta-feira, 26 de março de 2008
JORNALISTA DESNUDA O PRESIDENTE LULA
Por não ser petista, sempre fui considerado "de direita" ou "tucano" pelos meus amigos do falecido Partido dos Trabalhadores.
Vejam, nunca fui "contra" o PT. Antes dessa fase arrogante mercadântica-genoínica, tinha respeito pelo partido e até cheguei a votar nos "cumpanheiro". A produtora de televisão que ajudei a fundar no início da década de 80, a Olhar Eletrônico, fez o primeiro programa de TV do PT. Do qual aliás, eu não participei.
Desde o início, sempre tive diferenças intransponíveis com o Partido dos Trabalhadores. Vou citar duas.
Primeira: nunca engoli o comportamento homossexual dos petistas. Explico: assim como os viados, os petistas olham para quem não é petista com desdém e falam: deixa pra lá, um dia você assume e vira um dos nossos.
Segunda: o nome do partido. Por que "dos Trabalhadores"? Nunca entendi. Qual a intenção?
Quem é ou não é "trabalhador"? Se o PT defende os interesses "dos Trabalhadores", os demais partidos defendem o interesse de quem? Dos vagabundos?
E o pior, em sua maioria, os dirigentes e fundadores do PT nunca trabalharam. Pelo menos, quando eu os conheci, na década de 80, ninguém trabalhava. Como não eram eleitos para nada, o trabalho dos caras era ser "dirigentes do partido". Isso mesmo, basta conferir o currículum vitae deles.
Repare no choro do Zé Genoníno quando foi ejetado da presidência do partido. Depois de confessar seus pecadinhos, fez beicinho para a câmera e disse que no dia seguinte ia ter que descobrir quem era ele. Ia ter "que sobreviver" sem o partido. Isso é: procurar emprego. São palavras dele, não minhas.
Lula é outro que se perdeu por não pegar no batente por mais de 20, talvez 30 anos... Digam-me, qual foi a última vez, antes de virar presidente, que Luis Ignácio teve rotina de trabalhador? Só quando metalúrgico em São Bernardo. Num breve mandato de deputado, ele fugiu da raia. E voltou pro salarinho de dirigente de partido. Pra rotina mole de atirar pedra em vidraça.
Meus amigos petistas etae do Lula. O herói-mor do Partido dos Trabalhadores não trabalhava!!!
Peço muita calma nessa hora. Sem nenhum revanchismo, analisem a enrascada em que nosso presidente se meteu e me respondam. Isso não é sintoma de quem estava há muito tempo sem malhar, acordar cedo e ir para o trabalho. Ou mesmo sem formar equipes e administrar os rumos de um pequeno negócio, como uma padaria ou de um mísero botequim?
Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de dólares ou o Marcos Valério. A preguiça histórica é o que justifica o surto psicótico em que vive nosso presidente e seu partido. É o que justifica essa ilusão em Paris... misturando champanhe com churrasco ao lado do presidente da França... outro que tá mais enrolado que espaguete.
Eu não torço pelo pior. Apesar de tudo, respeito e até apoio o esforço do Lula para passar isso tudo a limpo. Mesmo, de verdade.
Mas pelamordedeus, não me venham com essa história de que todo mundo é bandido, todo mundo rouba, todo mundo sonega, todo mundo tem caixa 2...
Vocês, do PT, foram escolhidos justamente porque um dia conseguiram convencer a maioria da população (eu sempre estive fora desse transe) de que vocês eram diferentes. Não me venham agora querer recomeçar o filme do início jogando todos na lama.
Eu trabalho desde os 15 anos. Nunca carreguei dinheiro em mala. Nunca fui amigo dessa gente.
Pra terminar uma sugestão para tirar o PT da crise. Juntem todos os "dirigentes", "conselheiros", "tesoureiros", "intelectuais" e demais cargos de palpiteiros da realidade numa grande plenária. Juntos, todos, tomem um banho gelado, olhem-se no espelho, comprem o jornal, peguem os classificados e vão procurar um emprego para sentir a realidade brasileira.
Vai lhes fazer muito bem. E quem sabe depois de alguns anos pegando no batente, vocês possam finalmente, fundar de verdade um partido de trabalhadores.
MARCELO TAS é jornalista, autor e diretor de TV. A ênfase de seu trabalho está na criação de novas linguagens nas várias mídias onde atua.
Entre suas obras destacam-se os videos do repórter ficcional Ernesto Varela; participação na criação das séries "Rá-Tim-Bum", da TV Cultura e o "Programa Legal", na TV Globo. Recentemente, Tas realizou o "Beco das Palavras", um game interativo que ocupa uma das salas mais concorridas do novo Museu da Lingua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo.
COMENTÁRIO: NÃO FOI NOVIDADE O CONTEÚDO DO TEXTO TRANSCRITO. NO ÂMBITO DA COMUNIDADE DE INFORMAÇÕES, OS REGISTROS BIOGRÁFICOS JÁ ASSINALAVAM QUE O LÍDER OPERÁRIO ABOMINAVA O ESTUDO E A LEITURA E TAMBÉM DEMONSTRAVA SER POUCO AFEITO AO TRABALHO, DESTACANDO-SE, ENTRETANTO, COMO AGITADOR ATUANTE, NAS GREVES SINDICAIS NA REGIÃO DO ABC EM SÃO PAULO. NAQUELES DIAS, O PT ERA LULA E O APEDEUTA ERA O PT. EM 1989,NA CAMPANHA ELEITORAL, JÁ ERA ACUSADO DE VIVER SUSTENTADO PELO PARTIDO. PARA QUEM NUNCA TEVE ESCRÚPULO EM VIVER ÀS CUSTAS DO PARTIDO, NADA MAIS NATURAL QUE JULGUE NORMAL FATOS ESCUSOS TIPO MENSALÃO,CARTÃO DE CRÉDITO E OUTROS ESCÂNDALOS NUNCA ESCLARECIDOS.
terça-feira, 25 de março de 2008
REAJUSTE SALARIAL DOS MILITARES
Força Militar: Reajuste dos soldos será anunciado até o fim da semana
Marco Aurélio Reis
Rio - A novela do reajuste dos soldos militares está perto do fim. A previsão dos comandos é que o aumento será anunciado até o fim da semana, no formato tradicional: por meio dos informativos oficiais da Marinha (Bono), Exército (Informex) e Aeronáutica (Boletim Periódico da Força Aérea).
O índice ainda é mantido em sigilo. Assessorias dos ministérios da Defesa e do Planejamento oficialmente informam que qualquer percentual a ser ventilado neste momento “não passa de mera especulação”. Como leitores de O DIA já sabem, o aumento vai prever vantagens financeiras maiores para o pessoal da ativa e não será inferior a 8%, divididos em duas parcelas.
Essa foi a base dos estudos que equipe técnica do Ministério do Planejamento trabalhou para apresentá-los nesta semana aos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Nelson Jobim, da Defesa. Ainda não há data para o encontro, mas Bernardo já sinalizou que tem pressa para colocar um ponto final no assunto, que se arrasta desde 2006. A ordem para resolver o problema partiu do presidente Lula.
Um dado a mais esquenta as discussões. Militares das Forças Armadas tiveram o menor reajuste na União nos últimos quatro anos. Dados do Planejamento revelam que, entre 2002 e 2006, Judiciário e Ministério Público receberam 65,4%, o Legislativo 64,9% e o Executivo civil, 48,6%. Já o pessoal das Forças Armadas ganhou só 25,3%. A diferença salarial é tão grande que um carcereiro em Brasília recebe mais que um general-de-Exército.
24/03/2008 10:57
EVASÃO DE OFICIAIS
A cúpula militar esconde da sociedade o que se passa nos quartéis
Os boletins do Exército brasileiro, de janeiro ao começo de março, mostram uma assustadora evasão de oficiais: 23 deles, nas patentes de major, capitão e tenente, saíram dos quadros da força nos primeiros 67 dias de 2008. Isso significa uma baixa a cada três dias.
Todos eles saíram por ter sido nomeados e investidos em cargos públicos permanentes, após terem sido aprovados em concursos. Os trabalhos mais ambicionados são os de auditor da Receita Federal, fiscal do INSS e delegado da Polícia Federal.
A evasão cresce nos últimos meses do ano, quando há um aumento de concursos. É possível deduzir, a partir da desistência de oficiais, o que pode estar acontecendo com os sargentos.
A situação não é nova. E o que vale para o Exército vale também para a Marinha e para a Aeronáutica. Nova não é, também, a política da cúpula militar das três forças de tentar esconder da sociedade o que se passa nos quartéis.
Dois fatores empurram os militares para a busca de oportunidade no mundo civil: os baixos salários e um elevado desencanto com a falta de perspectiva. O sucateamento das Forças Armadas é tão grande que não chega a ser um exagero o que diz, reservadamente, um oficial que trocou o Exército pela Polícia Federal: “A Marinha não tem navios, a Aeronáutica não tem aviões e o Exército não tem fuzis nem carros de combate”.
No Rio de Janeiro, aumentam as escolas que preparam militares para os concursos. Há duas bem conhecidas. A Maxx, pertencente ao ex-sargento da FAB Alexandre Lopes, e a tradicional Academia de Concurso Público. Desta se diz que a afluência de militares é tão grande que, se for executado o Hino Nacional, os alunos se perfilam automaticamente aos primeiros acordes. Um dos alunos é major do quadro do Estado-Maior que deve ganhar cerca de 5 mil reais líquidos. Tem cerca de 20 anos de serviço.
A proposta salarial do governo, divulgada esta semana, é um movimento inicial para mudar a situação. Um sinal tímido, mas um sinal. Os aumentos variam de 27% a 50%. Cerca de 80 mil recrutas serão beneficiados com um aumento salarial que passa de R$ 207 para R$ 415.
Malgrado a má lembrança da ditadura recente, a sociedade brasileira precisa decidir se o país deve manter as Forças Armadas nas condições atuais. É uma decisão política do poder civil. O custo econômico delas é alto. Maior pode ser, no entanto, o custo de ficar sem elas. Ou mantê-las como estão agora.
Bye Bye, EB!
Alunos de infantaria da ESAO responderam à seguinte pesquisa informal:
“Você pretende sair do Exército Brasileiro nos próximos anos?”
Dos 40 ouvidos na turma, 31 capitães avisaram que sim.
Desejam fazer concursos públicos para outras carreiras do Estado mais prestigiadas que a área militar.
COMENTÁRIOS ; Retransmito a notícia sem nada poder afirmar ou negar sobre a sua veracidade,tantas foram as notícias falsas emitidas. Como os Comandantes das Forças Armadas, hoje, bem ao contrário do procedimento adotado no passado, primam pelo silêncio, preferindo nada informar aos subordinados,mesmo sobre assunto relevante para todos os militares,somente resta, lamentavelmente, aguardar a definição,jamais esquecendo que reajuste concedido por um Governo revanchista e sem nenhum compromisso para com a Defesa e Segurança da Nação,não corresponderá às necessidades das Forças,nem à importância e grandeza de suas missões. icle
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segunda-feira, 24 de março de 2008
MANIFESTO À NAÇÃO
No dia 31, os clubes militares das três Forças divulgarão uma nota conjunta sobre a situação do País e dos quartéis. É chumbo grosso.
COMENTÁRIO : Se realmente a notícia se concretizar,considerando o descontentamento existente, face à política revanchista do Governo do apedeuta para com as FORÇAS ARMADAS,dependendo do teor da Nota, do tratamento e referências que serão feitas ao Ministro da Defesa,( aquele mesmo que, desprovido de bom senso,ignorando o ridículo, se fantasia de General )e da resposta que venha a ser dada, poderá, finalmente,quebrar o mutismo dos Comandantes da três Forças,fazendo-os retomar à prática de manterem informados os subordinados a respeito da real conjuntura militar, pondo fim a boatos e especulações. Tenho certeza de que, diante da notícia,é geral a expectativa no âmbito militar.
domingo, 23 de março de 2008
É IMPRESCINDÍVEL MUDAR DE ATITUDE !
É responsabilidade do Presidente da República prover a Segurança Interna do país, assim como é missão constitucional das Forças Armadas (FA) defenderem a Pátria.
Desde o início do governo Sarney, mas, com ênfase paranóica a partir do corrupto governo FHC, prosseguindo a prática com igual furor no atual e também corrupto governo petista, por absoluta falta de patriotismo e de responsabilidade para com o Brasil, as ações revanchistas, anteriormente esparsas, passaram a ser coordenadas, após o fórum de São Paulo, com o objetivo de desestruturar e desarticular as FA, indiferentes ao fato de, em assim agindo, também desestruturarem e desarticularem a Defesa Nacional.
Seguindo uma estratégia, suprimiram os Ministérios militares, com o objetivo de isolarem os militares, privando-os de despachar com o Presidente da República, obstruindo-lhes o canal de reivindicação direta. Utilizando a tática do torniquete econômico, com cortes substanciais nos recursos orçamentários, provocaram o sucateamento de fábricas, arsenais e parques de armamentos, reduzindo a capacidade operacional das Forças, pela inanição da cadeia de suprimentos bélicos.
Completando a urdida trama, adotaram uma política salarial injusta destinada a levar à isquemia os lares militares, certos de abalarem os valores e as convicções dos seus integrantes. Faz treze anos de oprimida angústia, pois os salários comprimidos geram a cada ano maiores privações, afetando a vida familiar e a educação dos filhos, sem reflexos na atividade funcional, em razão de serem os militares, por formação, treinados a encarar vicissitudes como obstáculos a superar, mantendo incólume a dedicação ao dever, ao Brasil e á profissão, certos de que indispensável é a preservação da disciplina, da união e do patriotismo como apanágio das virtudes militares.
Tratam as Forças Armadas como Instituições de segunda categoria, se comparados os salários dos militares aos dos integrantes da Polícia Federal e da Polícia Militar de Brasília. Sendo a mesma a fonte pagadora e a origem dos recursos, qual o motivo da discriminação?
É atribuição do governo, conforme o prescrito nas Diretrizes da Política de Defesa Nacional :
m) aprimorar a organização, o aparelhamento, o adestramento e a articulação das Forças Armadas, assegurando-lhes as condições, os meios orgânicos, e os recursos humanos capacitados para o cumprimento da sua destinação constitucional.
n)
o)
p) garantir recursos suficientes e contínuos que proporcionem condições eficazes de preparo da Forças Armadas e demais órgãos envolvidos na Defesa Nacional
O governo, ainda que alertado para o crime que vem praticando contra a Defesa Nacional e contra as Força Armadas, utilizando a mesma tática usada, quando encobria os pilantras envolvidos no escândalo do mensalão, se faz de cego, surdo e mudo para prosseguir com a estratégia de desmonte das Forças Armadas.
Como os entendimentos que vinham sendo mantidos no sentido de minorar os problemas, não passaram de promessas e mentiras, arte em que é mestre o Ministro da Defesa, réu confesso de haver fraudado a Constituição, é hora de os Comandantes das três Forças quebrarem o prudente silêncio, demonstrando não serem cúmplices na desarticulação das Instituições que comandam.
É preciso tomar uma atitude que defina posição. Por que não difundir um Manifesto à Nação, vigoroso e enfático, mostrando a realidade da situação a que foram relegadas as Forças Amadas e as conseqüências decorrentes, chegando ao absurdo de estarem impedidas de cumprirem determinadas missões, incompatíveis com a disponibilidade dos meios logísticos e operacionais existentes?.
Denunciem o projeto em tramitação no Congresso, objetivando levar a política para os Quartéis, ao permitirem a filiação de militares em Partidos políticos. Denunciem que a adoção de hábeas corpus para punição disciplinar significará um atentado contra a disciplina e a hierarquia, pilares de sustentação das Instituições militares.
No Manifesto deve ficar claro não caber às Forças Armadas apurar as denúncias de corrupção que escandalizam a Nação, pois há órgãos e Poderes investidos dessa atribuição. Têm os militares a exata noção de que não são mentores, nem censores da Nação, mas também sabem ter o dever de repelir com altivez o ultraje de serem tratados como parias ou mendigos.
As Forças Armadas são subordinadas ao Presidente da República e ao Poder civil, porém, como Instituições Nacionais permanentes não têm de implorar, nem de aceitar humilhações para continuar existindo.
Feitas as denúncias, ante a gravidade do teor do Manifesto, acredito que competirá ao Conselho da República pronunciar-se, levando em consideração tratar-se de” questão relevante para a estabilidade de três Instituições democráticas, conforme prescreve o item II do Artigo 90 da Constituição de 1988.
Comandar é exercer liderança! Desconheço exemplo de líder mudo! A dignidade e a ética militar exigem que as Forças Armadas não mais aceitem a continuidade da situação atual. Então é preciso planejar e definir o próximo passo após o Manifesto, caso o governo insista em mostrar-se irredutível. Sem idéia de golpe, pois é imperioso respeitar a vontade expressa nas urnas, há espaço para outras ações firmes.
É inadmissível que um país, com as dimensões e potencialidades do Brasil, mostre-se indefeso face à fraqueza das suas Forças Armadas, as quais, sem poder de dissuasão, estão incapazes de desestimular cobiças, aventuras e violações territoriais.
Ainda que o preço do Manifesto custe a perda dos Comandos, sairão como líderes, admirados pelos subordinados e demonstrando aos brasileiros que, contrastando com a banda podre da estrutura governamental, a união, a lealdade, a seriedade, o dever, a honra e a dignidade são valores da ética militar
Considero impróprio o movimento de esposas em protestos reivindicatórios. Ajudam já em muito, fazendo o milagre de administrar os parcos salários com as despesas nos lares. Considero preferível nada fazer, a agir acobertado em saias.
A História não se apercebe dos tímidos, nem dos acomodados. Ela é o túmulo daqueles que no seu tempo foram personagens das estórias.
Márcio Matos Viana Pereira
OBS: O autor é Cel Ref do EB
DESABAFO! TRANSMITAM ISSO AOS QUARTÉIS
Hoje eu acompanhei minha esposa, numa feira de supermercado, e constatei algo preocupante e desalentador: esposas de militares, contando migalhas, para suprirem suas necessidades e os esposos cabisbaixos, envergonhados, cada qual refém de uma lorota sobre aumento de salário, plantada nos veículos de comunicações.
Meses e meses de angústia, mentira sobre mentira, informação e contra-informação contadas por qualquer idiota e a alienação total dos três Comandantes das FFAA, formaram esse ambiente desolador nos membros da família militar... Infelizmente, amigos, na feira de hoje, desânimo e pobreza foi o retrato da minha classe.
Qual seria o motivo para esses Comandantes insensatos isentarem-se das suas responsabilidades mais elementares, como as de manterem a tropa bem informada, não sonegarem informações e não permitirem esse crescente massacre psicológico, agravado pelo vai e vem de notícias conflitantes e irresponsáveis?...
O que nos deixa ainda mais perplexos é que a solução, para minimizar esse sofrimento, é elementar: um simples pronunciamento ou um pequeno informativo. Todavia, para quem nada entende sobre relacionamento humano e desconhece que seus subordinados têm sentimentos e sofrem, calar-se é uma virtude.
Os chefes dignos reagem contra as injustiças e exigem respeito; revoltam-se contra os absurdos e tomam atitudes. Só os covardes se omitem, como parece ser o caso daqueles que nos representam.
O que fazem com os membros das FFAA é tortura, revanchismo covarde, sem que a maioria saiba o porquê. (Talvez nossos chefes nada saibam, mesmo; talvez, bonificações superiores a R$ 10.500,00 por mês, deixem alguém cego, mudo e surdo.).
Se eu tivesse a imensa responsabilidade e o poder que eles têm, chegaria ao Ministro e daria um basta a essa angústia (É simples, já que não existe alternativa.) exigindo esclarecimentos sobre o percentual do reajuste, a data em que vai ser concedido e o fim do arquitetado massacre que estão nos impondo.
Se esses Srs. não sabem o mal que essa incerteza traz, o prejuízo que a não concessão do aumento em setembro nos deu e se não foram consultados sobre os índices a serem concedidos, que peçam demissão imediatamente, por que não se prestam para o comando.
E, para finalizar, diretamente aos Senhores Comandantes: o que já perdemos nesses dois anos sem reajuste, a inflação que reaparece, para ficar, nossa passividade e tolerância, garantem-lhes crédito e autoridade moral para recusarem propostas insatisfatórias. Não nos decepcionem ainda mais.
Este governo só funciona a base de ameaças
Retransmissão de e-mail recebido de um Cel amigo, cujo nome preservarei.
COMENTÁRIO :Faz muito que o Governo do Presidente apedeuta,representado pelos Ministros da Defesa e do Planejamento,ilude os militares com sucessivas promessas mentirosas de reajuste salarial. Esse fato, aliado ao desprestígio, e à falta de recursos orçamentários responsáveis pelo sucateamento geral nas três Forças, debilitando-as operacionalmente, motivou preocupação e descontentamento entre os militares,resultando em pronunciamentos de muitos Oficiais da Reserva, com críticas fortes ao Governo,já que os companheiros da Ativa são impedidos regulamentarmente de assim agir. Entre os críticos me incluo. Os companheiros militares que não tiveram a oportunidade de ler na Imprensa o meu Artigo intitulado " É imprescindível mudar de atitude", ainda o poderão fazer, pois o mesmo está publicado na postagem intitulada: MEUS ARTIGOS
sexta-feira, 21 de março de 2008
Expressão Política
A ORDEM É ESCONDER SARNEY
Alguém deu a ordem: é preciso esconder (Sarney) nas eleições, tirá-lo da discussão política. Hoje Sarney é como se fosse uma praga, rejeitado, e todos querem ficar longe dele. É sinônimo de derrota certa em eleições. Achar que é possível um homem que fez, e continua fazendo, tanto mal ao Maranhão, que teve, e ainda tem, um grande poder no governo federal, chegando até a ser o mandatário supremo da nação, o Presidente da República, possa ser escondido em uma eleição em que se decide exatamente quem irá continuar, ou não, as mudanças para um Maranhão melhor é entrar em devaneios longe do que pensa e quer o povo do Maranhão.
Foi o que pediu o deputado federal Gastão Vieira que quer ser candidato a Prefeito de São Luis em recente entrevista no “O Imparcial”. Ele foi enfático e dramático ao externar essa sua pretensão, dizendo que era hora de acabar com isso, que já ficou para trás, em 2006, na derrota histórica de Roseana Sarney. Que não era mais hora de “mocinhos contra bandidos,” classificando bem a ação de seu grupo tentando tomar na marra o governo de Jackson, ganho nas últimas eleições pela vontade do povo do Maranhão. Para isso movem contra o governador um processo tocado pessoalmente por Sarney, que contratou advogados especialistas em derrubar, a qualquer preço, o alvo do processo.
A revista Veja desmascarou para o Brasil o que o Chiquinho Escórcio e seus advogados goianos, estavam fazendo em Goiânia a mando dos mesmos de sempre. O país ficou escandalizado em ver o que uma das últimas oligarquias brasileiras usava como método político na busca desenfreada pelo poder. E o processo contra o governador foi feito da mesma maneira, pelas mesmas pessoas, com uma roupagem de coisa séria para impressionar os julgadores, mas por dentro é a história contada em cima de fatos conseguidos pela força do poder em suas diversas maneiras de persuadir. Agora, sabe-se, contratou o último ícone que faltava, o advogado piauiense que derrubou o governador Mão Santa do Piauí. Só especialistas em causa tão falida.
Portanto, como tirar Sarney da discussão se ele continua querendo tomar, pela força, o poder que o povo lhe tirou no Maranhão? Mais do que nunca temos que colocar no centro da questão maranhense o mal que esse tipo de político, e suas oligarquias e sede de poder causaram ao Maranhão. Pelos prejuízos auferidos ao país até motivaram a revolução dos Tenentes nos idos de 30, que queria modernizar o Brasil tal a gravidade do problema.
E aqui no estado, ainda que tardiamente, ela está nos estertores, caminhando para o desaparecimento, mas ainda quer usar todo o poder que lhe resta, agora concentrado no governo federal, para ganhar um alento.
Porém, essa tentativa patética de tentar esconder o Sarney não foi começada por Gastão. Começou em 1994 e foi utilizada por Roseana, candidata ao governo do estado, que embora filha dileta, resolveu esconder sua filiação, tentando criar, na cabeça das pessoas, uma imagem nova: ela é da família, mas é moderna e não faz parte da oligarquia, não age como uma Sarney. A propaganda de Roseana não mencionava o nome da família e os cartazes só mostravam Roseana e, não, Roseana Sarney, sobrenome politicamente banido por ela que só deixava mostrar Roseana e mais nada, assim, como não deixou José Sarney aparecer ou discursar em nenhum dos seus comícios.
E agora será coisa de Gastão ou é ordem de Roseana? Ou é do próprio Sarney? O fato é que todos eles querem a sombra protetora de José Sarney para conseguirem cargos no governo federal e para proteção pessoal contra investigações, etc., mas querem ficar longe dele na hora de disputar votos. Mas, como esconder que fazem parte do mesmo grupo oligárquico de poder, que tanto mal causou ao Maranhão com suas práticas predatórias, que nos levaram ao atraso e a desesperança? É só da boca para fora, pois será que o presidente Lula faria de Roseana líder do governo no Congresso se não fosse a pedido insistente do pai? Só não conseguiu fazê-la Ministra, seja lá de que pasta, pois aí Lula achou que era demais. E não nomeou.
E Gastão, presidente da Comissão de Educação da Câmara, ele que foi Secretário de Educação de Roseana e depois continuou mandando e orientando, pois colocou, em seu lugar, uma pessoa de sua mais irrestrita confiança e ascendência, um parente, e quando Roseana deixou o governo não havia ensino médio no Maranhão, ou seja, havia apenas em 58 municípios e não havia em 159? E Gastão jamais se dignou a explicar porque um grande educador, como ele, deixou que isso acontecesse justamente quando ele foi Secretario de Educação do estado e podia mostrar a que veio? De quem foi a culpa? Só de Roseana? Gastão não participou? E porque emudecer sobre isso? E como, com esse currículo, chegar a Presidente da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados? Só com uma ajudinha de Sarney!
O fato é que a luta não terminou. A luta continua e temos que vencer esse grupo em 2008 e 2010.
AÍ, sim, poderemos esquecer Sarney e sua oligarquia, como tema de nossas eleições!
Sarney nunca mais!!!
COMENTÁRIO : Considero ser o Deputado Gastão um político correto,inteligente, participativo, trabalhador e influente na Câmara Federal, onde tem se destacado nos debates referentes ao tema Educação. Reconheço, entretanto, a sua estreita ligação com a Senadora Roseana Sarney.
Os partidários do grupo Sarney, que aguardam uma vitória contra o Governador Jackson Lago, urdida no tapetão do TSE, como resultado das maquinações e da influência do Senador Sarney, reconhecido esgrimista político e mestre na arte de construir, por vias tortuosas, verdadeiros meandros que o ligam permanentemente ao Palácio do Planalto e lhe asseguram trânsito livre no Poder Judiciário, permanecerão poderosos e livres de todas as acusações e denúncias que maculam o clã Sarney, enquanto prevalecerem no país os paradigmas do Presidente LULA, apedeuta notório pela falta de noção de moralidade, por ser adepto do protecionismo, do clientelismo, da corrupção, da injustiça, da falta de patriotismo e da irresponsabilidade, tendo sempre demonstrado o seu desapreço ao que é sério, digno e honesto.
Se em razão deste lastimável atual quadro político a Senadora Roseana, inatingível judicialmente, vem desfrutando orgulhosa o titulo de musa do Senado e de amiga do apedeuta Presidente, em contra partida, enquanto não responder na Justiça sobre as acusações verdadeiras ou não que maculam o seu nome, jamais será absolvida pelo eleitorado de São Luís, levando assim à derrota nas urnas da capital, face ao estigma de impunidade que lhe acompanha, qualquer candidato por ela apoiado, ainda que seja um político ético como o Deputado Gastão Vieira.
Cel. Marcio
DECRETO 6.381, DE 27/FEV/2008
DECRETO Nº 6.381, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008.
Regulamenta a Lei n° 7.474, de 8 de maio de 1986, que dispõe sobre medidas de segurança aos ex-Presidentes da República, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei n° 7.474, de 8 de maio de 1986,
DECRETA:
Art. 1° Findo o mandato do Presidente da República, quem o houver exercido, em caráter permanente, terá direito:
I - aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;
II - a dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e
III - ao assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 5.
Art. 2° Os servidores e motoristas a que se refere o art. 1° serão de livre escolha do ex-Presidente da República e nomeados para cargo em comissão destinado ao apoio a ex-Presidentes da República, integrante do quadro dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Casa Civil da Presidência da República.
Art. 3° Para atendimento do disposto no art. 1o, a Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República poderá dispor, para cada ex-Presidente, de até oito cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, sendo dois DAS 102.5, dois DAS 102.4, dois DAS 102.2 e dois DAS 102.1.
Art. 4° Os servidores em atividade de segurança e os motoristas de que trata o art. 1° receberão treinamento para se capacitar, respectivamente, para o exercício da função de segurança pessoal e de condutor de veículo de segurança, pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Art. 5° Os servidores em atividade de segurança e os motoristas aprovados no treinamento de capacitação na forma do art. 4°, enquanto estiverem em exercício nos respectivos cargos em comissão da Casa Civil, ficarão vinculados tecnicamente ao Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, sendo considerados, para os fins do art. 6°, inciso V, segunda parte, da Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003, agentes daquele Departamento.
Art. 6° Aos servidores de que trata o art. 5o poderá ser disponibilizado, por solicitação do ex-Presidente ou seu representante, porte de arma institucional do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, desde que cumpridos os seguintes requisitos, além daqueles previstos na Lei n° 10.826, de 2003, em seu regulamento e em portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional:
I - avaliação que ateste a capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, a ser realizada pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional;
II - observância dos procedimentos relativos às condições para a utilização da arma institucional, estabelecidos em ato normativo interno do Gabinete de Segurança Institucional; e
III - que se tratem de pessoas originárias das situações previstas no art. 6°, incisos I, II e V, da Lei n° 10.826, de 2003.
Parágrafo único. O porte de arma institucional de que trata o caput terá prazo de validade determinado e, para sua renovação, deverá ser realizada novamente a avaliação de que trata o inciso I do caput, nos termos de portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Art. 7° Durante os períodos de treinamento e avaliação de que tratam os arts. 4° e 6°, o servidor em atividade de segurança e motorista de ex-Presidente poderá ser substituído temporariamente, mediante solicitação do ex-Presidente ou seu representante, por agente de segurança do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional.
Art. 8° O planejamento, a coordenação, o controle e o zelo pela segurança patrimonial e pessoal de ex-Presidente caberá aos servidores de que trata o art. 1°, conforme estrutura e organização própria estabelecida.
Art. 9° A execução dos atos administrativos internos relacionados com a gestão dos servidores de que trata o art. 1° e a disponibilidade de dois veículos para o ex-Presidente serão praticadas pela Casa Civil, que arcará com as despesas decorrentes.
Art. 10. Os candidatos à Presidência da República terão direito a segurança pessoal, exercida por agentes da Polícia Federal, a partir da homologação da respectiva candidatura em convenção partidária.
Art. 11. O Ministro de Estado da Justiça, no que diz respeito ao art. 10, o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, no que concerne aos arts. 4°, 5°, 6° e 7°, e o Secretário de Administração da Casa Civil, quanto ao disposto nos arts. 2° e 9°, baixarão as instruções e os atos necessários à execução do disposto neste Decreto.
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 13. Revoga-se o Decreto n° 1.347, de 28 de dezembro de 1994.
Brasília, 27 de fevereiro de 2008; 187° da Independência e 120° da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Jorge Armando Felix
COMENTÁRIO : É GENEROSA, EXCESSIVA E LESIVA AO TESOURO A MORDOMIA CONCEDIDA AOS EX-PRESIDENTES. QUATRO SERVIDORES SERIAM SUFICIENTES PARA PROVER SEGURANÇA E ASSESSORAMENTO. O GOSTO PELA MORDOMIA CARACTERIZA O GOVERNO LULA.
MÁRCIO MATOS VIANA PEREIRA
terça-feira, 18 de março de 2008
APRESENTAÇÃO
Chamo-me Márcio Matos Viana Pereira, filho de José Ribamar Viana Pereira, já falecido, e de Carmelita Matos Pereira, ambos maranhenses, sendo pai de duas filhas e um filho adultos e avô de cinco netos que vivenciam carinhosamente a minha existência. Sou maranhense, nascido em São Luís, em 28/11/1935, onde resolvi fixar residência ao encerrar a minha carreira profissional.
Tenho imenso orgulho em ser militar e integrante do glorioso Exercito de Caxias, ao qual tudo devo e onde vivi com intensidades diferentes difíceis momentos, sempre cumprindo as missões recebidas e os deveres profissionais com determinação, obstinação, entusiasmo, devoção e patriotismo, orientado pelos princípio de que à pátria nada se pede, mas tudo se deve e pela máxima, aprendida quando cadete, que assegura ser fácil a lição de comandar homens livres, bastando apenas apontar-lhes o caminho do dever.
Ingressei no Exercito Brasileiro (EB), em 1953, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria da turma Montese da Academia Militar de Agulhas Negras, em 1958. Em 1985, solicitei transferência para a Reserva Remunerada no posto de Coronel, com os proventos de General de Brigada, de acordo com os preceitos das leis e instruções da época.
Considero riquíssima a aprendizagem adquirida no (EB), já que, ali, no exercício das atividades diárias o aprendizado é uma constante, pois, se tem contato com o homem brasileiro na sua mais legítima miscigenação.
Anualmente, incorporavam brasileiros oriundos de diferentes plagas, filhos de diferentes raças, com diferentes credos e crendices, por serem oriundos de famílias integrantes de todas as classes da pirâmide de estratificação social, tendo, portanto, cultura, hábitos e informações diferentes sobre a pátria e os seus problemas. Padronizar um efetivo tão heterogêneo não era difícil, porque a instrução militar dedica ênfase especial à educação moral e cívica.
Através das comemorações das datas cívicas, onde eram exaltados os feitos e os exemplos dos antepassados; através dos diários ensinamentos dos valores nobres, pilares de sustentação da nacionalidade; através do ensino e da exigência da observância ao culto da disciplina consciente, ao dever, à lealdade, à honestidade, à honra, à verdade e à coragem física e moral, atingia-se a consciência e se conquistava, pelo exemplo de atitudes dos Quadros, a confiança e o respeito dos jovens, na sua grande maioria idealistas. Ao ensinar-lhes os preceitos regulamentares, que passariam a ser cobrados, exemplificava-se que sem disciplina não há ordem e que a ordem tem de se fundamentar nas leis e regulamentos. Ensinava-se que as leis definem os direitos e que é na imparcial análise e apreciação dos direitos que se fundamenta a justiça, a qual deve reinar soberana em todos os rincões da pátria.
Lógico que não há regra sem exceções! Mas, em sua expressiva maioria, nós, militares da três Forças Armadas, somos fervorosos patriotas, convictos nacionalistas, pensando em pátria com grandeza de propósitos, com espírito de desprendimento abnegação e renuncia, obstinados em contribuir para que o Brasil, na busca do desenvolvimento, se torne mais humano e justo para com os seus filhos, diminuindo a desigualdade existente entre suas classes sociais, face à adoção de políticas centradas na execução de justiça social. Entendo como justiça social dar a todos educação, saúde, trabalho, previdência, segurança e habitação, para que possa haver respeito para com os que governam, desenvolvimento para a pátria e felicidade para os brasileiros.
Acredito que, para isso conquistar, o fundamental é ensinar a pescar e não dar o peixe como presente; acredito, também, devam os brasileiros ter meios e oportunidades de obter conhecimentos através do estudo e da aprendizagem, para que os mais competentes, exclusivamente, pelo preparo, alcancem as Universidades. Dar bolsas e cotas universitárias, garantem votos e reeleições, mas não consubstanciam prevalecer no pais a justiça social.
No exercício da carreira militar, como é normal, em razão de transferências, servi em diferentes guarnições situadas nas áreas do Primeiro e Quarto Exércitos e dos Comandos Militares da Amazônia e do Planalto. Tendo passado longos anos no desempenho de atividades de informações, tanto no âmbito militar, quanto no Serviço Nacional de Informações (SNI), onde fui instrutor da Escola Nacional de Informações (EsNI), no período de 1977 à 1981, acompanhando de perto a evolução da conjuntura nacional, bem como os diferentes problemas e óbices existentes no pais inteiro, identificados, quando dos estudos intitulados de “Levantamentos Estratégicos de Área”, passei a ter uma visão panorâmica sobre a amplitude dos problemas nacionais, bem como sobre a intensidade dos óbices existentes, formando um juízo de valor de como trapaceiam e negociam políticos e autoridades, empurrando sempre para o futuro as soluções definitivas para os problemas. Como voluntário servi na Sexta CIA de Fronteiras, sediada em Guajará-Mirim, no idos de 1961/62, quando tudo era bem diferente em matéria de progresso, sendo as vicissitudes proporcionais,apenas, ao imenso sentimento de brasilidade daquela gente sofrida, mas resignada com a sorte e com o padrão rudimentar de vida que levavam naquela paragem.
Como voluntário, também servi no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/CODI),oportunidade em que recebi o convite para integrar o Quadro de Instrutores da (EsNI), local onde fizera o Curso de Informações. Os adversários da Revolução democrática de 1964, infiltrados na mídia, nas universidades e nos sindicatos, derrotados na luta armada, usando as comunicações como arma, mistificando, sonegando fatos e mutilando a verdade para a historia, denegriram a imagem da Revolução e principalmente as do DOI e do SNI, tentando fazer o brasileiro acreditar, serem os DOI masmorras, onde eram praticadas torturas só comparáveis às do nazismo nos campos de concentrações. Como sei, porém, da realidade dos fatos, tenho imensa honra em ter integrado as duas organizações citadas, nas quais, com muita emoção, persistência e obstinação, lutei e colaborei para que a democracia não fenecesse no Brasil. Hoje, derrotado o Comunismo Internacional, os traidores que ontem foram pelos militares impedidos de transformar a pátria em mero satélite de Moscou, agora, como figurões do Governo Lula, por complexo, frustração e despreparo, seguindo o acertado no Fórum de São Paulo, dedicam-se a desestruturar as Forças Armadas, esquecidos de que, em assim agindo, desestruturam a própria Defesa Nacional.
Já na Reserva decidi opinar sobre os fatos conjunturais, cujos efeitos se manifestando sobre a população, analisados segundo a minha ótica, contrariam os interesses coletivos. Resolvi usar o meu direito de cidadania para opinar sobre os fatos da época, abordando os temas que julguei importantes no livro de minha autoria intitulado “O Direito de Opinar”, por mim lançado em Brasília e, posteriormente, em São Luis, em 1987.
Não sei se os leitores e os críticos concordaram ou não com as idéias que defendi, porém sei que todo o teor do livro expressa a minha verdade, tendo sido escrito com independência, honestidade de propósito e patriotismo, pois o objetivo do mesmo foi apenas o de colaborar com o Brasil.
Desde então, sempre que tenho julgado necessário opinar sobre determinado tema, em evidência na mídia, tenho expressado o meu ponto de vista, através de Artigos publicados na Imprensa local, pois tenho contado com a colaboração de O Imparcial e do Jornal Pequeno, os quais sempre me concederam espaço, graças à boa vontade dos amigos jornalistas, Borges e Lourival , aos quais aproveito para agradecer publicamente, pela maneira fidalga como tenho sido tratado.
Não sou intelectual, jornalista, professor, escritor, nem doutor. A minha formação é a militar, mas, por escrever aquilo que me parece verdade, com independência e sem a preocupação de estar agradando ou não aos que governam, nem aos seus opositores, criticando erros e verberando contra ações ou decisões nocivas, publiquei mais de cinqüenta Artigos, os quais, a julgar pelos telefonemas e cumprimentos recebidos de amigos e principalmente de desconhecidos, me faz acreditar serem os mesmos lidos, e isso me basta! Meus últimos Artigos foram também publicados em dois Portais da Internet," Ternuma" e " A Continência", razão de considerar estar fazendo algo pelo Brasil. Motivado, resolvi criar este Blog, rogando a Deus que me conceda equilíbrio e senso de justiça para difundir matérias e idéias. Quero contribuir, num esforço de brasilidade, na obra hercúlea de transformar o nosso Brasil numa grande, humana, justa e generosa nação. Isso somente ocorrerá, quando o patriotismo, a honestidade e a seriedade, enraizados no coração e na mente de todos os brasileiros, conduzi-los à luta em defesa de valores e ideais.